Academia Equilíbrio

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sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Instituto Butantan testará vacina contra dengue em humanos


Serão recrutados 50 voluntários este mês e outros 250 no início de 2014.
Previsão é que, até 2018, dose integre Programa Nacinal de Imunizações.

Luna D'AlamaDo G1, em São Paulo
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O Instituto Butantan, em São Paulo, deve iniciar em novembro a segunda fase clínica de um estudo que busca comprovar a eficácia e a segurança em humanos de uma vacina contra a dengue. A partir desta quarta-feira (2), um grupo de 50 voluntários adultos começará a ser recrutado na capital paulista. No início de 2014, outras 250 pessoas devem ser convocadas.

Essa é a primeira vacina contra a dengue de produção 100% nacional a ser testada em humanos no país. A dose é tetravalente, ou seja, imuniza contra os quatro sorotipos do vírus, e foi desenvolvida há mais de uma década pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH), chegando ao Brasil por meio de transferência tecnológica – as conversas para isso começaram em 2006. Nos EUA, em uma primeira fase de estudo, a vacina foi testada em 750 indivíduos adultos. Antes disso, cada um dos quatro tipos do vírus foi aplicado separadamente em animais.
As reações adversas encontradas nos americanos foram apenas dor local e erupção cutânea (conhecida como exantema ou rash), o que para os pesquisadores é um bom sinal, pois mostra que o vírus realmente causou uma resposta imunológica no organismo.
Se os próximos resultados forem positivos, a previsão é que a vacina seja aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e possa fazer parte do Programa Nacinal de Imunizações em 2018. Além do Butantan, há outra iniciativa nacional para produção de vacina contra a dengue, encabeçada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com a farmacêutica GlaxoSmithKline (GSK). Mas essa pesquisa ainda não iniciou testes em seres humanos.
Para a segunda fase de testes do Butantan, houve um investimento de R$ 3,5 milhões, financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), pela Fundação Butantan e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Além do NIH, outros parceiros internacionais do Butantan são a Faculdade de Saúde Pública Bloomberg da Universidade Johns Hopkins e a organização Global Solution for Infectious Diseases. No Brasil, além do HC, o Instituto Adolfo Lutz e a própria USP vão colaborar na nova fase de testes. Ao todo, há cerca de 200 pesquisadores envolvidos, segundo o Butantan.
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Pesquisadores Esper Kallás e Alexander Precioso (Foto: Luna D'Alama/G1)Kallás (esq.) e Precioso explicaram como será a
2ª fase de testes da vacina (Foto: Luna D'Alama/G1)
Única dose é 'trunfo'
Segundo o pesquisador Alexander Precioso, diretor da Divisão de Ensaios Clínicos e Farmacovigilância do Butantan, a grande diferença entre essa vacina e outras produzidas mundo afora é que ela usa o próprio vírus da dengue modificado por engenharia genética.
Outros trabalhos envolvem o vírus da febre amarela modificado, como o da farmacêutica francesa Sanofi Pasteur; o vírus da dengue "vivo", mas atenuado; o vírus inativado ("morto") ou partes/proteínas específicas do vírus da dengue.

"Nosso trunfo é que uma única dose parece ser capaz de proteger a pessoa contra o vírus. Outros estudos envolvem a aplicação de duas a três doses", compara Precioso. Segundo ele, faz 80 anos que se tenta fabricar uma vacina contra a dengue no mundo, e todo o processo entre o desenvolvimento de uma dose até ela chegar ao público-alvo leva cerca de 15 anos.
"E, mesmo com a vacina, as outras medidas de controle da dengue devem continuar. Esse é um instrumento forte, mas é só mais um, que deve ser associado a outras formas de combate à doença", destacou Precioso.
De acordo com o pesquisador Esper Kallás, professor associado de Imunologia Clínica e Alergia da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), um quarto da população mundial está suscetível à dengue, que provoca milhões de infecções e milhares de morte todos os anos nas regiões tropicais.
Como participar
Entre os critérios para participar da primeira parte do estudo do Butantan, estão: o voluntário (de ambos os sexos) deve morar na cidade de São Paulo, ter entre 18 e 59 anos de idade, não ter tido dengue, não apresentar doenças neurológicas, cardíacas, pulmonares, do fígado ou que comprometam o sistema de defesa do organismo, como diabetes e câncer. Mulheres grávidas, em fase de amamentação ou que pretendam engravidar também não devem se inscrever. Ao todo, cerca de mil pessoas devem ser analisadas para chegar aos 50 voluntários finais.
Após saber todos os detalhes dos testes, receber orientações e tirar dúvidas, os participantes devem assinar um termo de consentimento. Depois disso, eles serão acompanhados ao longo de cinco anos por uma equipe multidisciplinar do Hospital das Clínicas (HC) da FMUSP, formada por médicos, enfermeiros e farmacêuticos. A previsão é que, durante o estudo, os voluntários façam 28 consultas. Esse monitoramento servirá para ver como a resposta imunológica à dengue se mantém ao longo dos anos, e se será preciso aplicar uma dose de reforço.
Interessados devem ligar para os telefones (11) 2661-7214 ou 2661-3344, de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h. É possível também mandar um e-mail para o endereço vacinadengue@usp.br ou acessar o site www.vacinadengue.com.br.
Mais 250 voluntários
A segunda parte dessa fase da pesquisa terá início em 2014 e envolverá 250 voluntários. Eles serão recrutados por três instituições: a USP de Ribeirão Preto (SP), o HC de São Paulo e o Instituto da Criança, também em São Paulo. Nesse momento, pessoas que já tiveram dengue também poderão participar.
A terceira fase clínica deve começar em 2015, segundo os pesquisadores. Nessa etapa, que envolverá um número maior de pessoas em várias cidades e regiões do país, o objetivo é constatar se a vacina é de fato capaz de provocar a resposta imunológica esperada. É nesse período que ocorre o pedido de registro do produto à Anvisa.
Corrida pela vacina
Atualmente, a pesquisa que está mais próxima de atingir o resultado final é a da francesa Sanofi Pasteur. Em julho, a farmacêutica inaugurou uma fábrica que já começou a produzir doses experimentais da vacina contra a dengue. A planta será capaz de fabricar 100 milhões de doses por ano, segundo a indústria.
Atualmente, a Sanofi Pasteur aguarda a conclusão dos resultados de dois grandes estudos clínicos, que devem sair no fim de 2013 ou em 2014, para entender melhor a eficácia do produto. Cerca de 45 mil pessoas participaram dos testes na Ásia e na América Latina.
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Vacina tetravalente contra dengue é 'liofilizada', ou seja, desidratada (fica em pó) para ter mais estabilidade (Foto: Luna D'Alama/G1)Vacina tetravalente contra dengue é 'liofilizada', ou seja, desidratada (fica em pó) para ter mais estabilidade (Foto: Luna D'Alama/G1)

fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2013/10/butantan-recruta-50-voluntarios-para-testar-vacina-nacional-da-dengue.html
Dengue sintomas (Foto: Arte/G1)

Paciente deve informar seu histórico de saúde na consulta com o dentista


Dessa maneira, o risco de complicações nos tratamentos é muito menor.
Ideal é que paciente procure o dentista, pelo menos, duas vezes por ano.

Do G1, em São Paulo
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Muita gente tem medo de ir ao dentista e, por isso, acaba adiando a consulta ou procurando ajuda apenas em situações extremas.
Entre os principais temores dos pacientes, estão a dor a anestesia, mas isso é coisa do passado, como defendeu o ortodontista e presidente do Conselho Regional de Odontologia em São Paulo Claudio Miyake no Bem Estar desta quarta-feira (2) - isso porque hoje existem recursos que diminuem bastante o desconforto no consultório. Segundo o especialista, de maneira geral, é ideal que o paciente vá ao dentista, pelo menos, duas vezes ao ano para manter a boca saudável e diminuir o risco de vários problemas.
Antes de optar por qualquer procedimento, no entanto, é importante conversar com o dentista e contar todo o histórico de saúde e as doenças que já teve ou tem, como alertou o cirurgião bucomaxilofacial Waldyr Jorge. Pacientes diabéticos e hipertensos, por exemplo, precisam informar ao dentista para evitar complicações durante o tratamento indicado. Mulheres que estão grávidas também devem informar a gestação porque é mais seguro fazer os tratamentos antes de engravidar ou apenas no segundo trimestre, para evitar contaminações e outros problemas.
Fora isso, é essencial fazer uma radiografia para avaliar se o osso e as raízes do dente estão fortes e aguentam o tratamento, como lembrou o ortodontista Claudio Miyake.
De acordo com o especialista, o resultado da radiografia ajuda bastante no diagnóstico e na definição do tratamento. Se o paciente tiver problemas cardíacos, por exemplo, ele pode precisar ainda tomar antibióticos como medida de prevenção antes do procedimento definido, para evitar que bactérias cheguem ao coração.
Em relação à anestesia, os convidados alertaram que é um procedimento muito simples e seguro. Antes de inserir a agulha, o anestesista aplica uma pomada para reduzir a dor e, aos poucos, vai colocando a agulha e anestesiando a região ao redor do nervo, como mostrou o cirurgião bucomaxilofacial Waldyr Jorge.
Porém, quando há uma inflamação ou infecção, geralmente a anestesia não pega, então o dentista precisa começar o procedimento de um ponto mais distante até atingir o local desejado.
Outro medo bastante comum é o barulho do motor usado na retirada de cáries, por exemplo - a dica, nesse caso, é levar um fone de ouvido para usar durante o procedimento, que pode ajudar muito a acalmar. Durante a retirada da cárie, vale lembrar ainda que o paciente fica o tempo todo com a boca aberta e, além disso, pode sair um pouco de sangue, mas segundo os especialistas, existem equipamentos que diminuem muito o desconforto.
Aparelhos odontológicos
Antigamente, era muito comum as crianças usarem aparelhos para corrigir algum defeito. No entanto, de uns tempos para cá, adultos também começaram a usar, mas por questões estéticas.
De acordo com os especialistas, hoje em dia, os aparelhos podem ser usados em todas as idades e estão mais baratos, o que facilita bastante. Porém, antes de colocar, é preciso saber - através de uma radiografia - se os ossos e as raízes dos dentes estão saudáveis para que possam ser movimentados.
Se estiverem, o paciente pode optar por diversos tipos de aparelhos: os metálicos, em geral, garantem um tratamento mais rápido; já os cerâmicos, da cor dos dentes, demoram mais, mas são melhores esteticamente; aqueles quase invisíveis, sem braquetes, são ainda mais bonitos, mas não servem para dentes muito tortos que exigem grandes modificações. Há ainda os aparelhos colocados atrás dos dentes, mais caros e mais discretos, mas também não indicados para todos os casos.
Depois de colocado o aparelho, é preciso se preocupar com a higiene. De acordo com os especialistas, as escovas menores são melhores porque alcançam a parte de trás da boca.
Além disso, é importante usar o fio dental e também o enxaguante bucal, mas nesse último caso, vale lembrar que ele não substitui a escovação, como mostrou a reportagem da Renata Ribeiro.



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Arte Aparelho Dentário Bem Estar (Foto: Arte/G1)

Supremo fará audiência pública antes de julgar Mais Médicos


Debates serão realizados nos dias 25 e 26 de novembro, segundo STF.
Só depois disso tribunal vai decidir sobre validade do programa.

Mariana OliveiraDo G1, em Brasília
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Supremo Tribunal Federal (STF) convocou audiência pública para os dias 25 e 26 de novembro para ouvir argumentos contrários e favoráveis que devem balizar a análise sobre a validade do programa Mais Médicos, do governo federal. O julgamento só será marcado depois dos debates sobre o tema.
O Mais Médicos, que permite a vinda de profissionais estrangeiros sem revalidação do diploma para ampliar o número de profissionais no interior e nas periferias do país, foi questionado em duas ações no STF, uma da Associação Médica Brasileira (AMB) e outra da Confederação Nacional dos Trabalhadores Universitários Regulamentados (CNTU).
Info Mais Médicos V7 3.9 (Foto: Editoria de Arte/G1)
As entidades chegaram a pedir decisão provisória para a suspensão do programa, mas o relator, ministro Marco Aurélio Mello, não concedeu. Agora, ele decidiu pela convocação da audiência e determinou que os interessados em apresentar argumentos se inscrevam até 1º de novembro.
"Esclareço que o objetivo é analisar, do ponto de vista sistêmico, as vantagens e desvantagens da política pública formulada", diz o relator da decisão de convocar o debate.
Argumentos das ações
Na ação enviada ao Supremo, a AMB alegou que o programa pode causar "inúmeros prejuízos a um dos maiores interesses públicos resguardados na Constituição Federal: a saúde pública digna".
A AMB aponta que trazer profissionais sem revalidar o diploma "tem o condão de permitir do exercício irregular e ilegal da medicina no Brasil".
"A contratação de pessoas (intercambistas), sem a necessáriacomprovação de habilitação profissional (revalidação do diploma) e sem o domínio do idioma nacional para a realização de atendimento médico em inúmeros municípios da federação é uma atitude nefasta e antirrepublicana."
Ao próprio Supremo, o governo defendeu o programa e afirmou que ele é "inadiável".
A Advocacia Geral da União (AGU) frisou que, entre os objetivos do Mais Médicos estão: diminuir a carência de médicos nas regiões prioritárias para o SUS; fortalecer a prestação de serviços na atenção básica em saúde no país; aprimorar a formação médica no país e proporcionar maior experiência no campo de prática médica, ampliar a inserção do médico em formação nas unidades de atendimento do SUS; e promover a troca de conhecimentos e experiências entre profissionais da saúde brasileiros e médicos formados em instituições estrangeiras.






Exercícios complexos exigem treino e cuidado para reduzir risco de lesões


É preciso prestar atenção ao executar movimentos para não se machucar.
Bem Estar de hoje explicou a importância de diversificar a atividade física.

Do G1, em São Paulo
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Que atividade física é importante e faz bem, todo mundo sabe. No entanto, para adquirir ainda mais benefícios, é preciso buscar exercícios mais completos, que trabalhem todo o corpo e desenvolvam a resistência aeróbia e anaeróbia, o equilíbrio, a força e a potência muscular e a flexibilidade.
Os exercícios funcionais, por exemplo, têm movimentos mais complexos e, por isso, o risco de lesões é muito maior, como alertou o médico do esporte Gustavo Magliocca no Bem Estar desta sexta-feira (4).
De acordo com o médico, é preciso prestar muita atenção na hora de realizar os movimentos de exercícios complexos para evitar danos às articulações, principalmente dos ombros, quadris, coluna e joelhos. Em alguns casos, a pessoa até consegue levantar determinado peso, mas se for uma carga muito grande, ela pode não conseguir executar o movimento com perfeição e acaba se machucando.
Por isso, é importante começar progressivamente nessas atividades – de acordo com o médico, para conseguir fazer um exercício complexo, é necessário muito treino para melhorar a coordenação motora e muscular e também o equilíbrio.
Esses requisitos são essenciais para quem quer praticar os exercícios funcionais de maneira correta, sem sobrecarregar o corpo.
Exercícios (Foto: Arte/G1)
Vale lembrar, porém, que não são só os funcionais que trazem todos esses benefícios. Diversificar a atividade física, inclusive, é um meio de adquirir cada vez mais ganhos cardiovasculares, respiratórios e musculares, como é o caso do grupo de esportistas mostrados na reportagem da Natália Ariede (veja no vídeo ao lado).
Eles se juntam no Parque do Ibirapuera em São Paulo para praticar uma junção de vários esportes – combinam técnicas de respiração e consciência corporal do yoga a exercícios funcionais, boxe e corrida, por exemplo. Cada membro leva um pouco do seu conhecimento para o treinamento que dura uma hora e envolve ainda meditação e alongamentos, além de trazer também os benefícios da atividade ao ar livre.
Outra atividade que também reúne diversas vantagens é o pole dance – segundo o médico do esporte Gustavo Magliocca, o pole dance exige muita contração isométrica, equilíbrio, flexibilidade, força, resistência e orientação especial. Com o tempo, quem pratica acaba tendo muitos benefícios cardiovasculares, hormonais e musculares, especialmente na região do abdômen, como mostraram as praticantes na reportagem da Natália Ariede (confira no vídeo).
Porém, assim como no caso dos exercícios funcionais, o pole dance também tem riscos e pode causar traumas, quedas, batidas, entorses e lesões na coluna lombar e cervical. Por isso, pessoas com problemas de coluna ou labirintite, por exemplo, devem procurar outras formas de exercício.
O Bem Estar desta sexta-feira (4) mostrou também uma atividade aeróbia de salto feita com uma espécie de patins. De Fortaleza, a repórter Eveline Frota mostrou que esse exercício, que trabalha principalmente os músculos da coxa e quadril, vem ganhando cada vez mais adeptos. Além disso, promove força e potência muscular e ajuda ainda na perda de gordura, como mostrou a reportagem (veja no vídeo).
Para quem não tem a possibilidade de realizar nenhuma dessas atividades, a terapeuta corporal e bailarina Mônica Monteiro deu dicas de alguns exercícios que também estimulam diferentes músculos do corpo e trabalham o equilíbrio, a coordenação motora e a consciência corporal. Confira abaixo:
1. Com uma escovinha de bebê ou de dentes, por exemplo, escove a musculatura do rosto e do corpo para estimular as fibras musculares e suavizar linhas de expressão e a tensão.
2. Utilize bolinhas irregulares que são encontradas em lojas de material esportivo e quicam em direções inesperadas. Como essas bolinhas nunca voltam para a pessoa, o exercício exige que ela se desloque rapidamente em diversos planos e no espaço. Com isso, esses movimentos, além de serem divertidos, estimulam o reflexo, aumentam a agilidade e despertam o sistema motor.
3. Para aliviar a articulação do ombro, segure uma laranja com uma mão esticada e, com a outra, segure o ombro. Com a mão esticada, faça o movimento do "8".
4. Coloque um livro no chão, suba em cima dele apenas com a ponta dos pés e mantenha o equilíbrio olhando sempre à frente.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Sintomas de uma crise de pânico são parecidos aos de um infarto; entenda


Na crise, paciente pode ter falta de ar, transpiração e aceleração cardíaca.
Bem Estar desta terça-feira (1) explicou como identificar os dois problemas.

Do G1, em São Paulo
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Sentir medo sem motivo e repentinamente pode ser um sinal de síndrome do pânico, um transtorno mental de ansiedade que causa ataques repentinos de temor em situações cotidianas, como durante o sono, por exemplo.
Durante uma crise, a pessoa pode ter ainda sintomas parecidos aos de um infarto, como falta de ar, coração acelerado e transpiração excessiva, como explicaram a cardiologista Roberta Saretta e o psiquiatra Daniel Barros no Bem Estar desta terça-feira (1).
Caso esses sintomas apareçam pela primeira vez, o paciente deve ir imediatamente a um hospital para avaliar se é um infarto, especialmente se ele tiver fatores de risco como diabetes, histórico familiar de doenças cardiovasculares, fumo, hipertensão, má alimentação e sedentarismo. Nesse caso, os sintomas podem se prolongar para dor no peito, no braço esquerdo, costas, mandíbula e estômago.
Por outro lado, se ele já teve os sintomas várias vezes ao longo da vida, já foi ao médico e não foi diagnosticado nenhum problema de coração, pode ser que o problema seja a síndrome do pânico, como explicou o psiquiatra Daniel Barros. Nesse caso, é importante que seja feito um acompanhamento conjunto com o psiquiatra e também o cardiologista.
Em alguns casos, o pânico pode ter origem familiar ou relação com histórias de vida, mas pode ser também desencadeado por fatos estressantes, como vestibular, falecimento ou casamento, como lembrou o psiquiatra. O transtorno é mais comum em mulheres e na fase adulta; algumas pessoas, inclusive, podem ter uma crise uma única vez e nunca mais ou podem sofrer várias cronicamente.
Para evitar que o estresse acumule, a dica é tirar 10 minutos do dia para pensar em uma única imagem e nada mais, como um desenho simples de uma árvore ou uma paisagem, por exemplo - essa técnica ajuda a "limpar" a mente do excesso de preocupações que podem levar a uma crise de pânico. Durante a crise, porém, isso não adianta muito; o ideal é fazer o tratamento contínuo do transtorno com um psicólogo, psiquiatra e, em alguns casos, medicamentos. 
Segundo a cardiologista Roberta Saretta, também existem remédios que ajudam a reduzir o risco de infarto, como os de pressão alta, os anticoagulantes e as estatinas (para o colesterol). Nesse último caso, o medicamento diminui a quantidade de colesterol na corrente sanguínea e evita que se formem placas de gorduras na artéria. Porém, as estatinas não eliminam as placas que já existem, apenas reduzem a inflamação que elas causam, abrindo maior espaço para o fluxo de sangue.
É importante ainda que, para reduzir o risco de infarto e também da síndrome do pânico, o paciente seja o mais ativo que puder e faça exercício físico regularmente.
Isso porque, além de reduzir o estresse, ao se exercitar, o músculo cardíaco se fortalece e produz novas redes de circulação do sangue, criando caminhos alternativos caso a pessoa tenha um ataque cardíaco.
Arte Infarto Bem Estar (Foto: Arte/G1)
Timidez x fobia social
No Bem Estar desta terça-feira (1), o psiquiatra Daniel Barros falou também sobre a diferença entre uma simples timidez e a fobia social, outro problema que pode atrapalhar muito o dia a dia. Algumas pessoas, por exemplo, têm medo de falar com outras porque sentem que estão sendo observadas - isso pode ser uma doença, a fobia social, que causa um medo inconsciente que acelera o coração e a respiração.
Mesmo sabendo que nada grave vai acontecer ao falar com alguém, o medo de dar algo errado é frequente nesses pacientes. De acordo com o psiquiatra, o tratamento é feito com remédios e psicoterapia para que a pessoa perca o medo de se expor aos poucos e volte a se relacionar socialmente, o que faz muito bem à saúde(confira no vídeo).

Exercício pode ser tão bom quanto remédio para coração, diz estudo


Cientistas analisaram pesquisas envolvendo 340 mil pacientes; especialistas dizem que combinação de ambos ainda é melhor tratamento.

Da BBC
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Especialistas dizem que, apesar dos resultados da pesquisa, pessoas não devem trocar remédios por exercícios. (Foto: BBC)Especialistas dizem que, apesar dos resultados da pesquisa, pessoas não devem trocar remédios por exercícios. (Foto: BBC)
Um estudo realizado por cientistas nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha afirma que exercícios físicos podem ser tão eficientes no combate a doenças cardíacas quanto remédios.
O trabalho foi publicado na revista científica "British Medical Journal" (BMJ). Os cientistas analisaram centenas de testes que envolveram 340 mil pacientes na busca de uma comparação entre o efeito de exercícios físicos e medicamentos.
As atividades físicas obtiveram resultados semelhantes aos dos medicamentos para doenças cardíacas. A exceção foram os remédios chamados diuréticos. Estes tiveram melhores resultados do que a atividade física no combate a doenças cardíacas.
No caso de derrames, os exercícios tiveram eficácia ainda superior a dos remédios, segundo os pesquisadores.
Especialistas alertam que isso não significa que as pessoas devem abandonar o uso de remédios, em prol de exercícios. Eles recomendam que ambos sejam usados ao mesmo tempo no tratamento de doenças.
Aumento de receitas
Na Grã-Bretanha, estudos mostram que os adultos não estão se exercitando o suficiente. Apenas um terço da população na Inglaterra acata a recomendação médica de fazer 2,5 horas de exercícios de intensidade moderada por semana - como caminhada rápida e bicicleta.
No entanto, o uso de remédios com receita médica está aumentando. Em 2000, a média de receitas médicas por pessoa na Inglaterra era de 11,2. Dez anos depois, a média subiu para 17,7.
O levantamento atual foi feito com base em estudos anteriores. Trabalharam na pesquisa cientistas da London School of Economics, Harvard Pilgrim Health Care Institute e Stanford University School of Medicine.
Para a especialista Amy Thompson, da Associação Cardíaca da Grã-Bretanha, é sabido que os exercícios físicos trazem benefícios à saúde, mas ela ressalta que não há provas definitivas para comprovar a tese de que as atividades podem ser mais eficazes do que remédios em tratamentos.
'Remédios são uma parte importantíssima do tratamento de condições cardíacas, e pessoas com receitas médicas devem continuar tomando seus medicamentos', afirma.