Academia Equilíbrio

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quinta-feira, 29 de março de 2012

Fobia é o medo exagerado que atrapalha em atividades do dia-a-dia


Problema causa sintomas físicos como taquicardia e falta de ar.
Existe tratamento com especialistas para todos os tipos de fobia.

Do G1, em São Paulo
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Sentir medo é bom, é uma forma de proteção do nosso corpo contra os perigos da vida e do ambiente. Mas há momentos em que este sentimento passa dos limites e, em vez de proteger, atrapalha em atividades que deveriam ser corriqueiras. É neste ponto que o medo se torna fobia.
A fobia é um medo que não fica só na cabeça de quem sente. Ela dispara sintomas físicos, como taquicardia, falta de ar e ataques de pânico. Com isto, a pessoa deixa de fazer coisas básicas do dia-a-dia, como dirigir ou pegar um ônibus.
No Bem Estar desta terça-feira (27), a pediatra Ana Escobar e do psiquiatra Luiz Vicente Figueira de Mello explicaram qual é o limite que diferencia medo e fobia. Eles também deram dicas de como enfrentar e superar este problema.
info fobias (Foto: arte / G1)
As dicas acima fazem parte de uma técnica conhecida como exposição gradual. São maneiras de encarar o medo aos poucos, até pegar a confiança necessária para retomar este tipo de atividade normalmente
A técnica é mais indicada para os casos de fobias específicas – quando a pessoa tem medo de altura ou de lugares fechados, por exemplo. Em geral, este medo é provocado por alguma experiência ruim que provoca um trauma psicológico, e pode surgir em qualquer momento da vida.
O que acontece nestes casos é que o cérebro relaciona uma “memória ruim” a algum objeto, lugar ou situação. Quando isto acontece, A pessoa não consegue mais entrar em contato com esta coisa específica – ela sente um bloqueio, os sintomas físicos se manifestam.
Além da fobia específica, há outros dois tipos de medo exagerado, e ambos têm tratamento: a agorafobia e o medo social.
A agorafobia é o medo de se sentir mal em determinados locais e não poder receber socorro. Normalmente, as pessoas que tem este tipo de medo se sentam perto das saídas no ônibus ou no cinema, ficam sempre prontas para escapar caso algo aconteça. Em geral, a agorafobia está associada à síndrome do pânico.
Já a fobia social é uma timidez exagerada e doentia que pode surgir em várias situações. As pessoas que têm esta fobia costumam nascer com ela, ou pelo menos com uma predisposição a desenvolvê-la.
Este medo do julgamento dos outros atrapalha muito na interação social e no relacionamento com amigos e colegas de trabalho. A timidez chega ao ponto de fazer com que uma pessoa não consiga nem assinar um cheque, por medo da exposição, por exemplo. Este tipo de medo é o mais difícil de resolver sozinho, é preciso procurar ajuda profissional.

TPM tem mais de 200 sintomas e pode ser controlada com remédio


Nível extremo da TPM pode atrapalhar atividades cotidianas da pessoa.
Uso de antidepressivos e anticoncepcionais pode ajudar no controle.

Do G1, em São Paulo
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Os hormônios são a chave de muitas mudanças físicas e emocionais que acontecem no corpo. Há, portanto, uma diferença entre homens e mulheres. Enquanto nos homens, o único hormônio que determina a função sexual é a testosterona, nas mulheres em menos 15 dias tudo pode mudar.
Na mulher, os hormônios que regulam o comportamento são o estrógeno e a progesterona e começam a ser liberados no corpo a partir da puberdade. Quando chega a última fase da puberdade, a chamada "menarca", que é a primeira menstruação da mulher, também pode vir junto uma síndrome que, dependendo da intensidade, muda completamente a vida da mulher.
A Tensão Pré Menstrual (TPM) é um conjunto de sintomas físicos e emocionais que começam no meio do ciclo menstrual da mulher e desaparecem como num passe de mágica quando chega a menstruação. São mais de 200 sintomas que variam de mulher para mulher. No Bem Estar desta quarta-feira (28), o ginecologista José Bento e a endocrinologista Cintia Cercato falaram sobre a puberdade e os diferentes níveis de TPM.
Arte TPM Bem Estar (Foto: Arte/G1)
Existe uma diferença entre o comportamento dos homens e das mulheres. Os médicos acreditam que o principal motivo dessa diferença é a oscilação hormonal. O homem nasce com uma produção baixa de testosterona, que aumenta na puberdade e se mantém estável até a andropausa, quando cai.
Já a mulher nasce com uma quantidade reduzida de estrógeno e progesterona, que aumentam na primeira menstruação e, a partir daí, começam a oscilar freneticamente a cada duas semanas e só cai quando chega na menopausa. A variação hormonal tem o mesmo "desenho" da variação emocional. Enquanto os homens são estáveis e permanentes, as mulheres enfrentam altos e baixos durante todo período fértil.
Um dos pressupostos básicos para que a mulher tenha TPM é ter um ciclo regular de menstruação. A TPM depende dessa oscilação hormonal, e o ciclo regular faz com que ela fique caracterizada. Portanto, a TPM só aparece depois da menarca, a primeira menstruação e última fase da puberdade.
O estrógeno e a progesterona desempenham papeis diferentes no corpo da mulher. Basicamente, na primeira fase do ciclo, o estrógeno está subindo e a progesterona está em baixa quantidade. Após a ovulação, começa a TPM e as mudanças hormonais passam a determinar mudanças físicas e emocionais. As físicas tem mais relação com a progesterona e as emocionais com o estrógeno.
Estrógeno e serotonina: as mudanças hormonais da mulher têm relação com o estrógeno, pois ele está associado à produção e ação da serotonina.
As pesquisas mostram que conforme o estrógeno sobe, a serotonina - hormônio que provoca sensação de bem estar - também sobe. E se o estrógeno desce, a serotonina acompanha a queda.
Progesterona e retenção de líquido: a progesterona tem efeito "mineralocorticóide". Basicamente, ela age nos receptores dos rins que fazem a reabsorção da água, estimulando essa reabsorção. Em outras palavras, ela bloqueia parcialmente a liberação de água pelo rim. Isso explica a retenção de líquido durante o período pré-menstrual e consequentemente os principais sintomas físicos, como o inchaço e massalgia (dor na mama).
No vídeo ao lado, a repórter Daiana Garbin conversa com o ginecologista José Bento e com a endocrinologista Cintia Cercato sobre TPM.
Eles tiram dúvidas dos internautas e dão dicas de como aliviar os sintomas.
Tipos de TPM
Os mais de 200 sintomas da TPM variam de mulher para mulher, mas 4 deles são mais comuns. Através destes sintomas, é possível dividir os tipos de TPM como mostra abaixo:
Inchaço: para as mulheres em que o inchaço é o sintoma que aparece com mais força durante a TPM, a recomendação médica é fazer sessões regulares de drenagem linfática, um tipo de massagem que ajuda a combater a retenção de líquido, assim como a dieta sem sal. Atividade física também melhora o inchaço porque melhora a circulação. Para inchaço na perna, a meia elástica pode ajudar.
Tomar bastante água ajuda a inibir o hormônio ACTH, o anti-diurético, que é produzido pelo rim e gera a quantidade de água no corpo. Nesse tipo de TPM também é comum a mulher apresentar dores, principalmente na mama (massalgia) e dor de cabeça. Reduzir sal também ajuda a evitar as dores. Evitar roupas muito apertadas também é uma boa dica, porque diminui a pressão no corpo e alivia esse tipo de dor.
Ansiedade: para quem tem irritabilidade, nervosismo e sensibilidade emocional como principal sintoma da TPM, a recomendação médica é fazer atividades que ajudem a relaxar e reequilibrar o corpo, como yoga e meditação. É aconselhável reduzir alimentos ricos em cafeína (café, refrigerante, chá-preto). Cortar álcool também é importante porque o álcool é um excitante do cérebro.

Depressão: não é recomendada a cafeína, porque nesse tipo de TPM, além do cansaço e da depressão, o sono também pode ser afetado. Por isso a primeira dica é tentar dormir mais e melhor. Para isso, o conselho é evitar comer demais e beber álcool logo antes de dormir. Banho morno à noite ajuda a relaxar e fazer atividade física de manhã é a melhor das dicas porque ajuda a dar disposição para enfrentar o dia através da liberação de endorfinas.
Compulsão: é uma das piores queixas das mulheres porque a compulsão as faz engordar e desencadeia outros sintomas. A recomendação neste caso é levar lanches saudáveis e frutas para o trabalho e comer de três em três horas. Alimentos ricos em fibras têm maior poder de saciedade e por isso podem ajudar a controlar a compulsão. Estão na lista aveia, pão e arroz integral, sementes de linhaça e frutas com casca (como maçã, pêra e pêssego).
Ao agendar uma consulta no médico, a mulher pode levar um caderno com anotações dos sintomas que sente normalmente durante a TPM. Isso pode ajudá-lo a resolver o problema.
Pílula anticoncepcional
O uso da pílula faz com que as variações hormonais reduzam bastante, controlando a TPM. Em uma situação normal, a progesterona começa baixinha no começo do ciclo e vai crescendo bem devagar, até que na ovulação dá um pico e se mantém estável até a menstruação, quando cai abruptamente a nível zero. Já o estrógeno sobe gradualmente até a ovulação, quando atinge seu pico. Depois, ele começa a cair levemente e, quando vem a menstruação, cai abruptamente a nível zero. Quando a mulher toma pílula, os dois sobre gradualmente, mas muito menos, até a ovulação, onde atingem um leve pico, depois descem gradualmente, juntos.
TPM x chocolate
Muitas mulheres associam o chocolate à TPM. Além de ser doce, ele tem uma grande quantidade de triptofano, uma substância que se transforma em serotonina, o hormônio do bem-estar. A serotonina ajuda a aliviar os sintomas da TPM e, portanto, pode e deve ser usada nessa fase do ciclo. No entanto, o chocolate não é o campeão de triptofano.
Por exemplo, uma barra de chocolate ao leite tem 0,13 gramas de triptofano, enquanto um ovo de galinha tem 1g, ou seja, equivale a 7 barras e meia de chocolate. Semente de girassol, abacate e banana também contém essa substância. Outros alimentos “anti-TPM” que podem ajudar a acelerar a criação da serotonina a partir do triptofano são os ricos em magnésio (abacate, nozes, castanhas, brócolis e folhas verde-escuras) e os ricos em vitamina B6 (banana, batata, feijão, ovo, carne vermelha, pão e cereais).
Receita
O Bem Estar deu também a dica de uma receita que tira a vontade de comer chocolate e ainda é rica em triptofano. 
Essa substância aumenta a sensação de bem-estar e funciona muito bem para aliviar os sintomas da TPM.
O vídeo ao lado mostra o preparo do mousse e, abaixo, você vê os ingredientes necessários para fazer a receita da nutricionista Carolina Baccei.
Mousse de abacate com cacau e banana
Ingredientes:

¼ de abacate
1 banana nanica
1 colher (chá) de cacau em pó
1 pitada de canela em pó
¼ de xícara de água
1 colher (sopa) de mel ou agave ( opcional)
Modo de Preparo: 
Bata todos os ingredientes no liquidificador. Coloque em taças e leve à geladeira.
 

terça-feira, 27 de março de 2012

Susto após comemorar gol do Flamengo faz baiano perder 30 kg

 

Edmundo sentiu forte dor no peito em jogo do Brasileirão de 2009.
Com reeducação alimentar, ele chegou a emagrecer 9kg em 2 semanas.

Mariana PalmaDo G1, em São Paulo
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Viciado em massas e doces, o baiano de 35 anos Edmundo Borges Ferreira Júnior quase chegou aos 100 kg. Em 2010, com 99 kg na balança, um início de um problema de saúde fez com que ele tomasse uma decisão: emagrecer.
O alerta aconteceu durante o jogo na fase final do Campeonato Brasileiro de 2009, entre Flamengo e Grêmio, no Maracanã. Flamenguista doente, Edmundo estava assistindo ao jogo pela televisão e, ao comemorar o gol do time do coração, sentiu uma dor forte no peito.
“Descobri que estava com a pressão muito alta e tive que começar a tomar remédio”, lembra.
Natural de Camamu, no sul da Bahia, Edmundo se mudou com a esposa para São Mateus, no Espírito Santo, em 2005. “Depois que eu casei, engordei. Quando me mudei, engordei ainda mais. Eu tinha uma falta de percepção corporal e não me achava gordo”, conta o técnico judiciário, que, depois de comprar um espelho grande para o quarto, tomou um susto com o que viu. “Bateu um desespero”, lembra.
Edmundo - VC no Bem Estar (Foto: Arquivo pessoal)Edmundo com o filho antes de emagrecer e depois, com 30 kg a menos. "Ganhei confiança e segurança", conta (Foto: Arquivo pessoal)
Eu tinha que aturar a gozação, me chamavam de gordo. As pessoas eram irônicas, me enchiam e faziam piadas de mau gosto"
Edmundo Borges Ferreira Júnior
Os amigos baianos sempre fizeram piadas em relação ao peso e à barriguinha de Edmundo.
“Eu tinha que aturar a gozação, me chamavam de gordo. As pessoas eram irônicas, me enchiam e faziam piadas de mau gosto”, recorda.
Mesmo após a mudança de cidade, ele continuou visitando a família uma vez ao ano em Camamu. “Todo dia 31 de dezembro tem a festa da Romaria na cidade e eu sempre fui. Lá que tinha mais gozação”, conta.
Decidido a mudar, Edmundo começou a correr diariamente no calçadão junto com um amigo e cortou de vez os doces, as massas e o refrigerante. O resultado foi imediato: em duas semanas, ele perdeu 9 kg.
“A perda de peso me animou e eu continuei. Tomava muito líquido e comecei a correr até nove quilômetros por dia”, lembra. O emagrecimento continuou e, em quatro meses, Edmundo perdeu 30 kg. “Fiquei muito magro e com medo porque não sabia se tinha feito certo, se era normal perder tanto peso em pouco tempo”.
A primeira visita à nutricionista foi aos 69 kg. “Ela me disse que não era normal emagrecer tanto tão rápido e me recomendou fazer musculação e diminuir a corrida. Passei também a me alimentar melhor, de três em três horas”, lembra o baiano.
Preconceito
Antes de emagrecer, além das piadinhas que ouvia dos amigos da Bahia, Edmundo também sofreu com o preconceito nas lojas de roupas.
“Eu usava tamanho GG ou XG e às vezes os vendedores não me atendiam direito”, lembra. Em dezembro de 2009, ao visitar uma loja junto com a esposa, a vendedora ofereceu cinco peças “com má vontade”, segundo o baiano. “Demorei umas quatro horas na loja porque era muito difícil encontrar roupa”, conta.
Com a nova aparência, ele resolveu voltar à mesma loja e, coincidentemente, a mesma vendedora estava lá. “Ela não me reconheceu de primeira. Quando se lembrou quem eu era, ficou boquiaberta e eu senti o prazer de pedir uma roupa tamanho P”, conta Edmundo, feliz. “Fiquei muito feliz, era uma nova vida”, avalia.
No ambiente de trabalho, ele usava roupas sociais e, conforme foi emagrecendo, as roupas foram ficando largas. “Joguei tudo fora e comprei roupas novas. Quando cheguei ao trabalho, todos tomaram um susto”, conta aos risos.
Não contei para ninguém quando emagreci. Minha mãe tomou um susto, achou que eu estava doente"
Edmundo Borges Ferreira Júnior
O susto maior foi quando Edmundo voltou para Camamu pela primeira vez depois de magro e nem a mãe o reconheceu. “Não contei para ninguém quando emagreci. Minha mãe tomou um susto, achou que eu estava doente”, lembra.
Na rua, as pessoas olhavam e tinham dúvida se era mesmo aquele rapaz gordinho que era motivo de piada. “Eu percebia que queriam falar comigo, mas tinham medo, achavam estranho. A vida toda me viram gordo e eu chego magro do nada?”.
Na primeira festa da Romaria, foi a vez de Edmundo fazer piada com os amigos. “Eles me enchiam e não viam que também tinham barriguinha”, brinca. Com a nova aparência, veio a vaidade. “Brinco com a minha esposa que virei um pouco narcisista depois que emagreci. É diferente olhar no espelho, sempre me vi gordo”.
Edmundo - VC no Bem Estar (Foto: Arte/G1)Edmundo em Camamu com um amigo. "Era a época de cerveja, éramos gordos e meu amigo emagreceu comigo", conta. A outra foto é o resultado da boa alimentação e exercícios. "Comecei a usar sunga, coisa que nunca tinha feito" (Foto: Arquivo pessoal)
A mudança
Lasanha, estrogonofe, chocolate, cerveja e refrigerante eram figurinhas carimbadas na dieta do velho Edmundo. “Comia quatro barras de chocolate por fim de semana e meia travessa de lasanha. Adorava comer assistindo televisão e não fazia exercício físico”, conta. O novo Edmundo come de três em rês horas e no cardápio só tem queijo branco, barras de cereal, carnes brancas, frutas, iogurtes e pães e biscoitos integrais.
“Parei de beber, não como mais massa e nem doce. Quando eu sinto vontade de comer doce, disfarço a vontade com uma geleia light, uma barra de cereal ou um picolé de fruta”, diz ele, que jura que raramente sai da rotina alimentar. A esposa também emagreceu e a família toda aderiu à nova vida. “Hoje, na minha casa, usamos um litro de óleo em 4 meses. Meu filho tem 4 anos, não toma refrigerante e não gosta muito de doce”.
Quando viaja para Camamu, Edmundo tem também a ajuda da mãe. “Ela faz comida para mim e me ajuda. Quando ela faz moqueca de camarão, faz sem dendê, só com azeite”. Além da alimentação, a atividade física também passou a ser obrigatória na vida do baiano.
“Malhar vicia e eu não quero mais parar. Tenho 35 anos e quero chegar aos 50 com saúde e com o corpo definido. Olho fotos de quando eu era gordo e não tenho vontade de ser assim de novo”, finaliza.