Academia Equilíbrio

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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Sobreviventes do incêndio no RS ainda correm risco, dizem médicos



Fumaça pode provocar doenças mesmo em quem não foi internado.
Incêndio em discoteca de Santa Maria matou mais de 230 pessoas.

Eduardo CarvalhoDo G1, em São Paulo
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Asfixia - arte2 - VALE ESTE (Foto:  )
A inalação de fumaça pelo corpo humano pode causar um colapso do aparelho respiratório e provocar a morte de uma pessoa. Foi o que aconteceu com grande parte das vítimas do incêndio que atingiu a danceteria Kiss, em Santa Maria (RS), e matou mais de 230 pessoas na madrugada deste domingo (27).
Além disso, médicos ouvidos pelo G1afirmam que mesmo pessoas que não precisaram ser internadas após o incêndio -- ou seja, sobreviventes da tragédia que estavam na boate e aqueles que auxiliaram no resgate -- podem desenvolver doenças respiratórias graves dias após o incidente.
Segundo o pneumologista José Eduardo Afonso Junior, do Hospital Albert Einstein, de São Paulo, a fumaça aspirada pelas vítimas do incêndio da boate Kiss deveria conter substâncias tóxicas liberadas devido à queima de materiais inflamáveis, como a espuma do isolamento acústico presente no teto do estabelecimento, atingida por faíscas de efeitos pirotécnicos segundo relatos de testemunhas.
Mais de 90% das vítimas morreram por intoxicação respiratória e pelo menos 123 jovens seguem internados, alguns em estado grave.
Atenção aos sobreviventes
A combinação da fumaça com o calor proveniente das chamas causa danos diretos ao sistema respiratório, podendo provocar o óbito de quem estiver em um ambiente fechado.
Segundo José Eduardo Afonso Junior, nos próximos dias deve ser observada a ocorrência de sintomas como falta de ar, chiado no peito, febre, tontura ou enjoo em pessoas que estiveram dentro da boate ou trabalharam no resgate das vítimas.
Isso pode ser indício de uma possível intoxicação por substância química, que deve ser tratada com atendimento médico.
A fumaça quente pode causar uma inflamação que não é reversível, uma lesão que lembra muito uma queimadura de pele.
A pessoa que respirar o ar contaminado pode desenvolver uma bronquite ou ainda ter sequela para o resto da vida se o pulmão for afetado em um percentual acima de 50%, necessitando de tratamento com oxigênio por um bom tempo.
Além disso, as vítimas podem desenvolver, em até cinco dias, doenças perigosas como a pneumonia.
Sinusite
O médico otorrinolaringologista Richard Voegels, do Hospital das Clínicas da Universidade da USP (Universidade de São Paulo), explica que envolvidos no incidente podem apresentar também quadro de sinusite.
“A mucosa respiratória ficará irritada e a pele interna pode ter inflamação. Há sobrecarga de secreção, que pode ficar acumulada nos seios paranasais (face), evoluindo para uma sinusite”, afirma.
Voegels complementa dizendo que o ideal é que a pessoa lave bastante o nariz com soro fisiológico, para tirar possíveis partículas que possam ter entrado com a fumaça.
Ele aponta ainda para uma possível perda momentânea do olfato, quando a pessoa não consegue sentir aromas. “Isso pode acontecer por algumas horas após a aspiração de fumaça. Mas se o sintoma persistir,  um médico deve ser procurado”, indica o especialista.
Arte - asfixia (Foto:  )
Morte por asfixia
No ar contaminado por fumaça está presente uma substância chamada monóxido de carbono, que invade a corrente sanguínea após um colapso do sistema respiratório. Lesões sérias no pulmão também podem ser provocadas.
A primeira reação do corpo é combater essas substâncias tóxicas que entram pelas vias respiratórias. Células de defesa começam a liberar enzimas, mas atacam as próprias células do pulmão, já contaminadas. A parede do alvéolo se rompe e, onde deveria haver ar, passa a haver sangue.
“Quando se inala muita fumaça com monóxido de carbono, a substância acessa o alvéolo [onde ocorre a troca gasosa entre o oxigênio, que entra no sangue, e o gás carbônico, que é retirado] e entra em contato com as hemácias do sangue, que transportam oxigênio para os órgãos. Isso impede a oxigenação do corpo e, em questão de minutosa pessoa pode morrer”, explica o especialista. Ele afirma ainda que cinco minutos sem respirar provoca parada cardiorrespiratória.
No caso do incêndio em Santa Maria, o fato de a boate estar lotada e com pouca luz dificultou ainda mais a circulação do ar e a visibilidade das pessoas, que entraram em pânico e não conseguiram manter a calma para sair da boate. De acordo com os Bombeiros, o controle emocional é importante na hora da emergência para se proteger e proteger os outros que estão por perto.

Em caso de fumaça, os bombeiros recomendam que as pessoas se abaixem o máximo que puderem para evitar o contato com a substância. Como a visibilidade é baixa, é importante usar as mãos como maneira de encontrar a saída de emergência. Quem sair desse ambiente de incêndio deve usar máscaras de oxigênio.

fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2013/01/sobreviventes-do-incendio-no-rs-ainda-correm-risco-dizem-medicos.html


Menina de 9 anos salva mãe de crise de hipoglicemia ao volante nos EUA



Aleksandra deu indicações e depois chocolate a Jennifer Sheridan.
Garota foi parabenizada pelos policiais e ganhou até prêmio.

Do G1, em São Paulo
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Uma menina de 9 anos conseguiu salvar a mãe quando esta teve uma crise de hipoglicemia enquanto dirigia seu carro a até 110 quilômetros por hora no estado americano de Illinois.
Jennifer Sheridan, de 42 anos, passou mal quando levava a pequena Aleksandra para uma lanchonete em Frankfort, após um jogo de basquete, na noite de 18 de janeiro.
Jennifer, que tem diabetes do tipo dois, teve uma baixa do nível de açúcar no sangue e perdeu a consciência, segundo relatou à TV ABC.
MAs, apesar disso, ela continuou dirigindo por cerca de 15 minutos, enquanto a filha conversava com ela, dando "dicas" sobre a direção ou se ela ia rápido ou devagar demais.
Quando o carro ainda estava em movimento, o marido de Jennifer telefonou para elas. Aleksandra atendeu e disse, gritando, que elas estavam saindo da estrada.
A garota Aleksandra Sheridan (Foto: AFP)A garota Aleksandra Sheridan (Foto: AFP)
O carro finalmente saiu da pista e parou entre algumas árvores. Alesandra desligou o veículo, para evitar que ele continuasse em movimento e batesse numa árvore.
Por sorte, elas não se feriram. Com o carro parado, a filha deu um chocolate à mãe para ajudar a recuperá-la.
A polícia e os bombeiros foram convocados por um passante que viu a cena. A história chamou a atenção da imprensa local.
Jennifer diz que só se lembra de quando acordou na ambulância.
Os policiais deram os parabéns à menina, e ela ganhou um patinho de borracha como "prêmio por sua bravura".

fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/01/menina-de-9-anos-salva-mae-de-crise-de-hipoglicemia-ao-volante-nos-eua.html

Estudo revela influência dos amigos para adolescente começar a beber



Jovens com companhias que bebem têm dobro do risco de consumir álcool.
Estudo com jovens de 14 a 17 anos foi feito por universidade americana.

Do G1, em São Paulo
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bebida (Foto: TV Globo)Influência de amigos que bebem é principal fator
de iniciação, acredita especialista (Foto: TV Globo)
Um estudo conduzido pela Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, mediu a influência dos "melhores amigos" na iniciação de adolescentes à bebida alcoólica.
A pesquisa, publicada na revista científica "Pediatrics", revela que os jovens cujo melhor amigo consome álcool apresentam o dobro do risco de provar o primeiro gole e podem ser até três vezes mais propensos a começar a beber regularmente.
"Mesmo as crianças que vêm de famílias que apresentam problemas com álcool não recebem a primeira bebida de seus familiares. Eles recebem os primeiros goles de seus amigos", diz Samuel Kuperman, um dos autores do estudo e psiquiatra de crianças e adolescentes na Universidade de Iowa.
O estudo tomou como base dados extraídos de um grupo de 820 adolescentes de seis locais dos Estados Unidos. Os participantes tinham entre 14 e 17 anos – média de 15,5 anos, quase idêntica à idade típica em que ocorre o primeiro contato com a bebida alcoólica, segundo levantamentos anteriores.
Indicadores
Kuperman e sua equipe estabeleceram cinco indicadores principais que levam os adolescentes a beber, com base em pesquisas prévias e relatórios de institutos americanos dedicados ao assunto. São eles: comportamento perturbador, histórico familiar de dependência de álcool, baixa sociabilidade, e companhia de amigos que bebem.
Os cientistas analisaram, então, como essas cinco variáveis trabalharam em conjunto e descobriram que "ter um melhor amigo que bebe ou tem acesso a bebidas alcoólicas" foi o fator que mais influenciou na iniciação dos jovens.
Bebidas (Foto: Toru Hanai/Reuters)Jovens que começam a beber antes dos 15 anos
correm mais risco de abusar do álcool ou se tornar
dependentes depois (Foto: Toru Hanai/Reuters)
"O histórico familiar não necessariamente determina a idade do primeiro consumo", observa Kuperman, que estuda a iniciação dos adolescentes no álcool há mais de uma década.
"O que determina é o acesso. Nessa idade (14 ou 15 anos), esse fator supera todos os demais. À medida que envelhecemos, a história familiar desempenha um papel maior", avalia Kuperman.
De acordo com os cientistas, o estudo reforça a constatação de que os jovens que começam a beber antes de completar 15 anos são mais susceptíveis a abusar do álcool ou a tornar-se dependentes depois.

Mais de oito em cada dez entrevistados vieram do que os pesquisadores consideram "famílias de alto risco", embora mais de metade deles não tivesse pais dependentes. Entre os adolescentes que relataram ter consumido bebidas, quase quatro em dez disseram que seus melhores amigos também bebiam.
A pesquisa foi financiada pelo Instituto Nacional de Saúde (NIH) dos EUA, pelo Instituto Nacional de Abuso de Álcool e Alcoolismo e pelo Instituto Nacional sobre Abuso de Drogas do país.

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fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2013/01/estudo-revela-influencia-dos-amigos-para-adolescente-comecar-beber.html

Ao menos 1 em cada 5 pessoas foi infectada pela gripe suína, diz estudo



Entre 20% e 27% das pessoas contraíram vírus H1N1 em 19 países.
Maiores taxas de infecção foram registradas em crianças e jovens.

Do G1, em São Paulo
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Gripe (Foto:  ANP/AFP)Estima-se que 200 mil pessoas morreram por causa
da doença (Foto: ANP/AFP)
Pelo menos uma em cada cinco pessoas foi infectada pela gripe suína (H1N1) durante o primeiro ano da pandemia, em 2009, embora alguns não tenham apresentado os sintomas mais graves da doença, revela estudo publicado no jornal “Influenza and Other Respiratory Viruses”.
Os resultados são fruto de uma colaboração internacional liderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Colégio Imperial de Londres. Os pesquisadores analisaram dados de 19 países, incluindo o Reino Unido, Estados Unidos, China e Índia, para avaliar o impacto global da pandemia de influenza de 2009.

O estudo revela que entre 20% e 27% das pessoas estudadas foram infectadas pela pandemia, durante o primeiro ano de circulação do vírus. Os pesquisadores acreditam que a incidência da gripe tenha sido a mesma em países em que não há dados disponíveis, o que significa que mais de um quarto da população mundial pode ter sido infectada.

De acordo com o artigo, as maiores taxas de infecção foram registradas em crianças e jovens, com 47% das pessoas com idades entre cinco e 19 anos mostrando sinais de contaminação pelo vírus. Os mais velhos foram menos afetados, com a infecção de apenas 11% das pessoas com 65 anos ou mais.
O estudo foi baseado em resultados de mais de 20 pesquisas, envolvendo cerca de 90 mil amostras de sangue coletadas antes, durante e depois da pandemia. O material foi testados a partir de anticorpos produzidos pelo corpo em resposta à cepa específica da gripe que causou a pandemia.

Estima-se que 200 mil pessoas morreram da doença, que começou no México e se espalhou rapidamente para os demais países ao redor do planeta. Com base nesse número, os autores sugerem que a taxa de mortalidade da H1N1 foi inferior a 0,02%.
“Conhecendo a proporção da população infectada em diferentes grupos etários e a proporção de pessoas que morreu, podemos ajudar na criação de um plano de saúde pública para responder às pandemias. Essas informações serão utilizadas [...] para desenvolver modelos matemáticos que prevejam como os surtos de gripe se espalham e quais os efeitos das diferentes intervenções", acredita o principal autor do estudo, Anthony Mounts, da OMS.
O vírus H1N1, que causou uma pandemia de gripe (Foto: reprodução)O vírus H1N1, que causou uma pandemia de gripe
em 2009 (Foto: reprodução)
O artigo afirma ainda que as múltiplas exposições ao vírus em circulação antes do surgimento da gripe suína podem ter dado às pessoas mais velhas alguma proteção contra o H1N1 que surgiu em 2009.
Isso porque as amostras de sangue anteriores à pandemia revelam que 14% das pessoas com 65 anos ou mais já tinham anticorpos que reagiram com a cepa da gripe suína.

"Este estudo é o resultado de um esforço conjunto de mais de 27 grupos de pesquisa em todo o mundo. Todos compartilharam seus dados e experiências conosco para ajudar a melhorar nossa compreensão do impacto global da pandemia", afirmou uma das principais autoras do estudo, Maria Van Kerkhove, do Colégio Imperial de Londres.

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sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Anvisa vai criar grupo para evitar venda de remédios sem receita



Prática estimula automedicação e uso indevido de remédos, diz diretor.
Grupo de trabalho irá propor medidas para estimular cobrança de receita.

Aline LamasEspecial para o G1, em São Paulo
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O Ministério da Saúde vai publicar uma lista com 14 mil medicamentos que ficarão mais caros. (Foto: Reprodução EPTV)Portaria que irá constituir grupo será publicada em
fevereiro, diz presidente (Foto: Reprodução EPTV)
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) vai criar um grupo de trabalho para discutir e propor medidas que estimulem o uso racional de medicamentos e inibam a venda de remédios de tarja vermelha sem receita, prática disseminada no país.

A agência publicou, na semana passada, um edital de chamamento público para que órgãos e instituições interessadas em integrar o grupo se manifestem. As inscrições seguem até o 15 de fevereiro no site da Anvisa.

“Até o momento recebemos 47 manifestações de entidades interessadas”, afirma o diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, em entrevista ao G1. Segundo ele, a portaria constituindo o grupo deve ser publicada entre os dias 18 e 22 de fevereiro.

Depois de constituído, o grupo terá até o final deste ano para traçar o cenário atual de venda de medicamentos sem receita e apresentar propostas para resolver o problema. Em um segundo momento, a força de trabalho vai acompanhar a implantação das medidas estabelecidas pelo grupo, o que deve ocorrer em 2014.
“Existe no país essa cultura de achar que a receita médica é uma burocracia. Precisamos mudar isso. A receita é um retrato da decisão do profissional da saúde da melhor maneira de tratar aquele problema”, afirmou Barbano.
De acordo com ele, a exigência da receita evita a automedicação e o uso indevido de remédios, além de garantir que o paciente passe por uma etapa diagnóstica.
Os medicamentos de tarja vermelha correspondem a cerca de 65% dos produtos presentes hoje no mercado, entre eles, os anti-inflamatórios, hormônios, contraceptivos, remédios gastrointestinais e para controle de hipertensão.

“São medicamentos que só devem ser tomados a partir de um diagnóstico, não são sintomáticos. E somente o médico tem elementos suficientes para propor uma terapêutica”, concluiu Barbano.

Legislação
A exigência da receita para a venda de medicamentos de tarja vermelha foi estabelecida por uma lei federal de 1973. De acordo com a Anvisa, a comercialização de remédios sem receita é uma infração sanitária, que pode ser punida com multa e interdição.

“O problema é que essa é uma prática tão consolidada na sociedade brasileira que tanto os estabelecimentos quanto as autoridades sanitárias passaram a tratar isso de forma natural”, explica Barbano.
Existe no país essa cultura de achar que a receita médica é uma burocracia. Precisamos mudar isso. A receita é um retrato da decisão do profissional da saúde da melhor maneira de tratar aquele problema"
Dirceu Barbano, diretor-presidente da Anvisa
Para evitar a comercialização de drogas sem prescrição médica, a Anvisa já adotou regras mais rígidas com relação ao grupo de medicamentos de tarja vermelha formado pelos antibióticos.
Desde novembro de 2010, é necessária a apresentação de duas vias da receita médica, sendo que uma delas fica retida na farmácia. A mesma norma já era usada na venda de remédios psicotrópicos ou de tarja preta.

“Nossa preocupação com o comércio de medicamentos sem receita acabou levando à criação de regras mais rígidas como a retenção de receitas para os antibióticos. Na verdade, isso deveria ser usado nos casos de drogas que podem causar, por exemplo, dependência química e psíquica”, explicou o diretor.

A proposta da agência é implementar medidas educativas e de fiscalização que alertem para os riscos da automedicação e estimulem o consumo racional de medicamentos, sem a necessidade de fixar regras mais rigorosas como a retenção as receita.

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fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2013/01/anvisa-vai-criar-grupo-para-evitar-venda-de-remedios-sem-receita.html

Médico que cobrar taxa extra para parto natural será punido, diz ANS



Agência considera ilegal pagamento de honorário adicional a obstetras.
Ao menos 15 denúncias estão sob investigação, segundo representante.

Eduardo CarvalhoDo G1, em São Paulo
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A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) informou nesta quinta-feira (24) que as operadoras de planos de saúde começaram a descredenciar médicos obstetras que cobram honorários extras para acompanhar um parto normal pelo tempo necessário. Para a ANS, a cobrança é considerada "ilegal e indevida".

Denúncias feitas por gestantes e operadoras já resultaram na desfiliação de profissionais residentes na cidade do Rio de Janeiro e em Belo Horizonte. A agência não informa a quantidade de casos que ocorreram no país, mas indica a existência de 15 processos de cobrança indevida que estão sob investigação.
O mecanismo criado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) permite que os médicos de planos de saúde cobrem de suas pacientes honorários adicionais para acompanhar um parto normal pelo tempo que for necessário. O parto em si é coberto pelos planos.
No fim do ano passado, o CFM disse não haver "impedimento ético" nessa ação, e acredita que conseguirá incentivar os profissionais a conduzir mais partos naturais, reduzindo o que o conselho chama de "epidemia de cesarianas".
"Recebemos denúncias de mulheres que estão sendo cobradas ou pagando por fora a disponibilidade [do profissional]. Estamos recomendando que elas se recusem a pagar (...) e que denunciem. As operadoras que têm conhecimento dos profissionais que fazem essa cobrança têm realizado o descredenciamento", explicou a gerente de assistência à saúde da ANS, Karla Coelho.
"Hoje, a cobertura [à gestante] é obrigatória para todos os atendimentos. Essa cobrança é ilegal, indevida e não deve ser feita", complementou.
Questionamento ao CFM
De acordo com Kátia, no dia 10 de janeiro a ANS questionou o CFM sobre esse parecer, por causa de "lacunas" em alguns temas.
Para ela, o posicionamento do conselho gerou dúvidas a respeito da quantidade mínima de profissionais da equipe que deve estar presente na maternidade na hora do parto em caso de emergência, além de não explicar bem sobre a disponibilidade do médico em caso de nascimentos simultâneos.

A representante da ANS informou, ainda, que as operadoras de planos de saúde poderão ser multadas em até R$ 100 mil caso seja constatado que o profissional contratado faça a cobrança indevida. O objetivo é evitar que essa prática se espalhe para outras especialidades.

Médicos não querem criar problemas, informa CFM
Por meio de nota, o CFM informou que a divulgação do parecer sobre a cobrança de honorários extras só ocorreu após consulta feita à ANS. E os médicos – por meio de suas entidades de representação – de forma alguma pretendem penalizar ou criar problemas às gestantes.
O conselho afirma também que o documento recomenda a discussão sobre o assunto logo no início do processo de pré-natal, quando o profissional informará à paciente sua disponibilidade ou não para fazer o parto pelo plano de saúde.
No comunicado, o CFM informou ainda que o parecer “cumpre papel orientador ao indicar comportamentos éticos para evitar transtornos futuros”, salientando que a gestante, ao não escolher por esse acompanhamento presencial, poderá fazer todo o seu pré-natal com um médico e realizar o parto com profissional disponibilizado em hospital de referência indicado pelo plano de saúde.
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fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2013/01/medico-que-cobrar-taxa-extra-para-parto-natural-sera-punido-diz-ans.html