Academia Equilíbrio

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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Musa se recupera e conquista a medalha de ouro nos 200m rasos

 

 

Depois de amargar o quarto lugar nos 100m rasos, Ana Cláudia Lemos não desperdiça nova chance e comemora título com sambadinha

Por Lydia Gismondi Direto de Guadalajara, México
 
Nos 100m rasos ela bateu na trave. Amargou a quarta colocação na prova vencida por Rosângela Santos. Nesta quinta-feira, Ana Cláudia Lemos ganhou nova chance e não a desperdiçou. Respirou fundo, se benzeu e correu para a medalha de ouro nos 200m rasos no Pan de Guadalajara. Nesta quinta-feira, não quis saber se a jamaicana Simone Facey estava um pouquinho à sua frente. Queria sim que a prova e a apreensão acabassem logo. A musa tratou de acelerar ainda mais o passo, mostrou raça e comemorou com sambadinha: 22s76 contra 22s86. A dominicana Mariely Sanchez (23s02) completou o pódio.
- Antes da prova começar, antes de entrar no bloco, eu queria acabar logo. Ou eu seria campeã pan-americana ou eu iria embora triste. Graças a Deus, consegui ser campeã e sair feliz. É o começo de uma carreira - disse.
ana claudia lemos 200m rasos pan-americano guadalajara (Foto: Reuters)
 
 
Ana Cláudia se apressou em pegar a bandeira do Brasil para festejar seu ouro (Foto: Reuters)
Aos 22 anos, ela quebrou nesta temporada o recorde sul-americano da prova no Troféu Brasil, que durava 12 anos. É dona também do dos 100m. Musa das pistas, Ana Cláudia não teme a pressão imposta pelo rótulo de nova ‘’Rainha da Velocidade’’ do país.
- Foi uma prova muito forte. Quando eu saí da curva e entrei na reta, escutei um apito. Eu achei que era para parar. Mas eu vi que a jamaicana não parou e eu continue. Acabei tendo uma leve desaceleração, mas consegui recuperar. Estou muito satisfeita com essa prova. A sensação é de dever cumprido. Agora tem mais uma etapa, que é o 4x100m. Espero levar mais uma medalha de ouro para Brasil.

fonte: http://globoesporte.globo.com/jogos-pan-americanos/noticia/2011/10/ana-claudia-lemos-conquista-medalha-de-ouro-nos-200m-rasos.html

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Seleção de Magnano passa sufoco, mas vence Uruguai na estreia

 

Com equipe mesclada, Brasil teve dificuldades para passar pelo adversário

Por João Gabriel Rodrigues Direto de Guadalajara, México
O Uruguai sabia que o Brasil que estaria em quadra nesta quarta-feira, na estreia do Pan de Guadalajara, seria bem diferente daquele que assegurou a volta às Olimpíadas durante a Copa América de Mar del Plata. Diante de uma equipe mesclada, que sofreu baixas importantes antes da competição e que pouco treinou junta, a ordem era tentar tirar proveito da situação. Apesar do sufoco, a seleção conseguiu a primeira vitória: 80 a 71 (36 a 35).
Guilherme Giovannoni, um dos remanescentes da equipe que garantiu vaga nos Jogos de Londres, foi o cestinha do Brasil, com 15 pontos. Do outro lado, Fitipaldo, com 16, foi o grande nome uruguaio. A seleção de Magnano volta à quadra nesta quinta, contra os EUA, às 20h.
marcelinho machado  brasil x uruguai basquete  Jogos Pan-americanos de Guadalajara (Foto: Jefferson Bernardes/VIPCOMM)
 
 
Marcelinho é um dos remanescentes da equipe da Copa América (Foto: Jefferson Bernardes/VIPCOMM)
Uma bandeja do uruguaio Osimani deu início à contagem. A seleção tinha problemas para superar a marcação adversária e pegar os rebotes defensivos no garrafão. Por um momento, o time do técnico Rubén Magnano conseguiu ter quatro pontos de frente, mas duas cestas de três de Fitipaldo tiraram a diferença e deixaram o placar empatado em 10 a 10. Magnano, então, começou a dar chances aos novatos. Davi, Bruno Irigoyen e Betinho foram para a quadra, enquanto Marcelinho, Nezinho e Arthur foram para o banco.
O jogo seguiu equilibrado até que um lance livre de Fitipaldo deixou os uruguaios pela primeira vez em vantagem. Um arremesso de três pontos de Marcelinho no último segundo, porém, fez com que o Brasil ficasse um ponto à frente no fim do primeiro quarto: 19 a 18.
ruben magnano brasil x uruguai basquete  Jogos Pan-americanos de Guadalajara (Foto: Jefferson Bernardes/VIPCOMM)
 
Magnano msotrou preocupação no primeiro jogo
(Foto: Jefferson Bernardes/VIPCOMM)
Novamente com todo o time titular em quadra, o Brasil retornou melhor para o segundo quarto. E conseguiu abrir uma diferença de seis pontos até com certa facilidade. Mas os problemas de marcação voltaram a aparecer. O Uruguai correu atrás e, mais uma vez, ficou à frente, com um arremesso de Haller. À beira da quadra, Magnano tentava orientar o time. Aos poucos, a seleção se reencontrou e abriu quatro pontos. A partida continuou equilibrada, com o Uruguai explorando os erros adversários. Ainda assim, o Brasil foi para o vestiário na liderança: 36 a 35.
O panorama não mudou muito nos dois quartos seguintes. A seleção desgarrava um pouquinho no marcador e lá estava algum jogador uruguaio para roubar o comando do jogo ou para tornar a vida dos brasileiros mais difícil. Depois de chegar ao empate (51 a 51), um arremesso longo de Guilherme recolocou a equipe na frente: 54 a 51. Nos últimos dez minutos, o olhar de Magnano ainda era de preocupação. Até que nos últimos dois minutos da partida, o time conseguiu respirar melhor. Fez 78 a 69 e não olhou mais para trás.

fonte: http://globoesporte.globo.com/jogos-pan-americanos/noticia/2011/10/selecao-de-magnano-passa-sufoco-mas-vence-uruguai-na-estreia.html

Herói do ouro por equipe, Sasaki sente dores na final do individual e desiste

 

Brasileiro compete apenas no cavalo com alças e nas argolas e vira dúvida para as outras três finais. Petrix sofre duas quedas e termina em 15º

Por Gabriele Lomba Direto de Guadalajara, México
sasaki ginástica pan-americano guadalajara (Foto: Ricardo Bufolin/Photo&Grafia)
 
Sasaki sentiu dores e abandonou a final do
individual geral (Foto: Ricardo Bufolin/Photo&Grafia)
Herói do ouro por equipe, Sérgio Sasaki tentou, mas teve de desistir da final do individual geral da ginástica artística depois do segundo aparelho. Ele já tinha competido no cavalo com alças e nas argolas e, no aquecimento para o salto, sentiu dores no pé direito. Petrix Barbosa, outro brasileiro na final no Pan de Guadalajara, sofreu duas quedas, e terminou em 15º. Os colombianos Orlando Calvo (ouro) e Jorge Hugo Giraldo fizeram dobradinha. O bronze ficou com o chileno Tomás González.

Sasaki passou os últimos seis meses tentando se recuperar de uma série de lesões no pé. Começou a treinar solo há apenas duas semanas, para o Mundial de Tóquio. Na decisão por equipes em Guadalajara, competiu com dores, mas foi confirmado na final do individual. Tinha se classificado em primeiro.
- Como ele está sentindo dores (lesão óssea), está forçando o músculo do outro lado do pé. Não estava conseguindo nem correr - disse Renato Araújo.
Fora da final de solo; dúvida nas paralelas e no cavalo
Nesta quarta, na primeira rotação, Sasaki subiu no cavalo com alças e arrancou 13.800. Nas argolas, repetiu a nota. Ele aquecia para competir no salto sobre o cavalo quando sentiu dores, chamou o treinador e avisou ao árbitro que iria parar. O ginasta será reavaliado para saber se terá condições de disputar as finais do cavalo com alças e das barras paralelas.
- No solo ele está fora. Nem se ele estivesse bem valeria. Ficaria em quinto, mais ou menos. Não vale arriscar. Acho que o cavalo dá para fazer, nas paralelas não sei, pois força o pé no final - diz o técnico.
Nesta quinta, Diego Hypolito disputará a final do solo, e Arthur Zanetti competirá nas argolas. No feminino, Daniele Hypolito e Adrian Gomes buscam medalhas no salto.
Petrix ginástica pan-americano guadalajara (Foto: Ricardo Bufolin/Photo&Grafia)
 
 
Petrix Barbosa terminou em 15º lugar na competição desta quarta-feira (Foto: Ricardo Bufolin/Photo&Grafia)
Barra fixa derruba Petrix e outros cinco ginastas
Assim como no feminino, o ginásio Lopez Mateo viu um festival de quedas. No aquecimento, Ernesto Vila não conseguiu frear e quase caiu sobre a câmera de TV que estava atrás da mesa de salto. Mynor Antonio Juarez, da Guatemala, despencou da barra fixa. E o aparelho viria a se tornar o maior vilão do dia. O argentino Federico Molinari foi de barriga no chão, e o canadense Hugh Smith caiu sentado.
Petrix, nas paralelas, se desequilibrou durante a série e, na saída, caiu sentado (12.100). Seguiu então para a barra a fixa, se benzeu, mas também não teve sorte. Ao soltar a barra, errou na retomada e caiu no chão, assim como os outros três ginastas. O mexicano Javier Cervantes e o cubano Ernesto Vila seguiram o mesmo caminho.

- Hoje vim com a cabeça melhor do que ontem, pois era uma competição para mim. Mas o corpo não correspondeu - disse Petrix.

Renato Araújo atribuiu as quedas ao cansaço dos atletas. Petrix disputará, na sexta-feira, a final da barra fixa.
- Todos os atletas estavam cansados. Muita queda porque foi logo após a disputa por equipe. Paga por isso. Foi uma competição feia. As meninas tiveram um dia de descanso entre a final por equipes - disse Renato.
fonte: http://globoesporte.globo.com/jogos-pan-americanos/noticia/2011/10/heroi-do-ouro-por-equipe-sasaki-sente-dores-durante-final-e-desiste.html

Do ‘190’ ao ouro: campeão dos 1500m se divide entre a polícia e o atletismo

 

Leandro Prates é soldado do Quartel de Educação Física da Polícia Militar

Por Lydia Gismondi Direto de Guadalajara, México
Os treinos diários à tarde ajudavam o policial militar Leandro Prates a encarar mais relaxado a pesada rotina de quem trabalha na Central de Atendimento 190 na madrugada. Mas, há quatro anos, o baiano conseguiu uma maneira de aproximar suas duas paixões tornando-se soldado do Quartel de Educação Física da Polícia Militar, em São Paulo. A recompensa de tanto esforço tentando se dividir entre a profissão e o esporte veio com o ouro na final dos 1500 metros dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, nesta quarta-feira.
- Eu trabalhei um ano no 190. A gente trabalhava atendendo a população e encaminhando as ocorrências para as viaturas. Trabalhava à noite e treinava à tarde. Sempre arrumava um tempinho para treinar. Nunca parei - contou Prates, que começou no esporte tarde, aos 20 anos.
leandro prates  pan-americano guadalajara (Foto: AFP)
 
 
Leandro Prates foi campeão da prova dos 1500 metros dos Jogos de Guadalajara (Foto: AFP)
O atleta baiano, que mora em São Paulo, consegue enxergar uma ligação entre as duas atividades aparentemente tão diferentes. Só lamenta, porém, o fato de poucos militares conseguiram hoje em dia seguir com a carreira de atleta paralelamente.
- Eu creio que todo policial militar precisa ter um condicionamento físico bom, para servir a população, para em uma ocorrência ajudar o companheiro. Tem uma ligação muito grande. Nós tivemos no passado muitos atletas que eram policiais. Hoje, isso mudou um pouco porque se profissionalizou muito. Fico feliz por conseguir conciliar.
O ouro na final dos 1500 metros em Guadalajara, na última quarta-feira, foi o incentivo que o soldado Prates precisava para seguir se dividindo entre a polícia e o atletismo. Agora, pretende buscar com ainda mais vontade o índice para os Jogos Olímpicos de Londres-2012. Enquanto isso, estará positivo e operante no quartel, em São Paulo.
- Para vir para cá, eu consegui um afastamento. Só tenho a agradecer a eles. Enquanto estava aqui treinando, eles estavam cobrindo os meus dias de serviço. Segunda-feira estou no quartel de volta. Vou dar um abraço no pessoal, e a vida continua.

fonte: http://globoesporte.globo.com/jogos-pan-americanos/noticia/2011/10/do-190-ao-ouro-campeao-dos-1500m-se-divide-entre-policia-e-o-atletismo.html

Daniele rebate Daiane e veta Oleg: ‘Seleção permanente não funciona’

 

Sétima no individual geral do Pan, ginasta diz que não abre mão de seus treinadores para uma possível volta do ucraniano: ‘Não aceito’

Por Gabriele Lomba Direto de Guadalajara, México
Daniele Hypolito na ginástica do Pan no México (Foto: Luiz Pires / VIPCOMM)
 
 
Daniele discorda de Daiane e não quer seleção
permanente (Foto: Luiz Pires / VIPCOMM)
Daniele Hypolito pretende ficar na seleção brasileira até os Jogos Rio-2016, mas não aceitará a possível volta de uma equipe permanente, com treinadores estrangeiros. Posição contrária à de Daiane dos Santos. Há três dias, a gaúcha disse que todas as atletas são a favor de reunir a equipe e que seu sonho é ter novamente como técnico o ucraniano Oleg Ostapenko.
- Não concordo. A seleção permanente não funciona. Quer saber se a seleção permanente foi boa para todo mundo? Basta pegar o meu vídeo de Pequim-2008 e os de agora. Não aceito. Meus técnicos são Ricardo Pereira e Viviane Cardoso. Se comparar os resultados do Mundial do ano passado... Daniele e Jade treinam onde? E a Bruna Leal? Treina com a Iryna (lyashenko, técnica chefe da seleção) – disse Daniele, referindo-se à ginasta que, classificada à final do individual geral, se machucou e abriu mão da disputa.
Oleg comandou a seleção permanente em dois ciclos olímpicos. As atletas moravam em Curitiba. Tanto Daniele quanto Jade Barbosa, atletas do Flamengo, não têm boas memórias daquela época.
Daniele só volta atrás se a seleção permanente tiver brasileiros como treinadores. Segundo ela, a  intenção, para 2016, é juntar a equipe no Rio de Janeiro.
- Não é questão do local, e sim dos treinadores. Tendo técnicos brasileiros, juntos, é diferente. Estou sabendo que, se for juntar a seleção, será no Rio. Não troco meus treinadores. Não troco. Eles que me voltaram a fazer ginástica, estão me dando os melhores resultados. Eles acreditam em mim. Eles acreditam no meu trabalho.
Oleg retornou ao Brasil para liderar o Centro de Excelência de Ginástica (CEGIN), em Curitiba. Daiane deve treinar lá no fim do ano para se preparar para a seletiva olímpica, em janeiro. Depois de Londres-2012, a gaúcha vai se aposentar.
- Agradeço de coração ao trabalho que o Oleg e a Iryna fizeram pela ginástica do Brasil. Não sou maluca. Não sairia da seleção até porque tem seletiva, mas não abro mão dos meus treinadores. Não foi a Iryna que me fez competir aqui. Ela dá uma enorme força para gente, é importantíssima para ver os detalhes, as falhas. Mas o meu planejamento de treinamento durante o ano foi dos meus treinadores.

Daiane não está mais em Guadalajara. Tanto ela quanto Bruna Leal e Priscilla Corbello, fora das finais, retornaram nesta quarta ao Brasil. Voltar após a eliminação é uma orientação do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), já que há pouco espaço na Vila Pan-Americana.
Apesar de discordar de Daiane no assunto seleção permanente, Daniele disse que há união na equipe feminina. Mas não tanto como na masculina, ouro por equipe.
- A gente também torce uma pela outra, mas precisa de uma equipe que venha com mais força.

foonte: http://globoesporte.globo.com/jogos-pan-americanos/noticia/2011/10/daniele-rebate-daiane-e-veta-oleg-selecao-permanente-nao-funciona.html

Brasileira do boxe leva bronze sem vencer, e técnico ataca: ‘Culpa dela’

 

Roseli Feitosa estreia na semifinal do peso médio, perde para dominicana, mas fica com medalha mesmo assim e recebe críticas de treinador

Por Gustavo Rotstein Direto de Guadalajara, México
A primeira medalha para o Brasil em Jogos Pan-Americanos, na edição em que a modalidade estreia na competição, aconteceu de maneira inusitada. A campeã mundial Roseli Feitosa estreou já na semifinal do peso médio (até 75 kg), nesta quarta, foi derrotada pela dominicana Yenebier Guillen Benitez, mas ficou com o bronze mesmo sem vencer em Guadalajara. Deixou o ringue chorando, sem falar com a imprensa, mas deve ouvir muita bronca do técnico Cláudio Aires.

-A preparação não foi boa porque ela não quis treinar com a gente. A culpada dessa m... é dela mesma. Tivemos um período de treinos no Cazaquistão e quando voltamos, ela passou duas semanas praticamente em casa, sem treinar – atacou o treinador do Brasil.
Roseli Feitosa, semifinal boxe jogos pan-americanos (Foto: AP)
 
Roseli Feitosa é acertada por um golpe da dominincana Guillen Benitez nesta quarta-feira (Foto: AP)
Com sete pugilistas no peso médio em Guadalajara, Roseli não lutou nas quartas de final, avançando diretamente às semifinais. Como no boxe não há disputa de terceiro lugar, a brasileira estreou no Pan com o bronze já garantido.
Nesta quarta-feira, a representante do Brasil teve uma luta equilibrada com a Yenebier Guillen Benitez até o terceiro round, com a adversária vencendo por 12x10. No quarto assalto, porém, Roseli Feitosa viu a dominicana disparar e terminar com a vitória por 21x12.

fonte: http://globoesporte.globo.com/jogos-pan-americanos/noticia/2011/10/brasileira-do-boxe-leva-bronze-sem-vencer-e-tecnico-ataca-culpa-dela.html

Maurren voa, conquista tricampeonato pan-americano e diz: 'Vou até Toronto'

 

Brasileira deixa para trás decepção do Mundial de Daegu e conquista seu terceiro título na competição no salto em distância de Guadalajara

Por Lydia Gismondi Direto de Guadalajara, México
O resultado ruim no Mundial de Daegu, quando terminou apenas em 11° lugar, ficou para trás. Os três dedos mostrados para o técnico Nélio Moura apontavam o que tinha acabado de alcançar. As lágrimas agora eram de alegria e não de decepção. Com os 6,94m alcançados na final do salto em distância dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, Maurren Maggi não deu chances às rivais. Nesta quarta-feira, a campeã olímpica voou e garantiu o tricampeonato, com direito a sua melhor marca nesta temporada.
- Foi ótimo, perfeito. Para mim, 6,80m já estava muito bom. Acertar os 6,94m para terminar o ano com a minha melhor marca foi perfeito. Eu mostro que estou bem, que ainda tem muita coisa para acontecer ainda. Estou inteira - garantiu a campeã.
Desta vez, a dobradinha comemorada há quatro anos não foi possível. Keila Costa não ficou na quinta colocação (6,37m) e viu a americana Shameka Marshall (6,73m) e a colombiana Chatherine Ibarguen (6,63m) completarem o pódio.
Maurren Maggi, salto em distância jogos pan-americanos (Foto: Jefferson Bernardes / Vipcomm)
 
Maurren Maggi sobrou na disputa e confirmou seu favoritismo (Foto: Jefferson Bernardes / Vipcomm)
A distância para o terceiro título começou a ficar mais curta já no segundo salto. Maurren atingiu 6,80m e o sorriso deixava claro que ela podia mais. Partiu para a terceira tentativa, atingiu 6,94m e colocou de vez as mãos na medalha que tanto queria. A partir dali a disputa não era mais com as adversárias e sim com ela mesma. Já tinha sua melhor marca em 2011, só que queria chegar aos 7,00m. Não deu. Mas a brasileira saiu da pista com a certeza do dever cumprido.
- Eu estava muito bem preparada. É um salto que me escapou no Mundial. Consegui completar a minha etapa no ano maravilhosamente bem. Trouxe até as outras duas medalhas para me dar sorte - contou Maurren, mostrando as medalhas conquistadas nas edições de 1999 e 2007 que estavam no bolso.
Maurren já estava satisfeita. Confirmava ali estar no caminho certo depois de uma temporada marcada por lesões. A relação afetiva com a competição estava intacta. No primeiro ouro, em Winnipeg-99, seu o rosto ficou conhecido e as portas se abriram. No segundo, na edição do Rio-2007, marcou a retomada da carreira após uma suspensão por doping. O terceiro, nesta quarta-feira em Guadalajara, serviu para retomar a confiança depois de um Mundial tão amargo. Os olhos agora se voltam para as Olimpíadas de Londres-2012.
- Para mim, o Pan era mais importante que o Mundial. Não sei quantas mulheres já foramn tricampeãs pan-americanas. Eu tenho muito orgulho de ser tricampeã. E eu vou até Toronto (próxima edição dos Jogos). Vou até o Rio também (Olimpíadas de 2016) - avisou.

fonte: http://globoesporte.globo.com/jogos-pan-americanos/noticia/2011/10/com-melhor-marca-do-ano-maurren-maggi-voa-e-leva-o-tricampeonato.html