Academia Equilíbrio

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segunda-feira, 1 de junho de 2015

Combinação de drogas em teste reduz tumores agressivos em 60%


Medicamentos que desativam mecanismo que impede sistema imunológico de combater câncer fizeram melanoma regredir em um terço; efeitos colaterais preocupam.

James GallagherEditor de Saúde da BBC News
Pesquisa foi feita com 945 pacientes com melanoma avançado (Foto: Thinkstock)Pesquisa foi feita com 945 pacientes com melanoma avançado (Foto: Thinkstock)
Uma combinação de duas drogas conseguiu diminuir tumores em cerca de 60% de pacientes com melanoma em estágio avançado, de acordo com uma nova pesquisa coordenada por médicos britânicos.
Um teste internacional com 945 pacientes descobriu que o tratamento com ipilimumab e nivolumab fez com o câncer parasse de avançar por quase um ano em 58% dos casos.
Médicos britânicos apresentaram os dados na conferência anual da American Society of Clinical Oncology, em Chicago.
A instituição Cancer Research UK disse que as drogas eram um "golpe poderoso" contra uma das formas de câncer mais agressivas.
De acordo com o Inca (Instituto Nacional do Câncer), embora o câncer de pele seja o mais frequente no Brasil (25% dos casos), o melanoma - que é mais grave, devido à possibilidade de metástase - representa 4% dos tumores malignos de pele.
Sistema imunológico
As duas drogas estão ligadas ao campo da medicina que tenta aproveitar o próprio sistema imunológico para combater o câncer - um campo que está se desenvolvendo rapidamente.
O sistema imunológico é uma defesa importante contra infecções. Mas existem diversos mecanismos que agem como freios para impedir o sistema de atacar nossos próprios tecidos.
Combinação de medicamentos desativa mecanismos que impedem corpo de combater câncer (Foto: Thinkstock)Combinação de medicamentos desativa mecanismos que impedem corpo de combater câncer (Foto: Thinkstock)
Como o câncer é uma versão modificada de um tecido saudável, ele se beneficia desses "freios" e não é alvejado pelo sistema imunológico.
Mas o ipilimumab e nivolumab desativam esses mecanismos.
Testes realizados com 945 pessoas mostrou que a combinação dos dois medicamentos levou a uma regressão do tumor em ao menos um terço em 58% dos pacientes - com o tumor permanecendo estável ou diminuindo por, em média, 11 meses e meio.
Tomar apenas o ipilimumab levou a uma regressão do tumor em 19% dos pacientes durante 2 meses e meio, de acordo com os dados publicados na revista científica New England Journal of Medicine.
'Grande futuro'
"Ao receitar as duas drogas juntas você está de fato desativando dois mecanismos que impedem o sistema imunológico de agir em vez de só um. Então esse sistema consegue reconhecer tumores que não estava reconhecendo antes e reagir a isso destruindo-os", disse James Larkin, um consultor no Royal Marsden Hospital e um dos mais proeminentes pesquisadores em câncer do Reino Unido.
"Para imunoterapias, nós nunca havíamos visto regressões de tumor acima de 50%, então esse resultado é muito significativo."
"Essa é a modalidade de tratamento que acho que terá um grande futuro no tratamento do câncer."
A primeira análise dos dados recebeu grande atenção na conferência em Chicago, mas a informação mais importante - expectativa de vida dos pacientes que passaram pelo tratamento - ainda é desconhecida.
"Esperamos que essas respostas preliminares durem por mais tempo, mas no momento não é possível dizer", disse Larkin.
Efeitos colaterais como cansaço, irritação na pele ou diarreia também geraram dúvidas. Mais da metade dos pacientes que passaram pelo teste tiveram efeitos colaterais na terapia com os dois medicamentos, ante cerca de um quarto entre os que tomaram apenas o ipilimumab.
Também não se sabe por que algumas pessoas responderam excepcionalmente bem ao tratamento enquanto outras não mostraram reação.
'Efeitos colaterais sérios'
"Essa pesquisa indica que podemos dar um golpe violento contra o melanoma avançado ao combinar esses dois tratamento de imunoterapia", diz Alan Worsley, do Cancer Research UK.
"Juntas, essas drogas podem desativar os freios do sistema imunológico e prejudicar a capacidade do câncer de se esconder dele. Mas combinar os tratamentos também aumenta a probabilidade de efeitos colaterais sérios", completou.
O ipilimumab é dado de forma intravenosa a cada três meses e chegou ao Brasil em 2013. O nivolumab é dado a cada duas semanas até parar de fazer efeito.
As duas drogas foram desenvolvidas pela Bristol-Myers Squibb.
Muitas farmacêuticas estão desenvolvendo medicamentos semelhantes para ter os mesmo efeitos no sistema imunológico. Outro líder na área é o Pembrolizumab, da Merck.
Mas a grande esperança é que essas imunoterapias se mostrem efetivas para outros tipos de câncer.
'Me sinto ótima'
A inglesa Cait Chalwin, de 43 anos, começou o experimento após ser diagnosticada com câncer em 2013.
A princípio, os médicos disseram que o tumor que ela tinha no rosto era benigno, mas depois ela descobriu que era cancerígeno e havia se espalhado para seus pulmões. Os médicos disseram que ela teria entre 18 e 24 meses de vida.
Ela foi tratada no The Royal Marsden e o câncer está estável; mas ela largou o teste devido aos efeitos colaterais.
"Estou me sentindo ótima agora. Levou muito tempo até eu voltar ao normal, me sentir como antes do diagnóstico, mas eu acredito que, se o tratamento não tivesse funcionado, eu não estaria aqui agora."

fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/06/combinacao-de-drogas-em-teste-reduz-tumores-agressivos-em-60.html

Como acabar com as manhas de crianças na hora das refeições


Apresentador de programa infantil da BBC dá dicas sobre como estimular hábitos alimentares mais saudáveis nas crianças.

Da BBC
O que fazer quando seu filho se recusa categoricamente a comer frutas, legumes ou verduras? (Foto: Thinkstock)O que fazer quando seu filho se recusa categoricamente a comer frutas, legumes ou verduras? (Foto: Thinkstock)
A hora das refeições pode ser um estresse para toda a família, especialmente quando os pequenos resistem a comer o que está à mesa.
O duelo é sempre o mesmo: os pais temem que os filhos não estejam comendo o suficiente para obter energia e as crianças preferem ingerir alimentos que nem sempre são saudáveis na opinião dos mais velhos.
Mas o que fazer quando seu filho se recusa categoricamente a comer frutas, legumes ou verduras?
Forçá-lo a comer, por exemplo, nunca é uma boa estratégia.
Pensando nisso, Alex Winters, apresentador do CBeebies, canal infantil da BBC, que também é pai, buscou algumas técnicas para estimular hábitos alimentares mais saudáveis nas crianças. Confira.
Influência positiva
Não há dúvida de que os hábitos alimentares das crianças são influenciados pelo que elas veem ao redor.
Se há muitos doces e batatas fritas em casa ou na casa de um amigo, então elas provavelmente vão querer comer isso.
Felizmente, a pressão social pode funcionar nos dois sentidos.
Como pais, somos o modelo de liderança para nossos filhos.
Se eles nos veem comendo regularmente, saboreando e desfrutando de alimentos saudáveis, e empolgados sobre o estamos ingerindo, vão estar mais dispostos a prová-los.
Por isso, se você conhece uma criança que é mais ousada em relação à média do paladar infantil (exemplo: comer jiló), convide-a para comer em sua casa com seus filhos em algum momento.
Ao vê-la comer frutas e legumes, o seu filho provavelmente vai querer emular esse comportamento.
Dê tempo ao tempo
Depois de criar uma atmosfera positiva em torno de comida saudável, é hora do próximo passo.
Isso vai levar tempo. Aqui estão algumas sugestões:
Introduza o novo alimento em pequenas porções de modo a não sobrecarregar o paladar de seu filho.
Comece com pequenos pedaços de seu próprio prato. Uma criança pode demorar de 10 a 15 mordidas para se acostumar a um novo alimento.
Prove o alimento junto com seu filho, mostrando que você também está disposto a saborear coisas novas.
Mantenha-se sempre positivo, mesmo em momentos de tensão.
Tenha em mente que dar a seu filho alimentos açucarados ou doces regularmente vai desenvolver o paladar deles para gostar desse tipo de comida.
Tente fazer da refeição um momento descontraído e relaxado.
Quando possível, envolva a criança na preparação dos alimentos. Fale sobre o que você come: que aspecto o alimento tem, de onde vem, como é produzido.
Em vez de usar doces como motivação, tentar criar uma tabela de recompensas.
Não se estresse
Você não é o único pai ou mãe que sofre com os filhos na hora das refeições.
Esse é um momento que ocorre quando as crianças estão se tornando mais independentes.
Acredita-se que a rejeição a experimentar comidas novas é parte de um desenvolvimento evolutivo que surgiu para evitar que os pequenos comam alimentos potencialmente perigosos enquanto exploram o ambiente a seu redor.
Tente manter uma atitude positiva, especialmente quando se fala de comida.
Lembre-se de que as crianças mudam de humor todos os dias. Por isso, talvez agora rejeitem um alimento e amanhã estejam mais abertos a outras experiências gastronômicas.
Se existem alimentos que você prefere que seus filhos não comam ─ por exemplo, alimentos processados, ou carne, se você é vegetariano ─ não tente dar muita importância a eles, mas sim naqueles que eles podem comer à vontade.
Isso porque ao associarem um alimento a algo negativo, as crianças certamente estarão menos dispostas a experimentá-lo.

fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/06/como-acabar-com-as-manhas-de-criancas-na-hora-das-refeicoes.html

Efeito de 'hormônio do amor' é comparável ao do álcool, diz estudo


Pesquisadores dizem que oxitocina, substância produzida pelo corpo e que tem papel chave nas interações sociais também pode aumentar agressividade

Da BBC
Hormônio ligado ao amor e maternidade também pode ter efeitos parecidos com o de bebidas alcoólicas (Foto: Thinkstock)Hormônio ligado ao amor e maternidade também pode ter efeitos parecidos com o de bebidas alcoólicas (Foto: Thinkstock)
Uma pesquisa da Universidade de Birmingham, na Grã-Bretanha, sugere que o chamado "hormônio do amor", a oxitocina, tem um efeito no comportamento comparável a de bebidas alcoólicas e que este efeito é ainda maior do que se imaginava antes.
Este hormônio, produzido no hipotálamo, é conhecido por ter um papel importante em determinar nossas interações sociais e reações a parceiros românticos (por isso, o apelido). A oxitocina também um papel importante em partos e na conexão afetiva entre mãe e filho.
A oxitocina também tem uma versão sintética, usada como medicamento, geralmente injetável ou aplicada via nasal. Este medicamento é usado para estimular o parto e lactação.
Segundo os cientistas britânicos, a oxitocina estimula comportamentos como altruísmo, generosidade e empatia, deixa as pessoas mais abertas a confiarem em outras. O hormônio remove algumas barreiras que funcionam como inibidores sociais: medo, ansiedade e estresse.
"Pensamos que valia a pena explorar esta área, então agrupamos pesquisas já existentes sobre os efeitos da oxitocina e do álcool e nos chamou a atenção as semelhanças incríveis entre os dois compostos", afirmou Ian Mitchell, da Escola de Psicologia da Universidade de Birmingham.
"Eles parecem ter como alvo receptores diferentes no cérebro, mas causam ações comuns na transmissão GABA no córtex pré-frontal e nas estruturas límbicas. Estes circuitos neurais controlam a forma como percebemos o estresse e a ansiedade, especialmente em situações sociais como entrevistas, ou talvez até arrumando a coragem para convidar alguém para um encontro."
"Tomar compostos como a oxitocina e o álcool podem tornar estas situações menos assustadoras", acrescentou.
A pesquisa, que se baseou em estudos anteriores, foi publicada nas revistas especializadas Neuroscience e Biobehavioral Reviews.
Bebida para acalmar
Segundo Steven Gillespie, da equipe de pesquisadores de Birmingham, a oxitocina, administrada via nasal em laboratório, provocava efeitos muito parecidos com os mais conhecidos efeitos do consumo de bebida alcoólica.
No entanto, os pesquisadores alertam contra o risco da automedicação, seja com o hormônio ou com a bebida, para tentar aumentar a confiança em momentos difíceis.
Tanto um como o outro trazem os mesmos efeitos negativos para saúde e para as habilidades sócio-cognitivas.
"As pessoas podem ficar mais agressivas, presunçosas, sentir mais inveja daqueles que considera seus competidores e aumentar também a possibilidade de assumir riscos desnecessários", diz o estudo.
"Não acho que vamos testemunhar uma época (no futuro) na qual a oxitocina será usada socialmente como uma alternativa à bebida alcoólica. Mas é uma substância neuroquímica fascinante e que pode ser usada no tratamento de problemas psicológicos e psiquiátricos", afirmou Gillespie.
"Compreender exatamente como (a oxitocina) reprime certos modos de ação e altera nosso comportamento pode dar benefícios reais para muitas pessoas. Esperamos que esta pesquisa esclareça isto e abra novos caminhos que ainda não tenhamos considerado", acrescentou.

fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/05/efeito-de-hormonio-do-amor-e-comparavel-ao-do-alcool-diz-estudo.html
O psicobiólogo Ricardo Monezi falou ao programa Bem Estar sobre os efeitos da ocitocina