Academia Equilíbrio

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quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Brasil assina acordo com Cuba para desenvolver remédios contra o câncer


Parceria bilateral foi firmada durante visita oficial de Dilma Rousseff a Cuba.
No ato, Padilha se reuniu com profissionais que irão atuar no Mais Médicos.

Do G1, em Brasília
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Ministro Alexandre Padilha se reúne em Cuba com profissionais que irão participar da terceira fase do programa Mais Médicos (Foto: Divulgação / Ministério da Saúde)O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, se reúne
em Cuba com profissionais que irão participar da
terceira fase do programa Mais Médicos
(Foto: Divulgação / Ministério da Saúde)
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, assinou nesta segunda-feira (27) carta que estabelece parceria bilateral entre Brasil e Cuba para o desenvolvimento de medicamentos contra o câncer e doenças autoimunes, segundo informou o Blog do Planalto nesta terça (28). Padilha está no país caribenho acompanhando a presidente Dilma Rousseffna 2ª Cúpula da Comunidade dos Estados Latinoamericanos e Caribenhos (Celac).
Segundo o blog, vinculado à Presidência da República, o acordo permite que empresas brasileiras e cubanas desenvolvam "conjuntamente" processos de desenvolvimento para novos medicamentos. Em nota, o governo federal informou que o texto prevê ainda a redução no custo desses medicamentos e produtos, além de "estímulo à inovação tecnológica" no Brasil. Padilha, contudo, não especificou durante a assinatura do acordo quais tipos de câncer serão tratados pelos remédios desenvolvidos por meio da parceria.
A assinatura do documento entre os ministérios da Saúde dos dois países e o Grupo das Indústrias Biotecnológica e Farmacêutica (BioCubaFarma), explicou o governo, se dá no âmbito do Comitê Gestor Binacional (CGB), criado em 2011. O colegiado é responsável por coordenar, monitorar e priorizar os projetos de desenvolvimento conjunto, desde as etapas iniciais de pesquisa até a possibilidade de produção em ambos os países.
Mais Médicos
A parceria bilateral foi firmada durante encontro do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, com médicos cubanos que irão participar do terceiro ciclo do programa Mais Médicos. A nova leva de profissionais da ilha caribenha começa a desembarcar nesta terça no Brasil.
Segundo o Ministério da Saúde, os 2.891 médicos que atuarão na nova fase da iniciativa federal irão cursar o módulo de acolhimento e avaliação do programa antes de serem encaminhados aos municípios da periferia de grandes cidades e do interior do país.
Remédios para testes clínicos
O Ministério da Saúde informou também a assinatura de termo de compromisso para a construção, manutenção e desenvolvimento de uma fábrica na Zona Especial de Desenvolvimento de Mariel (ZEDM), em Cuba, para a produção de medicamentos.
Esse projeto, ressaltou o Executivo federal, vai utilizar capacidades tecnológicas tanto do Brasil quanto de Cuba, focando na produção de medicamentos para testes clínicos.
Segundo o ministério, Cuba contribuirá com produtos, conhecimento tecnológico, recursos humanos, condução de ensaios clínicos e certificação da instalação produtiva. Enquanto isso, uma empresa privada brasileira entrará com o desenvolvimento da infraestrutura e a construção da fábrica. A planta será utilizada para o fornecimento de produtos para uso em estudos clínicos no Brasil e em Cuba.
Em nota, o "Blog do Planalto" informou que a zona especial permitirá que empresas estrangeiras e brasileiras tenham incentivos legais, tributários e fiscais para produzir em território cubano.

fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2014/01/brasil-assina-acordo-com-cuba-para-desenvolver-remedios-contra-o-cancer.html

Voluntários são infectados com vírus da gripe para pesquisa nos EUA


Até 100 pessoas vão ficar deliberadamente gripadas até o ano que vem.
Objetivo é aperfeiçoar vacina da gripe; participantes recebem US$ 3 mil.

Da Associated Press
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Daniel Bennett, de 26 anos, recebe uma esguichada de vírus da gripe no nariz  (Foto: AP Photo/Charles Dharapak)Daniel Bennett, de 26 anos, recebe uma esguichada de vírus da gripe no nariz (Foto: AP Photo/Charles Dharapak)
Pesquisadores do governo americano estão deliberadamente infectando voluntários com gripe, esguichando o vírus vivo pelos seus narizes. Pode parecer estranho, mas o tipo raro de pesquisa faz parte de uma busca por vacinas melhores contra gripe.
“As vacinas estão funcionando, mas poderíamos fazer melhor”, disse o médico Matthew Memoli, do National Institutes of Health (NIH), que está liderando o estudo que pretende infectar até 100 adultos até o próximo ano.
Em uma época do ano em que a gripe está se espalhando pelos Estados Unidos, seria sensato questionar por que não simplesmente estudar as pessoas que já estão doentes. Porém isso não permitiria que os cientistas medissem como o sistema imunológico reage em cada estágio da infecção a partir do primeiro contato com o vírus.
A gripe mata milhares de pessoas a cada ano, por isso a estratégia exige muitos cuidados. Por segurança, Memoli escolheu uma dose que produz sintomas leves a moderados – e aceita somente voluntários saudáveis de até 50 anos de idade.
Para evitar espalhar os vírus, os participantes devem ficar pelo menos nove dias em quarentena, dentro de uma área de isolamento no hospital do NIH, com a saúde monitorada de perto. Eles não são liberados até que testes nasais comprovem que eles não são mais contagiosos.
O incentivo para participar do projeto é de cerca de US$ 3 mil como compensação por seu tempo (o equivalente a quase R$ 7,3 mil).
Médico Matthew Memoli manipula vírus vivos de ripe antes de administrá-los a voluntário  (Foto: AP Photo/Charles Dharapak)Médico Matthew Memoli manipula vírus vivos de
gripe antes de administrá-los a voluntário
(Foto: AP Photo/Charles Dharapak)
“Eu recebi uma bronca por e-mail da minha mãe” sobre a inscrição no estudo, disse Daniel Bennett, de 26 anos. “Os padrões de qualidade são tão altos que eu não acredito que esteja em perigo”, acrescentou Bennett, funcionário de um restaurante de College Park. “Eu não fico doente com tanta frequência.”
Na hora de receber o vírus, Bennett teve de ficar deitado por cerca de um minuto. “Vai sentir um gosto salgado. Uma parte vai escorrer para o fundo de sua garganta”, disse Memoli, antes de esguichar em cada narina uma seringa cheia de milhões de partículas de vírus microscópicas, flutuando em água salgada. Alguns dias depois, Bennett sentia as dores e o nariz escorrendo de uma gripe leve.
Aperfeiçoamento da vacina
A melhor defesa contra a influenza é uma vacina anual, mas ela está longe de ser perfeita. Ela é ainda menos eficaz para pessoas com mais de 65 anos, justamente o grupo mais suscetível à gripe.  Entender como o organismo de adultos mais jovens combate a gripe pode ajudar os cientistas a determinar o que está faltando para os idosos, pistas que podem ajudar a desenvolver vacinas mais efetivas para todos, segundo Memoli.
A vacina é desenvolvida para aumentar os níveis de um anticorpo específico que combate a gripe. Ele tem como alvo uma proteína que envolve o vírus, a hemaglutinina. Mas não está claro qual é o nível de anticorpo necessário para essa proteção, nem se ter certa quantidade de anticorpo significa que você está totalmente protegido ou que você teria uma gripe leve, em vez de um caso severo.
Ter como alvo apenas a hemaglutinina provavelmente não é suficiente, diz Memoli. Algumas pessoas no estudo já não ficaram doentes, apesar dos baixos níveis de anticorpos, o que significa que alguma outra coisa deve as estar protegendo.
Para tentar descobrir, ele primeiro desenvolveu em laboratório uma cópia da cepa da gripe H1N1 e espirrou em diferentes quantidades nos narizes de voluntários até encontrar a dose certa para desencadear uma gripe leve.
Agora, ele está infectando dois grupos: pessoas com baixos níveis de anticorpos e pessoas com altos níveis de anticorpos. Algumas foram recentemente vacinadas e outras não. Ele vai comparar a intensidade da doença de cada um, por quanto tempo ficarão contagiosas e como o sistema imunológico entra em ação.
Esse tipo de estudo com o vírus da gripe não tem sido realizado nos Estados Unidos por mais de uma década. “Tudo vai contribuir para um melhor entendimento do que você precisa para estar protegido da gripe”, disse John Treanor, especialista em gripe do Centro Médico da Universidade de Rochester.
Os sintomas de Bennett foram bem suaves, e ele passou um tempo estudando, assistindo à TV e jogando com outros quatro participantes infectados este mês.  “Tudo o que eu tinha que fazer era ler e assistir a filmes, então não era tão terrível”, disse Bennett. “Foi uma experiência bem legal” ver como essas experiências são feitas.
Bennet passou a maior parte de sua quarentena lendo e jogando com outros voluntários infectados (Foto: AP Photo/Charles Dharapak)Bennett passou a maior parte de sua quarentena lendo e jogando com outros voluntários infectados (Foto: AP Photo/Charles Dharapak)
fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/01/voluntarios-sao-infectados-com-virus-da-gripe-para-pesquisa-nos-eua.html

Musicoterapia ajuda jovens com câncer a lidar com tratamento


Adolescentes dizem sentir-se mais aptos a tolerar efeitos de tratamento após participarem de projeto para fazer videoclipes.

Da BBC
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Projeto de pacientes envolvia escrever letras, gravar música e selecionar imagens para fazer um videoclipe (Foto: BBC)Projeto de pacientes envolvia escrever letras, gravar
música e selecionar imagens para fazer um
videoclipe (Foto: BBC)
Jovens que fizeram musicoterapia enquanto recebiam tratamento para câncer mostraram-se mais aptos a tolerar os rigores do tratamento, de acordo com um estudo publicado na revista científica Cancer.
Pesquisadores da Indiana University School of Nursing, em Indianapolis, nos Estados Unidos, acompanharam um grupo de pacientes com idades entre 11 e 24 anos enquanto participavam de um projeto que envolvia escrever letras, gravar música e selecionar imagens para fazer um videoclipe.
A equipe concluiu que os pacientes tornaram-se mais resilientes e melhoraram seus relacionamentos com a família e amigos.
O termo resiliência, nesse contexto, se refere à capacidade dos participantes de se ajustarem positivamente aos estresses e efeitos adversos do tratamento que estavam recebendo.
Segundo o site da American Music Therapy Association, musicoterapia é uma prática terapêutica em que profissionais qualificados usam música para auxiliar indivíduos a lidar com questões físicas, emocionais, cognitivas e sociais.
Efeito Positivo
Os participantes foram orientados por musicoterapeutas profissionais. O projeto, que durou três semanas, culminou na produção de videoclipes que, quando prontos, foram compartilhados com amigos e familiares.
Os pesquisadores concluíram que o grupo que participou do projeto de musicoterapia demonstrou mais resiliência e capacidade de suportar o tratamento do que um outro grupo que não recebeu musicoterapia.
Cem dias após o tratamento, o mesmo grupo relatou que a comunicação na família e os relacionamentos com amigos tinham melhorado.
'Esses 'fatores protetores' influenciam a forma como adolescentes e jovens adultos lidam (com o câncer e o rigoroso tratamento), ganham esperança e encontram sentido (para suas vidas) durante a jornada do câncer', disse a líder do estudo, Joan Haase.
'Adolescentes e jovens que são resilientes têm a capacidade de superar sua doença, sentem-se em controle e autoconfiantes pela forma como lidaram com o câncer e mostram um desejo de ajudar o outro'.
Entrevistas com os pais dos pacientes revelaram aos pesquisadores que os videoclipes tinham produzido um benefício adicional, oferecendo aos pais uma melhor compreensão sobre como é a experiência de crianças que sofrem de câncer.
Estresse e Ansiedade
Uma das musicoterapeutas envolvidas no estudo, Sheri Robb, explicou por que música pode ter um efeito tão positivo sobre jovens lutando contra o câncer:
'Quando tudo parece incerto, canções que ele conhecem e com as quais se identificam fazem com que se sintam conectados'.
Segundo a ONG britânica Cancer Research UK, musicoterapia pode diminuir a ansiedade e melhorar a qualidade de vida de pessoas que sofrem de câncer. A terapia também pode ajudar a aliviar alguns sintomas do câncer e efeitos colaterais do tratamento - mas não pode curar, tratar ou evitar doenças, inclusive o câncer.
Estudos anteriores que investigaram os efeitos da musicoterapia sobre crianças com câncer concluíram que a atividade pode ajudar a diminuir o medo e a angústia, além de melhorar os relacionamentos da criança com a família.
A portavoz de uma entidade que oferece apoio a adolescentes com câncer e suas famílias - o Teenage Cancer Trust - disse que é muito importante incentivar crianças com câncer a se comunicar e cooperar umas com as outras.
'Sabemos que ser tratado ao lado de outros (pacientes) da mesma idade faz uma diferença imensa, especialmente em um ambiente que permita que jovens com câncer ofereçam apoio uns aos outros'.

fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2014/01/musicoterapia-ajuda-jovens-com-cancer-lidar-com-tratamento.html

Cientistas do Uruguai vão estudar influência da maconha no sono


Legalização do uso da maconha no país deve incentivar experimentos.
Uruguai é o primeiro país a aprovar o controle do mercado da erva.

Da France Presse
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Uruguai legaliza a maconha no país/GNews (Foto: Reprodução Globo News)O país foi o primeiro do mundo a aprovar o controle do mercado de maconha (Foto: Reprodução Globo News)

Cientistas uruguaios vão estudar, nos próximos meses, os possíveis efeitos da maconha no sono e na vigília, uma área de estudo que promete aumentar nos próximos anos, graças à regulação do mercado da erva, aprovada em dezembro.
Um grupo multidisciplinar de pesquisadores da Universidade da República Uruguaia (estatal) esperam a regulação da norma que legaliza a produção de maconha para iniciar um estudo sobre quais dos 500 componentes da planta promovem sono e vigília. As informações foram publicadas no jornal "El Observador" na edição do último domingo (26).
Em dezembro passado, o Uruguai se tornou o primeiro país a aprovar o controle do mercado de maconha e derivados, um projeto inédito promovido pelo presidente José Mujica.
A regulamentação da polêmica lei - que deve ser concluída em abril - vai determinar as variedades da droga que serão produzidas, o grau de concentração e como serão concedidas as licenças para plantar, inclusive os casos em que a maconha colhida tiver como finalidade a pesquisa ou a industrialização para uso farmacêutico.
"Há usos e efeitos atribuídos à maconha que nos interessam analisar pelas temáticas que trabalhamos", afirmou Atilio Falconi, professor do Laboratório de Neurobiologia do Sono da universidade.
Maconha medicinal
Inicialmente, a pesquisa vai se concentrar na ciência básica, mas os cientistas não descartam no futuro repassar as conclusões de seus estudos a interessados da medicina clínica.
A aprovação da norma pôs o país sul-americano no foco da atenção mundial e atraiu laboratórios estrangeiros que consultaram o governo local sobre como será implementada a produção e se poderão adquirir a droga.
Laboratórios de Canadá, Israel e Chile são alguns interessados, segundo fontes oficiais. As mesmas consideram que a implantação da produção de maconha atrairá investimentos do setor farmacêutico, em um momento em que os possíveis benefícios da droga com fins medicinais ganhem terreno em nível global.
Após sua regulamentação, os maiores de 18 anos poderão adquirir maconha mediante o cultivo, em clubes de consumidores ou comprando-a em farmácias, em todos os casos com limites e registro prévio junto ao Estado.

fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/01/cientistas-do-uruguai-vao-estudar-influencia-da-maconha-no-sono.html

Mulheres americanas sabem pouco sobre sexo e gravidez, diz estudo


Metade das entrevistadas nunca discutiu saúde reprodutiva com médicos.
Dados foram divulgados esta semana em periódico científico.

Da France Presse
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Quando se trata de fatos básicos sobre sexo, fertilidade, gravidez e sua própria saúde reprodutiva, as mulheres costumam ficar no escuro, concluiu um estudo publicado esta semana nos Estados Unidos. A pesquisa foi realizada pela Universidade de Yale com base em uma consulta on-line feita com mil mulheres com idades entre 18 e 40 anos de todo o país.
Segundo as conclusões publicadas no periódico "Fertility and Sterility", apenas uma em cada dez mulheres sabiam que fazer sexo antes da ovulação e não depois aumentaria as chances de engravidar. Mais de um terço afirmou pensar que algumas posições sexuais, como erguer os quadris, poderia aumentar as chances de concepção. Cerca de 40% pensavam que seus ovários produziam novos óvulos continuamente.
"Esta percepção equivocada é particularmente preocupante, especialmente em uma sociedade na qual as mulheres estão cada vez mais retardando a gravidez", afirmou Lubna Pal, coautor do estudo e professor associado de obstetrícia, ginecologia e ciências reprodutivas de Yale.
Ainda segundo a pesquisa, cerca da metade das mulheres nunca discutiu sobre sua saúde reprodutiva com um médico. Além disso, 30% disseram nunca ter feito um check-up de saúde feminina ou o fez menos de uma vez por ano.
Sobre gravidez
No que diz respeito à saúde durante a gestação, a metade ignorava que tomar multivitamínicos ricos em ácido fólico são recomendados para evitar más-formações. Um quinto não sabia que a idade avançada pode causar taxas mais elevadas de aborto natural, infertilidade e anomalias fetais.
"De um lado, este estudo evidencia lacunas no conhecimento das mulheres sobre sua saúde reprodutiva e, de outro, destaca preocupações das mulheres que não costumam ser discutidas com profissionais de saúde", afirmou Jessica Illuzzi, também professora associada de Yale e principal autora do estudo. "É importante que estas conversas ocorram neste contexto familiar em constante mudança", alertou.

fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2014/01/mulheres-americanas-sabem-pouco-sobre-sexo-e-gravidez-diz-estudo.html

Bom colesterol 'pode se tornar ruim e entupir artérias', diz pesquisa


Médicos americanos descobriram que a lipoproteína de alta densidade, ou 'bom' colesterol, pode se tornar anormal e agir como o colesterol 'ruim'.

Da BBC
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 colesterol bom é encontrado em alimentos como abacate, azeite de oliva e óleos vegetais (Foto: SPL/BBC)colesterol bom é encontrado em alimentos como
abacate, azeite e óleos vegetais (Foto: SPL/BBC)
Um estudo liderado por médicos americanos mostrou que o chamado colesterol bom também tem um lado perigoso, podendo aumentar o risco de ataques cardíacos.
A lipoproteína de alta densidade (HDL na sigla em inglês), ou colesterol bom, normalmente ajuda a manter as artérias limpas e faz bem para a saúde do coração.
Mas um time de médicos do centro médico acadêmico Cleveland Clinic, no estado de Ohio, mostrou que o HDL pode se tornar anormal e entupir as artérias.
Eles dizem que as pessoas devem continuar a comer de forma saudável, mas que a história do "bom" colesterol é mais complexa do que se pensava.
A lipoproteína de baixa densidade (LDL na sigla em inglês) é "ruim" porque é depositada nas paredes das artérias e causa a formação de placas duras que podem provocar entupimentos, resultando em acidentes vasculares cerebrais (AVC) e infartos. No caso do HDL, ele é um colesterol "bom" porque é enviado para o fígado.
A evidência hoje é de que ter uma proporção maior do bom colesterol em relação ao ruim faz bem à saúde.
No entanto, os pesquisadores da Cleveland Clinic dizem que testes clínicos com o objetivo de aumentar os níveis de HDL "não tiveram sucesso" e que o papel do bom colesterol é claramente mais complicado.
'A exata mudança química'
No estudo, divulgado na publicação científica "Nature Medicine", eles mostraram como a lipoproteína de alta densidade pode se tornar anormal. Um dos pesquisadores, Stanley Hazen, disse que o HDL estava sendo modificado nas paredes das artérias.
"Nas paredes das artérias, o HDL está agindo de forma bastante diferente de como age na circulação. Pode se tornar disfuncional e contribuir para o desenvolvimento de doenças do coração."
"Esses dados não mudam a ideia de que devemos comer de forma saudável", explicou Hazen. Ele disse que as descobertas serão usadas para desenvolver novos testes para o HDL anormal, e pesquisar medicamentos que ajudem a bloquear sua formação.
Shannon Amoils, um pesquisador da organização de caridade britânica voltada para problemas cardíacos, a British Heart Foundation, disse que "embora tradicionalmente pensemos no HDL como colesterol 'bom', a realidade é muito mais complexa."
"Nós hoje sabemos que, diante de certas condições, o HDL pode se tornar disfuncional e pode ajudar a entupir artérias."
"Essa interessante pesquisa mostra a exata mudança química que torna o 'bom' colesterol em 'ruim'.Esse conhecimento pode permitir que cientistas monitorem a doença arterial coronária mais de perto ou até mesmo ataquem o colesterol 'ruim' com medicamentos."

fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2014/01/bom-colesterol-pode-se-tornar-ruim-e-entupir-arterias-diz-pesquisa.html