Academia Equilíbrio

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quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Exercícios para o músculo da garganta ajudam a diminuir o ronco


Para quem tem sono leve, dormir com um 'roncador' é um pesadelo.
Roncar aumenta os batimentos cardíacos e pressão arterial.

Do G1, em São Paulo
Para quem tem sono leve, dormir com alguém que ronca pode se tornar um pesadelo. O problema é que quem ronca quase nunca percebe. É importante saber de onde vem o ronco e o que ele está causando na saúde da pessoa que ronca e na dos outros. Por exemplo, roncar aumenta os batimentos cardíacos e a pressão arterial. Pode até provocar uma parada cardíaca.
E o Bem Estar desta terça-feira (6) falou sobre o ronco com os convidados, o consultor e cardiologista Roberto Kalil e o pneumologista Geraldo Lorenzi.
O ronco pode ter diversos motivos. O problema pode ser decorrente da flacidez de músculos, de obstrução no nariz, do aumento de peso e consequentemente do pescoço, do abuso de álcool ou tudo isso junto. Quanto mais velho ficamos, maior a flacidez e o risco de roncar. Homens sofrem mais com os roncos e as mulheres com a insônia.

Alguns exercícios para o músculo da garganta podem ajudar a acabar com o ronco. Um deles consiste em fazer força para levantar o sininho da garganta, segurar e relaxar. Em outro exercício, tente colocar a língua no céu da boca e abra a boca, tentando manter a língua grudada no céu da boca; segure por cinco segundos e relaxe.
O Incor fez um estudo com 39 pacientes divididos em dois grupos. Um grupo recebeu o tratamento convencional e o outro participou os exercícios durante três meses. Quem fez o exercício teve redução de 35% na frequência e de 60% na intensidade do ronco.
A avaliação dos resultados foi feita a partir de gravações dos roncos dos pacientes antes e depois do tratamento. Também foi levada em conta a percepção dos outros moradores das casas.

Apneia e coração
Quando a apneia ocorre há uma queda da oxigenação do sangue, aumento do batimento cardíaco e pressão arterial. As quedas e retomadas súbitas da oxigenação do sangue dezenas a centenas de vezes ao longo da noite são os principais gatilhos para o desenvolvimento das doenças do coração e vasos. A pessoa está em maratona durante o sono quando deveria estar descansando.

fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/10/exercicios-para-o-musculo-da-garganta-ajudam-diminuir-o-ronco.html

Por que alguns homens desenvolvem sintomas de gravidez


Náuseas, enjoos e aumento de peso são alguns dos sintomas apresentados por homens que têm a chamada 'sídrome de Couvade' quando estão se preparando para paternidade.

Da BBC
Há cerca de um ano, Harry Ashby, que tem 29 anos e trabalha como segurança na Inglaterra, figurou nas manchetes de vários jornais britânicos por estar sofrendo uma série de sintomas atípicos para um homem: náuseas, enjoos, aumento de peso e até crescimento da barriga.
Curiosamente, esses eram os mesmos sintomas que sua namorada, grávida, sentia. Ashby foi ao médico e obteve o diagnóstico: ele estava com síndrome de Couvade.
Não é uma doença, mas um conjunto de sintomas de uma "gravidez fantasma", uma espécie de gravidez psicológica ou "gravidez por empatia".
O caso de Harry Ashby pode até parecer estranho, mas não é o único, nem o primeiro.
Antecedentes antropológicos
O nome da síndrome vem da palavra francesa "couver", que significa incubar. Ela designa um conjunto de sintomas involuntários associados à gestação, que não têm nenhuma causa física aparente – e que aparecem em alguns homens que vão ser pais.
Foi um antropólogo francês que utilizou esse nome pela primeira vez em 1865 para descrever os hábitos que observou em comunidades primitivas, como na antiga Grécia, diante da espera de um bebê.
Essas comunidades passavam por rituais "imitando" o que acontecia com as mulheres grávidas. O homem imitava as dores do parto, deixava de fazer suas coisas e de ter qualquer esforço físico e, quando o bebê nascia, ele o colocava no peito e simulava a amamentação.
Sintomas
Além dos sintomas sentidos por Harry Ashby, outros comuns a quem desenvolve a síndrome de Couvade moderna são vômito, tontura, dores abdominais e dentárias, mudança de apetite, fadiga, insônia, problemas intestinais, alteração de peso, entre outros.
Falar com a esposa, com os amigos ou participar de grupos de pais onde o homem possa expressar suas inquietações podem ajudar a diminuir os sintomas
Em 2013, uma equipe de pesquisadores poloneses observou 143 homens que estavam para ser pais e concluiu que 72% deles apresentaram pelo menos um dos 16 sintomas da síndrome de Couvade durante a gravidez de suas esposas. Os resultados do estudo foram publicados na revista científica Medical Science Monitor.
Antes disso, outro estudo realizado em 2007 por pesquisadores da Universidade St. George, de Londres, analisou 282 futuros pais que acompanhavam suas mulheres grávidas ao hospital e constatou que 11 deles relataram sintomas similares aos de Ashby.
Um dos líderes da pesquisa, Arthur Brennan, disse à época que, apesar de parecer fingimento, esses sintomas dos homens são reais.
"Algumas pessoas podem pensar que esses homens estão fingindo, mas eles não estão querendo chamar a atenção. Esses sintomas são involuntários."
Causas
Segundo especialistas, não está claro por que alguns homens desenvolvem esses sintomas típicos da gravidez. Mas alguns deles sugerem que isso pode estar relacionado com a ansiedade sobre a gestação e a paternidade.
O ginecologista e psiquiatra Alfonso Gil Sánchez diz que, tradicionalmente, toda pesquisa sobre saúde mental pré-natal tem se concentrado na mulher, mas agora há evidências concretas de que o homem também sofre mudanças - juntamente com a mulher.
Gil Sánchez, que também é membro da Sociedade Internacional de Saúde Mental Pré-Natal, afirma que há provas de que o homem passa por mudanças no cérebro para poder se relacionar e se apegar com o bebê, além de mudanças psicológicas e sociais relacionadas com as expectativas culturais sobre o que significa ser pai.
O médico destaca que a síndrome de Couvade não é uma doença psiquiátrica, nem um delírio: o homem não acredita que está efetivamente grávido.
É, na realidade, a "soma de um conflito psicológico que não se pode resolver racionalmente", disse à BBC Mundo. E, portanto, é algo que se manifesta por meio de sintomas físicos sem uma explicação aparente.
No entanto, Gil Sánchez acredita que a síndrome de Couvade "é uma manifestação absolutamente normal", que não tem nada de patológico e que reúne todos esses conflitos que surgem da mudança vital que a paternidade traz: medos, inseguranças e ansiedade.
"Não é necessariamente algo negativo", diz.
Por outro lado, o médico ressalta que, em algumas culturas, é muito difícil para um homem expressar ansiedade - admitir, por exemplo, que tem medo de ser pai e que não sabe o que fazer. E tudo isso se reflete nos sintomas do corpo.
"É o corpo expressando esses sentimentos por meio do sintomas."
Tratamento
Como não é considerada uma doença, não há um tratamento específico para a síndrome de Couvade.
Mas Gil Sánchez sugere que colocar para fora as emoções e as preocupações que os homens sentem nessa situação pode ajudar a diminuir os sintomas.
De qualquer forma, segundo os estudos realizados sobre o tema, a maioria dos sintomas relatados pelos homens desaparece depois do parto de suas esposas.
Outras teorias
Há outras teorias psicológicas, porém, que tentam explicar a origem dessa síndrome.
Uma teoria psicoanalítica sugere que tudo começa por causa de uma inveja que o homem tem da capacidade da mulher para a gestação.
Outra teoria diz que alguns futuros pais veem o filho que ainda nem nasceu como um rival na disputa pela atenção da mãe, e o surgimento involuntário da síndrome de Couvade o ajuda a se identificar com a esposa e a desenvolver o instinto protetor com relação ao bebê.
Há também uma teoria psicossocial, que diz que durante a gestação da mulher, os homens podem se sentir relegados a um papel secundário ou "inúteis" – e para contestar esse sentimento, o homem desenvolve involuntariamente a síndrome de Couvade.
E de uma perspectiva totalmente diferente, há outra teoria que diz que é justamente a proximidade do homem com o feto que desencadeia a síndrome. Assim, os sintomas que aparecem no homem refletem o nível de "apego" que ele já tem com a criança que ainda não nasceu e sua empatia pela esposa na gravidez.
Por outro lado, há estudos mais recentes que explicam a síndrome de um ponto de vista hormonal. Essas pesquisas descobriram que os homens têm aumento do nível hormonal de prolactina e estrógeno durante o primeiro e o terceiro trimestre de gravidez de suas esposas.
Ainda segundo esses estudos, as mudanças hormonais estariam associadas à demonstração de um comportamento paternal.

fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/10/por-que-alguns-homens-desenvolvem-sintomas-de-gravidez.html

'Marca-passo' sob a mandíbula é nova alternativa para apneia do sono


Procedimento foi feito no Brasil pela primeira vez com autorização especial.
Eletroestimulação de nervo impede obstrução do fluxo de ar durante sono.

Mariana LenharoDo G1, em São Paulo
Murilo Valladares Domingues é submetido ao implante do eletroestimulador para tratar apneia em julho (Foto: Rafael Ernandi/Hospital Samaritano/Divulgação)Murilo Valladares Domingues é submetido ao implante do eletroestimulador para tratar apneia em julho (Foto: Rafael Ernandi/Hospital Samaritano/Divulgação)
Quem sofre de apneia do sono pode ter, em breve, uma nova alternativa para tratar o problema no Brasil: o implante de um “marca-passo” sob a mandíbula que, por meio de pequenos choques elétricos, impede a musculatura da língua e da faringe de relaxar e consequentemente obstruir a passagem de ar.
A apneia obstrutiva do sono – caracterizada por interrupções de pelo menos 10 segundos no fluxo de ar durante a noite – pode aumentar o risco de vários problemas de saúde, como hipertensão, acidente vascular cerebral (AVC) e infarto. O paciente também pode ter sonolência excessiva durante o dia, cansaço e dor de cabeça.
O tratamento de eletroestimulação seria uma alternativa às duas principais técnicas contra a doença utilizadas hoje. Uma delas é o CPAP, sigla em inglês para pressão positiva contínua do ar, em que o paciente usa uma máscara conectada a um aparelho que “empurra” o ar para as vias respiratórias. A outra é a cirurgia para correção de características anatômicas do aparelho respiratório que possam estar levando às obstruções no fluxo de ar.
O procedimento cirúrgico para implante do "marca-passo" contra apneia já foi feito com sucesso uma vez no Brasil, pelo Hospital Samaritano, em São Paulo. O paciente obteve uma autorização especial da Anvisa para receber o equipamento por uso compassivo, concedido nos casos em que o produto ainda não obteve registro na agência, mas já foi aprovado em outros países e se mostra promissor para o tratamento de determinada doença.
Atualmente, está em curso uma avaliação por parte da agência para concessão de registro para o eletroestimulador da marca ImThera. Existe ainda um eletroestimulador com a mesma finalidade produzido pela empresa Inspire Medical Systems.
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Eletroestimulador para tratamento de apneia (esq.) e controle remoto (dir.): equipamento passa por análise da Anvisa para obtenção de registro (Foto: ImThera/Divulgação)Eletroestimulador para tratamento de apneia (esq.) e controle remoto (dir.): equipamento passa por análise da Anvisa para obtenção de registro (Foto: ImThera/Divulgação)
Como funciona?
O médico Eric Thuler, que coordenou o primeiro implante do marca-passo no Brasil, afirma que, nos últimos anos, estudos têm demonstrado que a causa mais comum de apneia é o relaxamento da musculatura da língua e da faringe durante o sono. A ocorrência de anormalidades anatômicas do aparelho respiratório que justificariam a parada de respiração no meio da noite é menos frequente.
A ideia do equipamento é justamente impedir esse relaxamento ao aplicar pequenos choques elétricos, de intensidade muito baixa, de forma que os músculos da língua e faringe permaneçam como se a pessoa estivesse acordada.O dispositivo é implantado perto do nervo hipoglosso, que inerva os músculos da língua e da faringe e fica sob a mandíbula. “São choquinhos de miliamperes, imperceptíveis ao paciente, que conseguem simular uma situação similar a quando o paciente está acordado”, diz o especialista.
O implante é feito por uma cirurgia simples, que dura cerca de 40 minutos, e o equipamento é ligado um mês depois do procedimento. Com um controle remoto, o paciente liga o "marca-passo" somente quando vai dormir. "Nas primeiras semanas, o paciente refere que sente como e estivesse com um formigamento na região. Depois, se torna imperceptível."
Quem poderia ser beneficiado?
Caso a técnica seja aprovada no Brasil, ela deve ser usada em pessoas que já tentaram outros tratamentos, mas não se adaptaram.
Segundo Thuler, a primeira opção para tratar a apneia continua sendo o CPAP, que é a técnica menos invasiva. Estudos mostram, porém, que cerca de 40% dos pacientes não conseguem se adaptar ao equipamento. Nesses casos, exames específicos devem revelar se o paciente possui alguma obstrução mecânica ao fluxo de ar que possa ser corrigida com cirurgia.
Se isso não for identificado e a causa da apneia for o relaxamento muscular da língua e da faringe, aí sim o tratamento de eletroestimulação seria indicado.
Paciente brasileiro
A primeira pessoa a se submeter ao tratamento de eletroestimulação para apneia no Brasil foi o médico oftalmologista Murilo Valladares Domingues, de 48 anos. Ele descobriu a doença há cerca de um ano, depois de fazer um exame para descobrir a causa de seus roncos. Domingues considerou o uso do CPAP desconfortável e soube que existia uma alternativa fora do Brasil. Depois de obter o aval da Anvisa, ele passou pela cirurgia do implante em julho.
“Foi mais para prevenir. Se não tratar, posso ter diabetes, pressão alta, AVC”, diz. Ele conta que os choquinhos não provocam dor e que ele tem precisado de menos horas de sono desde que ativou o dispositivo.
O brasileiro Marcelo Lima, presidente da empresa ImThera, com sede nos Estados Unidos, conta que cerca de 100 pacientes já receberam o implante no mundo. O equipamento já foi aprovado na Europa, onde já está sendo comercializado, e aguarda autorização nos Estados Unidos pelo FDA (Food and Drug Administration) e no Brasil pela Anvisa.
Lima esclarece que o objetivo do dispositivo é tratar a apneia e que ele só terá o efeito de inibir o ronco caso ele tenha como causa a obstrução das vias aéreas durante o sono.

fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/10/marca-passo-sob-mandibula-e-nova-alternativa-para-apneia-do-sono.html

Mortes por dengue no país chegam a 693 e batem recorde antecipadamente


Óbitos registrados em oito meses de 2015 já superam marca anual de 2013.
Com 1.516 casos por 100 mil habitantes, São Paulo é estado mais atingido.

Do G1, em São Paulo
Jovem de 20 a 40 anos são os mais acometidos pela doença, assim como as mulheres (Foto: (Foto: Roosevelt Cassio/Reuters))Pacientes com suspeita de dengue aguardam atendimento em clínica (Foto: Roosevelt Cassio/Reuters)
Nos oito primeiros meses do ano, o número de mortes causadas pela dengue no país em 2015 foi de 693, e já constitui o maior índice anual desde que a doença começou a ser monitorada em detalhes, em 1990. O recorde anterior havia sido atingido em 2013, com 674 mortes.
Incidência da Dengue no Brasil 2015 janeiro a agosto 2015 (Foto: MS/SVS)
"Foram confirmados 693 óbitos por dengue, o que representa um aumento no país de 70% em comparação com o mesmo período de 2014, quando foram confirmados 407 óbitos", afirma um boletim emitido pela Secretaria de Vigilância Sanitária ligada ao Ministério da Saúde.

"A região Sudeste concentra 68,5% dos óbitos do país, com o maior número de óbitos registrados no estado de São Paulo", afirma o documento. São Paulo teve 1.516 casos por grupo de 100 mil habitantes registrados até agora, e perde em incidência relativa apenas para Goiás (1.979 casos/100 mil hab.).
Mais de 1,4 milhão de casos
Em 2015, foram registrados 1.416.179 casos prováveis de dengue no país (casos notificados com exceção dos descartados) até 29 de agosto. A incidência média da doença até agora para 2015 no país é de 699 casos por 100 mil habitantes.
O número de casos de dengue até o fim de agosto quase ultrapassou o recorde registrado em 2013, quando o país teve 1.452.489 ocorrências da doença.
Em nota, o Ministério da Saúde observa que manteve, durante todo o ano, sem interrupção, as ações para controle da dengue. "Entre medidas, citamos, como exemplo, a realização de curso online para profissionais de saúde, a atualização dos planos de contingência, visitas técnicas de monitoramento e discussão conjunta do manejo clínico de atenção à doença, além de campanhas de conscientização", afirma a pasta.
Número de casos prováveis de dengue no Brasil em 2015, de janeiro a agosto (Foto: Ministério da Saúde/SVS)Número de casos prováveis de dengue em 2015, de janeiro a agosto (Dados: Ministério da Saúde/SVS)
fonte: http://g1.globo.com/bemestar/dengue/noticia/2015/10/mortes-por-dengue-no-pais-chegam-693-e-batem-recorde-antecipadamente.html

Brasil fica entre piores em ranking de tratamentos paliativos a pacientes terminais


Estudo apontou que nações em desenvolvimento têm pouco financiamento e políticas públicas de saúde específicas para tratamentos desse tipo.

Da BBC
O Brasil ficou na antepenúltima posição em um ranking de 40 países que avaliou tratamentos paliativos para pacientes em estado terminal.
O estudo, feito pela consultoria Economist Intelligence Unit, analisou a disponibilidade, o custo e a qualidade destes tratamentos. Grã-Bretanha, Austrália e Nova Zelândia lideraram o ranking geral. O Brasil ficou na 38ª posição, à frente apenas de Uganda e Índia.
A lista incluiu 30 integrantes da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e outros 10 países com dados disponíveis.
"Os países na lanterna incluem, sem surpresa, países em desenvolvimento e dos Brics, como China, México, Brasil, Índia e Uganda, onde, apesar de exceções notáveis de excelência... avanços em prover tratamento no fim da vida são lentos", disse o estudo.
"Não é surpresa encontrar países como Grã-Bretanha, Austrália e Nova Zelândia no topo do ranking, dado a relativa riqueza, infraestrutura e longo reconhecimento da importância de desenvolver estratégias nacionais de saúde no fim da vida".
Diferenças culturais
O Brasil também ficou nas últimas posições no quesito disponibilidade de tratamentos, ocupando a 36ª posição, à frente apenas de Eslováquia, Portugal, Rússia e China. Essa lista também foi liderada por Grã-Bretanha, Nova Zelândia e Austrália.
Sheila Payne, diretora do Observatório Internacional para Tratamento no Fim da Vida, disse que a baixa pontuação de nações em desenvolvimento "se deve à falta de financiamento e reconhecimento nestes países sobre políticas públicas de saúde em tratamento paliativo".
O relatório também aponta para razões culturais que influenciam no tratamento dado a pacientes terminais, como os tabus fortes sobre morte em países como Japão, China e na Índia, onde muitas família preferem ocultar do paciente sua real condição médica para protegê-lo.
Já nos Estados Unidos, parece imperar a política do "manter vivo custe o que custar", sugere o texto.
"Somos o epicentro das tecnologias que nos permitem deixar as pessoas vivas por mais 60 dias sem nenhuma melhora no resultado, mas com um aumento substancial nos custos", disse Paul Keckley, diretor-executivo do Centro Deloitte para Soluções de Saúde, braço da consultoria Deloitte, citado no relatório.
"E quanto mais fundamentalista, evangélico ou conservador (for a família), menos as pessoas irão desafiar a opinião médica ou pedir por algo que não seja recomendada pelo médico".
Conhecimento público de tratamentos
O Brasil também ficou nas últimas posições no ranking de conhecimento público sobre tratamentos disponíveis no fim da vida.
Numa escala que mediu o nível de conhecimento de 1 a 5, o Brasil ficou no grupo 2, junto com Finlândia, Índia, Itália, México, Portugal, Rússia, Suíça, entre outros países. Bélgica, Irlanda e Grã-Bretanha lideraram a lista.

fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/10/brasil-fica-entre-piores-em-ranking-de-tratamentos-paliativos-a-pacientes-terminais.html