Academia Equilíbrio

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terça-feira, 4 de setembro de 2012

Cientistas devolvem olfato a camundongos em laboratório



Técnica pode vir a ser aplicada em pessoas que nascem sem o sentido.
Descoberta também pode ser útil contra doenças dos rins e dos olhos.

Do G1, em São Paulo
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Os pontos em verde e amarelo são os cílios das células nervosas do nariz, vistas aqui em microscópio (Foto: Universidade de Michigan/Reprodução)Os pontos em verde e amarelo são os cílios das
células nervosas do nariz, vistas aqui em
microscópio (Foto: Universidade de Michigan/
Reprodução)
Pesquisadores norte-americanos conseguiram restaurar o olfato em camundongos com um problema genético que os impedia de desenvolver esse sentido. O estudo que chegou a esse resultado foi publicado pela revista científica “Nature Medicine”.
A descoberta tem potencial para tratar pessoas que nascem sem o olfato por algum problema genético, mas não nos casos em que a perda é causada por alguma doença ou pancada na cabeça. Ela pode ainda ajudar contra outras doenças, sem relação com o olfato.
A técnica está relacionada aos cílios – não os pelos que temos nas pálpebras, mas pequenas cerdas que ficam em volta de cada célula do corpo. É nessa parte das células nervosas localizadas dentro do nariz que o cheiro é percebido.
Em algumas pessoas, uma alteração genética faz com que essas células não tenham os cílios que deveriam ter. Como consequência, esses pacientes não têm olfato.
No estudo liderado por Jeffrey Martens, da Universidade de Michigan, nos EUA, os cientistas usaram um vírus para colocar nos camundongos o gene responsável pelo crescimento desses cílios. O tratamento foi feito pelo nariz mesmo – durante três dias, os roedores inalaram a solução preparada pelos pesquisadores.
Dez dias depois, o resultado apareceu – com a alteração genética as células passaram a desenvolver cílios normalmente e os animais recuperaram o olfato.
A técnica foi testada apenas em roedores e ainda leva tempo até ser adaptada em humanos. Com a mesma ideia, os cientistas esperam poder tratar outras doenças relacionadas a falhas nos cílios, como o rim policístico, que pode causar insuficiência renal, e a retinite pigmentosa, que pode levar à cegueira.

fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2012/09/cientistas-devolvem-olfato-camundongos-em-laboratorio.html

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Corrimento na mulher sem cheiro ou coceira pode ser sinal de ovulação



Já nos homens, problema é sempre algo mais sério, como DST ou câncer.
Se não tratado, corrimento na mulher pode até provocar infertilidade.

Do G1, em São Paulo
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Nem sempre corrimento na região genital da mulher é sinal de problema. Desde que a secreção não venha acompanhada de coceira, cheiro ou dor na vagina, pode ser decorrente da ovulação durante o ciclo menstrual. Mas, se houver outros sintomas associados, é preciso procurar um médico.
No caso dos homens, corrimento é sempre sinal de doença sexualmente transmissível (DST) ou de algo mais sério, como câncer de próstata. Por isso, é importante usar camisinha em todas as relações sexuais, pois muitas vezes o homem tem DST, mas não apresenta nenhuma manifestação física.
Corrimento  (Foto: Arte/G1)
Segundo o ginecologista José Bento e o infectologista Caio Rosenthal, o corrimento é um desequilíbrio do corpo e pode ter duas causas: baixa imunidade ou agressão à região genital. A primeira ocorre quando há diminuição na resistência da pessoa, por dormir ou comer mal, tomar muito sol, não praticar esportes ou abusar de antibióticos.
Já o fator externo é desencadeado por aumento da temperatura (absorvente diário, calça jeans justa ou calcinhas e cuecas de tecido sintético), relação sexual sem lubrificação ou uso de absorvente interno por muitas horas (o sangue ajuda a proliferar bactérias). O excesso de higiene também pode alterar a flora vaginal e tirar a camada protetora da vulva.
Os médicos deram dicas para prevenir os corrimentos genitais, como evitar roupas apertadas, biquínis ou sungas molhados, trocar o absorvente a cada três horas e não dormir com absorvente interno.
Na maioria das vezes, os corrimentos são de fácil tratamento. Quanto mais cedo o paciente for ao médico, mais rápida é a melhora. Se não tratada, a infecção pode até provocar infertilidade na mulher, pois é capaz de destruir as trompas.
De acordo José Bento, em algumas fases da vida pode haver mais corrimentos, como o período que antecede a menstruação em pré-adolescentes ou a menopausa, quando a ovulação acaba. Maus hábitos, como não se limpar direito após evacuar, também favorecem o problema.
Além disso, com o verão aumentam as chances de corrimento, porque o calor propicia a proliferação de bactérias e fungos, que gostam de ambientes abafados, quentes e úmidos, como a vagina.
O ginecologista disse, ainda, que a secreção pode ser uma defesa do organismo para combater bactérias e outros micro-organismos, e o cheiro ruim pode ser maior quando a vagina entra em contato com substâncias alcalinas, como o esperma e o sangue da menstruação.
Principais causas de corrimento na mulher
- Candidíase (fungo) – provoca um corrimento esbranquiçado. Traz muita coceira e é frequente no verão
- Trichomonas (protozoário) – causa corrimento amarelado, com ardor e vermelhidão na mucosa vaginal
- Gardnerella (bactéria) – dá corrimento acinzentado, com odor desagradável
Circuncisão
A circuncisão deve ser feita em homens com fimose (que não conseguem expor a glande por causa dessa pele), para evitar infecções genitais ou por motivos religiosos.
A cirurgia retira o prepúcio, pele que recobre a glande. Pode ser aplicada anestesia local ou raquidiana (nas costas, como quando a mulher vai dar à luz).
 

'Coquetéis do dia seguinte' estão concentrados no Sudeste, diz estudo



Medicamento contra HIV substitui a camisinha em casos de emergência.
Remédio é gratuito desde 2011, mas distribuição ainda precisa melhorar.

Do G1, em São Paulo
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Mais da metade dos “coquetéis do dia seguinte” contra a Aids retirados nos postos de saúde desde 2011 foram fornecidos na região Sudeste, segundo um levantamento publicado pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde.
O medicamento distribuído gratuitamente pelo governo serve como uma alternativa de emergência para evitar o contágio pelo HIV. Ele é indicado para casos excepcionais, quando a camisinha falha.
“O método mais eficaz continua sendo o uso do preservativo”, destacou Ronaldo Hallal, infectologista do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde.
Hallal explicou que o medicamento tem efeitos colaterais, mas que eles não são graves ao longo de um mês – ele deve ser tomado ao longo de 28 dias. O início do tratamento deve se dar no máximo 72 horas após o ato sexual, caso contrário ele não é eficaz.
Até 2010, o coquetel era usado apenas por profissionais de saúde, após o contato com o HIV. A partir de 2011, o Ministério passou a distribuí-lo para o público em geral. Pessoas sem o vírus que têm um parceiro soropositivo, por exemplo, fazem parte do grupo mais vulnerável. Outros grupos visados pela iniciativa são homossexuais, usuários de drogas e profissionais do sexo.
Mais comum no Sudeste
O levantamento mostrou que, entre janeiro de 2011 e julho de 2012, 2.978 pacientes obtiveram o medicamento. A média mensal passou de 136, em 2011, para 225, em 2012, o que é um aumento de 65%.
No entanto, a distribuição ainda está concentrada no Sudeste. Do total de 2.978 coquetéis distribuídos, 1.918 (64,4%) foram nessa região. “Metade foi só em São Paulo. A rede de serviços do estado é muito estruturada”, explicou Hallal.
O especialista explica que, como o serviço é recente, é difícil tirar conclusões sobre os números, mas que a implementação precisa melhorar em algumas regiões. “Pelo depoimento de pessoas afetadas, ainda há relato de falta de acesso”, contou o médico.

Cigarro eletrônico pode causar danos aos pulmões, diz estudo



Produto causou dificuldade respiratória em não-fumantes e fumantes.
Não há provas de que cigarro eletrônico funciona, segundo cientista.

Do G1, em São Paulo
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Inventor do cigarro eletrônico fuma produto em demonstração ocorrida em Pequim, em 2009 (Foto: Arquivo/AFP)Inventor do cigarro eletrônico fuma produto em demonstração ocorrida em Pequim, em 2009 (Foto: Arquivo/AFP)
Uma pesquisa realizada pela Universidade de Atenas, na Grécia, descobriu que cigarros eletrônicos usados para substituir os tradicionais podem causar danos aos pulmões. Para chegar a esta conclusão, os cientistas contaram com 32 voluntários, sendo que oito nunca haviam fumado e 24 eram fumantes. Desses, 11 não apresentavam problemas nos pulmões e 13 tinham asma ou Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), mal que destrói os alvéolos pulmonares.
Cada uma das pessoas usou os cigarros eletrônicos. Os pesquisadores fizeram, então, uma série de testes e mediram a capacidade pulmonar dos indivíduos. Os resultados foram apresentados no domingo (2) em um congresso da Sociedade Europeia para Saúde Respiratória, realizado em Viena, na Áustria.
Em quase todos os casos, o cigarro eletrônico aumentou a dificuldade de respiração. Em pessoas que nunca usaram fumo, a resistência das vias aéreas (conceito usado na medicina para descrever fatores que limitam o acesso do ar aos pulmões, causando problemas para respirar) teve crescimento variando de 182% a 206%.
Em fumantes que não apresentavam doenças, a resistência das vias aéreas cresceu de 176% a 220%. Já em pacientes com asma ou DPOC que fumam rotineiramente, o cigarro eletrônico não provocou alteração pulmonar, segundo o estudo.
Para a professora Christina Gratziou, uma das autoras do estudo, "não há provas suficientes de que produtos como cigarros eletrônicos, que liberam nicotina e são usados para substituir o tabaco, são mais seguros do que os cigarros tradicionais". Para a cientista, dizer que o produto é menos nocivo é mais "uma questão de marketing" do que uma informação verdadeira.
Os problemas na respiração foram identificados logo após o consumo de cigarros eletrônicos por dez minutos, o que sugere que o efeito detectado foi imediato, segundo a pesquisadora. "Mais pesquisas são necessárias para entender se os problemas ocorrem no longo prazo", disse Gratziou.

sábado, 1 de setembro de 2012

Paciente com doença terminal poderá abrir mão de tratamento, diz CFM



Ainda lúcido, paciente deve registrar desejo previamente com o médico.
CNBB se manifestou contra a decisão.

Do G1, em São Paulo
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O Conselho Federal de Medicina (CFM) passa a permitir a partir desta sexta-feira (31) que um paciente deixe orientações ao médico sobre tratamentos que não queira receber em casos que já não haja mais possibilidade de recuperação. A nova resolução aprovada pelo órgão será publicada pelo Diário Oficial da União.
Qualquer maior de idade – ou menor emancipado – pode registrar a chamada “diretiva antecipada de vontade”. A pessoa precisa apenas estar lúcida e em pleno gozo de suas faculdades mentais.
Em nota, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) se disse contrária às novas regras.
Pelo Código de Ética Médica, o médico não pode praticar a eutanásia – matar um paciente, ainda que ele peça. No entanto, o texto prevê que o profissional ofereça os cuidados disponíveis e apropriados para uma morte mais humana, nos casos de doenças incuráveis e situações irreversíveis ou terminais.
Segundo a norma, o registro do documento poderá ser feito pelo próprio médico anexado ao prontuário, desde que o paciente autorize expressamente. Não é necessário registrar em cartório nem incluir testemunhas, mas isso pode ser feito, caso o paciente prefira. Ele pode ainda escolher um procurador que não seja da família.
Se o paciente quiser cancelar o desejo expresso na diretiva, deve procurar o médico para alterar o documento. Caso contrário, essa diretiva prevalece sobre qualquer parecer que não seja médico, até mesmo sobre a vontade dos familiares. O médico só não deverá seguir a diretiva se ela for contra o Código de Ética.
'Não havia orientação'
“Esse passo é mais direcionado a garantir o direito do paciente no momento que ele esteja incapaz de comunicar-se”, explicou Élcio Bonamigo, da Câmara Técnica de Bioética do CFM, que elaborou a resolução.
Com a publicação, os médicos passam a ter uma referência do próprio paciente para orientar os tratamentos. “Não havia orientação nesse caso. O que acontecia é que os familiares decidiam, e, às vezes, eles também não se entendiam”, apontou Bonamigo.
Segundo o médico, esse é um passo inicial para chegar a um ponto em que outros países já estão. Ele afirmou que na Espanha, por exemplo, esse documento pode ser preenchido em postos de saúde.
Dessa forma, um paciente pode expressar seus desejos mesmo que não tenha nenhuma doença. Ele pode prever a hipótese de algum acidente que o deixe em coma, e pedir para desligar os aparelhos após um tempo determinado, diante da impossibilidade de recuperação.
CNBB
O presidente da CNBB, o cardeal Dom Raymundo Dasmasceno, afirmou que "não cabe a cada um a decisão sobre a sua própria vida, no sentido de decidir quando ela começa, ou termina". Dom Dasmasceno disse que é preciso defender a vida "integralmente.
De acordo com ele, a “medicina só tem sentido quando está serviço da vida e da saúde”. “Um médico preocupado em terminar com a vida humana está como que negando a sua própria profissão, que é cuidar da vida e fazer com que seja vivida cada vez melhor, com dignidade”, afirmou.
“Doente terminal, eutanásia, aborto, são questões que hoje nos preocupam porque a vida para nós é o primeiro direito, dom, pelos quais se fundamentam os demais direitos da pessoa humana”, disse o cardeal.
Para Élcio Bonamigo, do CFM, a decisão não vai contra a vida em nenhum aspecto. “Essa resolução não se refere ao fim de vida do paciente, se refere ao tratamento”, afirmou o médico. “A forma de lutar vai ser vista de acordo com o ponto de vista do paciente”, completou.
Bonamigo lembrou um exemplo em que a religião se aplica a esse caso, e que os médicos já respeitam o desejo do paciente. “Mesmo não tendo nada escrito nos códigos de ética nem na lei, as Testemunhas de Jeová já têm isso. Eles não querem [receber transfusão de] sangue em hipótese nenhuma”, lembrou o representante do CFM.


Cuba registra novo teste rápido para detectar câncer colorretal



Dispositivo aponta sangue oculto nas fezes, que mostra risco da doença.
Informação foi divulgada pelo jornal oficial 'Granma'.

Da AFP
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Cuba registrou um dispositivo para detectar câncer colorretal, após provar sua eficácia em um estudo realizado com mais de 7 mil adultos maiores de 50 anos, informou nesta sexta-feira (31) um especialista local.
O dispositivo, denominado SUMASOHF, que "obteve o registro sanitário", detecta mediante um teste rápido o "sangue humano oculto em fezes", importante marcador de risco da provável presença de câncer colorretal e outros males do trato digestivo, afirmou Aramis Sánchez, chefe de Programas Nacionais do Centro de Testes Imunológicos de Havana.
Citado pelo jornal oficial "Granma", Sánchez explicou que o procedimento, desenvolvido por cientistas deste centro, "foi validado em um estudo realizado com 7.450 adultos maiores de 50 anos de ambos os sexos" nas províncias cubanas de Santiago de Cuba (sudeste) e Mayabeque (oeste).
Deste total de pessoas, "662 mostraram resultados positivos" e "555 doenças do trato digestivo, entre elas 14 casos de câncer colorretal e outros 78 com pólipos adenomatosos e colite ulcerativa", acrescentou o especialista.
O registro é o que permite usar o dispositivo maciçamente nas pesquisas ativas de câncer de cólon ralizadas na ilha.
Sánchez destacou que o Centro está em condições de "abastecer os dispositivos e reativos necessários para garantir a progressiva introdução deste teste no sistema nacional de saúde, a partir dos meses finais do ano presente".
No Centro de Teste Imunológico faz parte do Pólo Científico do oeste de Havana, umas 20 instituições encarregadas da produção e da venda de produtos farmacêuticos por cerca de US$ 400 milhões anuais, o segundo maior item de exportações da ilha, depois do níquel.
O "Granma" destacou que 2.281 cubanos faleceram em 2011 com câncer de cólon e que a doença, que ocupa em nível mundial "o terceiro lugar das mortes" por tumores malignos, mostra na ilha "uma tendência geral ao aumento de sua incidência e mortalidade".

Fabricante de talidomida pede desculpas pela primeira vez



Medicamento para enjoos de grávidas deformou milhares de bebês.
Produto já não é usado com esse fim há mais de 50 anos.

Da AP
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Criança alemã deformada pela talidomida na década de 1960 (Foto: AP Photo/Arquivo)Criança alemã deformada pela talidomida na
década de 1960 (Foto: AP Photo/Arquivo)
O laboratório responsável pela produção da talidomida, um medicamento que causou deformações em milhares de bebês, pediu desculpas pelo erro pela primeira vez nesta sexta-feira (31) – mais de 50 anos depois da retirada do remédio do mercado.
A substância é um analgésico potente e era receitado para mulheres grávidas para combater os enjoos matinais. Por causa dele, milhares de crianças nasceram com braços e pernas bem mais curtos, ou então sem os membros. Também foram registrados problemas na formação dos olhos, ouvidos, da genitália e de órgãos internos dos bebês.
“Pedimos o perdão por não termos encontrado uma maneira de chegar até vocês ser humano por ser humano ao longo dos últimos 50 anos”, afirmou Harald Stock, chefe-executivo do grupo alemão Grünenthal, que produzia o medicamento.
“Pedimos que encarem nosso longo silêncio como um sinal do choque que o destino de vocês causou em nós”, completou.
Representantes alemães das vítimas do medicamento consideraram que o pedido de desculpas veio tarde demais e ainda não é o suficiente. “O que precisamos são outras coisas”, afirmou Ilonka Stebritz, da Associação de Vítimas do Contergan – nome comercial do medicamento na Alemanha.
Apesar de não ser consumida por grávidas desde 1961, a talidomida ainda é vendida hoje. No entanto, é usada contra o mieloma múltiplo, um câncer na medula óssea. Também se estuda a possibilidade de utilizá-la contra a Aids, a artrite e outros tipos de câncer.