Academia Equilíbrio

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quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Reposição hormonal também traz efeitos para os homens



Queda da testosterona pode causar fraqueza e depressão.
Nas mulheres, queda dos hormônios aumenta risco de osteoporose.

Do G1, em São Paulo
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Os anos se passam, a idade chega e com ela vão embora a força física, a disposição e o desejo sexual. Parece um processo natural, mas não precisa ser assim. Tanto nas mulheres quanto nos homens, isso pode ser provocado pela queda na taxa dos hormônios sexuais.
Nas mulheres, a queda é brusca. O estrógeno cai 30% aos 50 anos, com flutuações na menopausa. Já a progesterona cai 75% entre 35 e 50 anos com contínuo declínio, e praticamente desaparece após a menopausa.
Esses hormônios regulam o ciclo menstrual e a fertilidade feminina, mas não só. Eles também têm relação com a libido, com a circulação e com o fortalecimento dos ossos. Por isso, a queda na produção hormonal aumenta as chances do aparecimento de doenças cardiovasculares e da osteoporose nas mulheres.
A reposição hormonal foi o tema do Bem Estar nesta quarta-feira (1º), com a participação dos endocrinologistas Alfredo Halpern e João Eduardo Salles.
info andropausa (Foto: arte / G1)
Nos homens, a queda é bem menor e mais lenta que nas mulheres. É normal muitos homens passarem a vida sem uma queda expressiva de hormônios. A reposição da testosterona só é indicada quando os níveis caem muito e provocam claramente os sintomas apresentados no quadro acima.
Nos casos em que é recomendada, a reposição hormonal entre os homens não é só uma questão de qualidade de vida. Há estudos que mostram que a reposição da testosterona reduz a mortalidade, exatamente pelas as funções que o hormônio tem no corpo como um todo.
A obesidade pode ser um fator relacionado à queda nos níveis de testosterona. Estudos mostram que obesos produzem menor quantidade do hormônio, independentemente da idade. Isso forma um ciclo vicioso, porque, assim como a obesidade diminui a testosterona, a baixa taxa do hormônio também leva à obesidade.
Tanto nos homens quanto nas mulheres, a reposição hormonal não é recomendada para quem tem doenças no fígado, altos níveis de gordura no sangue ou teve algum caso recente de trombose. O câncer de próstata, nos homens, e o de mama, nas mulheres, também são fatores de contraindicação.
Tireoide
Nem só de tumores sexuais vive o corpo humano. Na região da garganta, existe uma glândula chamada tireóide, que regula o coração, o cérebro, o fígado e os rins. Nela são produzidos os hormônios T3 e T4, com funções essenciais para o equilíbrio do organismo.
Quando a tireoide não funciona corretamente, pode liberar hormônios de menos – hipotireoidismo – ou demais – hipertiroidismo. No primeiro, o corpo passa a funcionar mais lentamente, e a pessoa se cansa com facilidade; no segundo, acontece o contrário. Esses problemas podem ocorrer em qualquer etapa da vida.
Cerca de 10% dos adultos têm nódulos na tireoide, mas, desse número, cerca de 90% são benignos. No entanto, um nódulo benigno pode se tornar maligno. Após identificar o nódulo, o endocrinologista solicita uma série de exames para confirmar se existe ou não risco de câncer. O diagnóstico precoce aumenta as possibilidades de sucesso do tratamento.

Cafeína pode trazer melhora para vítimas de Parkinson, diz pesquisa



Substância melhorou movimentos e rigidez muscular de pacientes.
Aindá 'é cedo' para aconselhar pacientes a tomar café, afirma cientista.

Do G1, em São Paulo, com Reuters
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Consumo de cafeína pode trazer melhora para vítimas do Mal de Parkinson (Foto: Reprodução/EPTV)Consumo de cafeína pode trazer melhora para
vítimas de Parkinson (Foto: Reprodução/EPTV)
Um estudo realizado por cientistas da Universidade McGill, em Montreal, no Canadá, apontou que vítimas do mal de Parkinson podem ter melhora em problemas de movimentos ao consumir pílulas de cafeína.
A pesquisa monitorou 61 pessoas que sofrem da doença, com idade de 60 anos, em média. Elas foram divididas em dois grupos, um que consumiu pílulas de cafeína por seis semanas e outro que recebeu pastilhas sem a substância ou outras drogas.
O grupo da cafeína tomou pílulas de 100 miligramas ao acordar e logo após o almoço nas primeiras três semanas, quantidade que foi elevada a 200 miligramas no período restante.
Na comparação, uma xícara de café possui 100 miligramas de cafeína em média. O grupo que tomou café, portanto, ingeriu o equivalente a duas xícaras no início do estudo, para após três semanas passar a quatro xícaras.
Após o fim do estudo, pessoas que consumiram cafeína tiveram uma melhora geral nos sintomas do Parkinson, incluindo nas medições da rigidez muscular e outros problemas de movimento.
O benefício médio foi um decréscimo de cinco pontos na escala de avaliação da doença. Segundo o cientista Ronald Postuma, da Universidade McGill, um dos responsáveis pela pesquisa, um paciente com Parkinson tem de 30 a 40 pontos da doença.
Não é uma grande diferença, na opinião do pesquisador, mas uma pequena mudança "pode ter um efeito real na vida das pessoas", afirmou ele à Reuters.
Postuma enfatizou, no entanto, que "ainda é muito cedo" para afirmar que as pessoas com mal de Parkinson devem tomar café ou cafeína. Ainda não há dados suficientes sobre a tolerância dos pacientes à substância, entre outras questões.
"Será que isso [a cafeína] faz diferença ao longo dos anos para quem sofre de Parkinson? Eu não acho que nós saibamos", disse o pesquisador à Reuters.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Gravidez tardia pode reduzir risco de câncer no endométrio, aponta estudo



Cientistas americanos analisaram 17 pesquisas com 25 mil mulheres.
Chances de tumor caem 44% após 40 anos, mas razões não estão claras.

Do G1, em São Paulo
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Rozinete Serrão grávida dos netos gêmeos Antônio Bento e Vitor Gabriel (Foto: Rodrigo Lôbo / JC Imagem)Gravidez após os 40 anos de idade pode ter lado
positivo, diz estudo (Foto: Rodrigo Lôbo/JC Imagem)
Apesar de não recomendada pela maioria dos médicos, a gravidez tardia pode ter um benefício: reduzir o risco de câncer de endométrio, camada que reveste o útero.
É o que aponta uma análise de 17 estudos feita pela Universidade do Sul da Califórnia, nos EUA, e publicada na revista "American Journal of Epidemiology".
A pesquisadora Veronica Setiawan e sua equipe observaram 8.671 pacientes com câncer de endométrio e 16.562 mulheres saudáveis.
Os autores chegaram à conclusão de que as mães que tiveram o último filho após os 40 anos de idade apresentavam 44% menos chance de desenvolver esse tipo de tumor, em comparação com mulheres que deram à luz antes dos 25 anos.
Os benefícios foram vistos mesmo depois de décadas. Aos 70 anos, as mães mais velhas ainda tinham 33% menos risco da doença.
As razões para isso ainda não estão claras. Entre as possíveis explicações, está a hipótese de que quem engravida depois teria um endométrio mais intacto e saudável ou de que a gestação tardia seria capaz de diminuir o número de células pré-cancerosas na região.
Veronica diz que, quando esse mecanismo for descoberto, os cientistas poderão criar meios para prevenir esse tipo de câncer.

Cérebro vacila e comete mais erros quando as regras mudam, diz estudo



Mente se sobrecarrega para esquecer padrões antigos e focar nos novos.
Para autor, alterações constantes no trabalho podem levar à exaustão.

Do G1, em São Paulo
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Aprender uma nova tarefa quando as regras do jogo mudam faz o cérebro vacilar e cometer uma série de erros, segundo um novo estudo feito por pesquisadores da área de psicologia da Universidade do Estado de Michigan, nos EUA.
Os resultados do trabalho estão publicados na atual edição da revista científica "Cognitive, Affective & Behavioral Neuroscience".
O principal autor, Hans Schroder, cita o exemplo de uma pessoa que viaja para um país como a Irlanda e, de repente, tem que dirigir em mão inglesa.
O cérebro, treinado para conduzir um carro sempre no sentido direito, acaba sobrecarregado ao tentar esquecer os padrões antigos e se concentrar nos novos. Com tantos conflitos ocorrendo ao mesmo tempo, o indivíduo pode esquecer-se de ligar o pisca-alerta várias vezes seguidas, sem se dar conta disso.
Cérebro (Foto: G.L. Kohuth/Michigan State University)Voluntários nos EUA tinham que apertar botão esquerdo ou direito para indicar se a letra do meio de uma sequência era 'M' ou 'N'; depois, as regras se inverteram  (Foto: G.L. Kohuth/Michigan State University)
Os participantes da pesquisa passaram pelo seguinte teste de computador: quando aparecia a sequência de letras "NNMNN", tinham que apertar o botão esquerdo para indicar que a letra "M" estava no meio. Já quando vinha a sequência "MMNMM", deveriam pressionar o botão direito para mostrar que a letra "N" ficava no centro.
Depois de 50 repetições, as regras foram investidas. Resultado: os voluntários cometeram mais erros sequenciais e não se deram conta disso. Além disso, a atividade cerebral ficou mais intensa do que na primeira fase, porém com respostas mais lentas e menos precisas.
Na opinião do professor assistente de psicologia Jason Moser, mudanças constantes de regras no ambiente de trabalho podem levar a repetidos erros e, consequentemente, à exaustão, frustração, ansiedade ou depressão.
"Essas descobertas, junto com uma pesquisa anterior nossa, sugerem que, quando você precisa fazer 'malabarismos' com a mente – sobretudo se ela é multitarefa –, torna-se mais propenso a falhar. São necessários esforço e prática para ter mais consciência dos erros que você está deixando escapar e conseguir manter o foco", destacou Moser.

Unifesp busca voluntários para testar se chocolate melhora atividade física



Estudo quer selecionar 15 homens saudáveis para três semanas de testes.
Substância do chocolate evitaria queda da imunidade em exercícios intensos.

Do G1, em São Paulo
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O departamento de biociências da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) começa a recrutar nesta quarta-feira (1º) homens que tenham idade entre 18 e 30 anos para testar se o consumo de chocolate antes ou depois de exercício físico ajuda a evitar a queda da imunidade do corpo.
Serão 15 voluntários, saudáveis, não fumantes, que não tenham doenças crônicas ou consumam qualquer tipo de medicação. Cada participante terá que correr, em um ritmo leve de velocidade, durante 1h20 (com intervalo de dez minutos após completar 1h). Serão três testes, uma vez por semana.
De acordo com Luanna Rosa, autora do projeto e mestranda interdisciplinar em Ciências da saúde, antes do exercício será fornecida uma barra de chocolate com 70% de cacau e uma barra de chocolate branco.
Segundo ela, o cacau contém uma substância chamada polifenol, que poderia auxiliar na manutenção do sistema imune de pessoas que fazem exercício físico intenso devido à ação antioxidante.
“Atletas ou pessoas que fazem muito exercício físico têm chance maior de ter sintomas parecidos com o da gripe devido a uma queda temporária da imunidade. O chocolate pode ser um elemento combativo a essa redução da imunidade, graças ao polifenol. Se for comprovado seu efeito protetor, serão realizadas mais pesquisas para amplificar o uso dessa substância”, disse.

Os interessados devem encaminhar um e-mail para o endereço luanna.rosa@hotmail.com. A seleção ocorre entre agosto e setembro, e os testes serão realizados até 2013.

Estudo relaciona obesidade infantil com problemas reprodutivos



Autores questionam se puberdade antecipada pode afetar reprodução.
Excesso de comida é um problema recente na evolução do corpo humano.

Do G1, em São Paulo
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Obesidade pode estar ligada a puberdade precoce. (Foto: Reprodução/TV Globo)Estudo liga obesidade infantil a puberdade
precoce. (Foto: Reprodução/TV Globo)
Uma artigo baseado em diversos estudos, publicado na revista “Frontiers in Endocrinology”, questiona se a obesidade infantil, fênomeno que vem crescendo nas últimas décadas, pode ter relação com a puberdade antecipada, com efeitos como a diminuição da fertilidade, espoecialmente no sexo feminino.
De acordo com o estudo, o corpo humano pode estar lutando para se ajustar a um problema que é relativamente novo – o excesso de comida. Por milhares de anos de evolução, a má nutrição era um obstáculo a ser vencido pelo homem, mas, agora, para grande parte da população, a dificuldade é a superabundância de alimentos.
"A questão de tantos humanos serem obesos é muito recente em termos evolutivos, e uma vez que o estado nutricional é importante para a reprodução, síndromes metabólicas causadas pela obesidade poderiam afetar a capacidade reprodutiva", disse Patrick Chappell, professor-assistente de medicina veterinária na Oregon State University, dos EUA, e um dos autores do relatório. "Os dois extremos desse espectro - anorexia ou obesidade - podem ser associados a problemas de reprodução", afirmou.
Cientistas ainda estão estudando sobre o impacto da obesidade sobre o início da puberdade e os efeitos sobre o fígado, pâncreas e outras glândulas, disse Chappell. Os seres humanos mostram variações naturais no início da puberdade, mas os gatilhos que controlam este momento não são totalmente conhecidos. Mas, de modo geral, a puberdade parece estar começando mais cedo nas meninas - e está sendo acelerada.
KisspeptinaIsso poderia ter vários efeitos. Uma teoria é que cause impacto sobre a kisspeptina, um neuro-hormônio recentemente caracterizado pela ciência, necessário para a reprodução. As secreções normais desse hormônio podem ser perturbadas por sinais endócrinos provenientes da gordura.
A alimentação também pode ter efeitos sobre o ritmo circadiano (o ciclo biológico diário). "Qualquer interrupção de ritmos circadianos em todo o corpo pode causar uma série de problemas. E grandes mudanças na dieta podem afetar o metabolismo desses relógios celulares", disse Chappell. O sono, bem como a reprodução, podem ser afetados.
Os gatilhos do desenvolvimento da puberdade ainda são amplamente debatidos pelos cientistas. Por milênios, muitos mamíferos fizeram ajustes para reduzir a fertilidade durante períodos de fome. Mas também um excesso de gordura parece contribuir para aumentar taxas de infertilidade e doenças reprodutivas.
Alguns estudos em seres humanos encontraram correlação entre puberdade precoce e risco de câncer do sistema reprodutivo e síndrome metabólica. A puberdade precoce também tem sido associada com o aumento das taxas de depressão e ansiedade em meninas, bem como com o aumento de comportamento delinquente, tabagismo e experiências sexuais precoces em meninas e meninos, de acordo com a Oregon State University.

Apneia do sono leva à pressão alta e a outros problemas circulatórios



Obesidade é o principal fator de risco para o surgimento da doença.
Ronco é um sinal importante, mas não o único, destacam os médicos.

Do G1, em São Paulo
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A apneia do sono é uma doença que ataca durante a noite, e a pessoa muitas vezes nem sabe que tem, mas o corpo vai sofrendo aos poucos, e o sistema circulatório pode ficar comprometido. Apesar dessas características, a apneia não pode ser considerada uma doença silenciosa, já que o seu principal sintoma é o ronco – repetido e bem alto.
Apneia, literalmente, é a ausência de respiração. Se ocorre quando o indivíduo dorme, é chamada de apneia obstrutiva do sono, pois a passagem do ar é dificultada. A falta de oxigênio leva a pessoa a acordar várias vezes durante a noite, muitas vezes sem perceber.
Apneia x obesidade (Foto: Arte/G1)
Em determinados momentos, o paciente literalmente para de respirar. As asfixias duram pelo menos 10 segundos, mas podem ser bem mais longas. Quando o cérebro percebe a falta de oxigênio, o corpo libera adrenalina e a pessoa acorda para respirar. Nesse processo, a pressão arterial sobe e o coração dispara.
Esse é o grande risco oferecido pela doença. A pessoa fica com arritmia cardíaca, que é quando o coração se acelera muitas vezes, e então ele corre maior risco de falhar. Além disso, a constante falta de oxigenação faz aumentar a pressão sanguínea, e com isso crescem os riscos de infartos e de acidentes vasculares cerebrais (AVCs).
O ronco é o principal sinal da apneia, mas nem todo mundo que ronca tem a doença. Outros sinais são cansaço e sonolência durante o dia, falta de energia, baixa concentração, perda de memória, pressão alta, dores de cabeça matinais, irritação e até impotência sexual.
O principal fator de risco é a obesidade, mas é cada vez mais comum encontrar o problema em quem não é obeso. Mulheres depois da menopausa e crianças com amídala ou adenóide aumentada também podem sofrer apneia. Além disso, pessoas com alguma alteração de mandíbula, como queixo para trás, têm mais propensão a ter a doença.
Tratamento
Para detectar a apneia, existe um exame chamado polissonografia. Ele mede quantas vezes por hora a pessoa deixa de respirar durante o sono. Quando isso acontece mais de 30 vezes por hora, o caso é considerado grave.
Para melhorar a respiração durante o sono e evitar a apneia existe um aparelho chamado CPAP – é a sigla em inglês para pressão positiva contínua do ar. O paciente tem que dormir com uma máscara que puxa o ar de fora e o lança para dentro das vias respiratórias.
Com isso, a pressão do ar abre o caminho obstruído, leva oxigênio até os pulmões e evita o ronco porque a pessoa não precisa mais abrir a boca para respirar.
O aparelho é regulado com uma pressão diferente para cada paciente. Isso é importante, porque se a pressão for forte demais, pode provocar irritação nas vias respiratórias.
O exame de polissonografia é oferecido gratuitamente pela rede pública em alguns lugares, mas o tratamento com CPAP não. O aparelho custa por volta de R$ 1 mil.