Academia Equilíbrio

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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Açúcar faz tão mal quanto álcool e cigarro, diz artigo médico na 'Nature'


Consumo de alimentos doces triplicou no mundo nos últimos 50 anos.
Ingestão excessiva está ligada a diabetes, câncer e doenças cardíacas.

Do G1, em São Paulo
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O consumo de açúcar pode ser tão prejudicial quanto o abuso de álcool e cigarro, segundo artigo publicado por médicos na revista científica “Nature” nesta quarta-feira (1º). Isso porque a ingestão excessiva de sacarose e frutose, que triplicou no mundo nos últimos 50 anos, está ligada ao surgimento de doenças crônicas não-contagiosas, como diabetes, câncer e problemas cardíacos.
Em setembro do ano passado, a Organização das Nações Unidas (ONU) declarou que, pela primeira vez na história, as doenças crônicas não-transmissíveis representam um ônus maior para a saúde pública mundial que as doenças infecciosas.
Esses males já são responsáveis pela morte de 35 milhões de pessoas por ano, segundo as Nações Unidas – 80% em países pobres ou em desenvolvimento, onde refrigerantes são muitas vezes mais baratos que água potável ou leite.
Em geral, o álcool e o cigarro são regulados pelos governos como forma de proteger a saúde da população, mas não há controle sobre a alimentação. Segundo os autores do artigo, Robert Lustig, Laura Schmidt e Claire Brindis, a regulação das autoridades deveria incluir o aumento de impostos sobre produtos industrializados acrescidos de açúcar (como refrigerantes, sucos, achocolatados e cereais), a limitação de vendas no horário escolar e em ambientes de trabalho e a imposição de limites de idade para a compra.
Mas essas regras são mais complicadas, de acordo com os pesquisadores, pois os alimentos são considerados bens essenciais, ao contrário do álcool e do tabaco.
Atualmente, há no planeta 30% mais indivíduos obesos que desnutridos, de acordo com os médicos. E a dieta ocidental, com muitos alimentos processados, tem contribuído para essas crescentes taxas. Apenas 20% dos obesos têm um metabolismo e uma vida normais – os demais sofrem com problemas como hipertensão, diabetes, apneia do sono, gordura no fígado e disfunções ortopédicas ou articulares.
As autoridades de saúde costumam considerar o açúcar como "calorias vazias", mas evidências científicas mostram que sacarose e frutose demais podem desengatilhar processos tóxicos no fígado ou reações capazes de causar uma série de doenças crônicas.
Controle do açúcar pelo mundo
Segundo os autores do artigo na "Nature", EUA e Europa ainda veem a gordura e o sal como os grandes vilões da alimentação, mas a atenção deve começar a se voltar para os produtos com adição de açúcar (moléculas de frutose acrecidas em comidas processadas).
Em outubro do ano passado, a Dinamarca optou por taxar alimentos ricos em gordura saturada, apesar de a maioria dos médicos não acreditar mais que essa substância seja a principal culpada pela obesidade. Agora, o país considera tributar os doces.
Outras nações europeias e o Canadá tentam impor pequenos impostos sobre alimentos adoçados. E os EUA já consideram taxar o refrigerante – um cidadão americano consome em média 216 litros por ano, dos quais 58% contêm açúcar.
A cidade de São Francisco, na Califórnia, proibiu recentemente a inclusão de brinquedos oferecidos em refeições fast-food. Outro limite possível para proteger as crianças seria proibir comerciais sobre produtos com adição de açúcar, destacaram os autores.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Crianças que recebem afeto têm cérebro maior, diz estudo


Aumento é no hipocampo, área responsável pela memória.
Pesquisa é a primeira do tipo a mostrar mudança anatômica no cérebro.

Da EFE
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As crianças criadas com afeto têm o hipocampo -- área do cérebro encarregada da memória -- quase 10% maior que as demais, revela um estudo publicado nesta segunda-feira (30) pela revista científica "Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS)".
A pesquisa, realizada por psiquiatras e neurocientistas da Universidade Washington de Saint Louis, nos EUA, "sugere um claro vínculo entre a criação e o tamanho do hipocampo", explica a professora de psiquiatria infantil Joan L. Luby, uma das autoras.
Para o estudo, os especialistas analisaram imagens cerebrais de crianças com idades entre 7 e 10 anos que, quando tinham entre 3 e 6 anos, foram observados em interação com algum de seus pais, quase sempre com a mãe.
Foram analisadas imagens do cérebro de 92 dessas crianças, algumas mentalmente saudáveis e outras com sintomas de depressão. As crianças saudáveis e criadas com afeto tinham o hipocampo quase 10% maior que as demais. "Ter um hipocampo quase 10% maior é uma evidência concreta do poderoso efeito da criação", ressalta Luby.
A professora defende que os pais criem os filhos com amor e cuidado, pois, segundo ela, isso "claramente tem um impacto muito grande no desenvolvimento posterior".
Durante anos, muitas pesquisas enfatizaram a importância da criação, mas quase sempre focadas em fatores psicossociais e no rendimento escolar. O trabalho publicado nesta segunda-feira, no entanto, "é o primeiro que realmente mostra uma mudança anatômica no cérebro", destaca Luby.
Embora em 95% dos casos estudados as mães biológicas tenham participado do estudo, os pesquisadores indicam que o efeito no cérebro é o mesmo se o responsável pelos cuidados da criança é o pai, os pais adotivos ou os avós.

Maioria das pessoas mente em pesquisas sobre peso, diz estudo


Participantes afirma pesar menos e serem mais altos do que a realidade.
'Mentirinhas' não são suficientes para mudar padrão de obesidade nos EUA.

Do G1, em São Paulo
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A maioria das pessoas mente quando abordada na rua para responder a questionários sobre peso, segundo um estudo divulgado no jornal "Ethnicity and Disease". O trabalho também levou em conta quando as pessoas informavam a altura errada, tentando compensar o peso com uma estatura maior.
Os cientistas da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, analisaram o que as pesquisas mostravam sobre o índice de massa corporal (IMC) das pessoas. O IMC usa a altura e o peso das pessoas para saber quanto de gordura elas possuem. Valores acima de 25 indicam sobrepeso e superiores a 30 apontam obesidade (saiba o seu IMC aqui).
Pessoas brancas tendem a mentir mais sobre os valores de IMC do que pessoas negras ou de ascendência hispânica. Mas as pessoas de todos os grupos étnicos afirmam pesar menos e serem mais altas do que a realidade.
A diferença provocada pelas "mentiras" no resultado das pesquisas é de apenas 1 ponto de IMC, o que é pouco para alterar os padrões de obesidade em território norte-americano, onde o estudo foi conduzido.
Mas o erro nas informações tornam as comparações entre grupos étnicos diferentes mais difíceis. Muitas pesquisas sobre saúde levam em conta apenas as informações passadas pelas pessoas, já que colocá-las em cima de uma balança custa tempo e dinheiro.
Na comparação entre os sexos, as mulheres brancas são as que mais alteram o seu peso verdadeiro ao serem questionadas sobre o assunto. Pessoas com mais de 60 anos, obesos e pessoas com formação universitária também são mais propensar a mentir nas pesquisas.
Os resultados mostram que censores precisam ser mais cuidadosos ao comparar dados de obesidade com informações demográficas, já que os grupos étnicos podem estar alterando as informações sobre o IMC a taxas diferentes.

Anvisa define novas regras para lavagem de roupas em hospitais


Lavanderias têm até 180 dias para se adequarem às normas.
Uma das exigências reforça separação entre roupas limpas e sujas.

Do G1, em São Paulo
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O setor de hospitais responsável pela lavagem de roupas usadas em cirurgias e no cotidiano médico ganharam novas regras divulgadas nesta semana pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
As lavanderias hospitalares são os locais que coletam e lavam itens como sopés, toucas e o uniforme usado durante as operações em centros cirúrgicos e ambulatórios. As novas normas servem tanto para serviços de lavanderia dentro dos hospitais ou terceirizados, já que é necessária uma licença sanitária para lavagem de roupas médicas expedida por cada órgão de vigilância local.
Uma das novas exigências está no uso de máquinas de lavar que separem fisicamente áreas de roupas sujas e limpas. O objetivo da atualização das regras é garantir a segurança sanitária em todos as partes do processo de lavagem de roupas, segundo a Anvisa.
Estabelecimentos terão 180 dias para se adequarem às novas normas. A Anvisa mantém um manual sobre o processamento de roupas em seu site.

Pressão arterial diferente nos braços pode indicar risco de doença vascular


Estudo britânico analisou 28 trabalhos científicos sobre pressão sistólica.
Medição da pressão deve ser feita nos dois braços, defendem cientistas.

Do G1, em São Paulo
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A diferença na pressão dentro dos vasos sanguíneos nos braços esquerdo e direito de uma pessoa pode indicar risco maior de doença vascular e um aumento nas chances de morte, segundo um estudo divulgado na versão online da revista médica "The Lancet" nesta semana. Os dados se referem apenas à pressão sistólica, que ocorre quando o coração se contrai e o sangue é bombeado ao corpo.
A descoberta feita por uma equipe de cientistas da Uniersidade de Exeter, no Reino Unido, mostra que medição da pressão sanguínea em exames de rotina deveria ser feita nos dois braços.
Coordenados pelo médico Christopher Clark, os pesquisadores revisaram dados de 28 trabalhos científicos sobre pressão sistólica e verificaram que uma diferença nas medições igual ou superior a 15 milímetros de mercúrio está ligada a um risco maior de doenças vasculares no cérebro, nas pernas e nos pés.
Os resultados também mostraram um crescimento nas chances de morte por conta de problemas cardiovasculares (70% a mais) e de óbito por todas as causas (60% a mais).
Os médicos afirmam que não importa qual braço apresenta pressão maior ou menor, mas sim a diferença entre a pressão medida em ambos.
A detecção preventiva de doenças vasculares é importante para que os médicos possam alertar os pacientes sobre a necessidade de largar o fumo, abaixar os níveis de pressão sanguínea ou mesmo oferecer tratamentos com estatinas para reduzir os riscos de morte.
Mas para conseguir descobrir o problema sem exames invasivos, o profissional de saúde precisa de experiência e saber tirar a pressão no tornozelo e nos braços em repouso ou depois de esforço. Esse treinamento leva tempo e precisa ser prioridade, segundo a equipe responsável pelo estudo, que irá defender essa urgência em capacitação no Reino Unido.
Para os autores, a diferença da pressão sistólica em ambos os braços pode servir para revelar quais pacientes apresentam maior risco de apresentar problemas de saúde e guiar o tratamento de pessoas com hipertensão.