Academia Equilíbrio

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quarta-feira, 28 de maio de 2014

Morre em São Paulo paciente que fez transplante múltiplo de órgaos no HC


José Cícero, de 33 anos, participou de cirurgia-teste no dia 22 de maio.
Foram transplantados estômago, duodeno, intestinos, pâncreas e fígado.

Do G1, em São Paulo
Morreu nesta terça-feira (27), no Hospital das Clínicas de São Paulo, o primeiro paciente do Brasil a fazer um transplante múltiplo de órgãos na rede pública de saúde. O óbito de José Cícero Lira da Silva, de 33 anos, foi registrado no início da tarde.
De acordo com a assessoria de imprensa do HC, ele foi vítima de "falências orgânicas associadas a eventos hemorrágicos" registrados após a operação.
A cirurgia ocorreu no dia 22 de maio e teve duração de 12 horas. Foram transplantados cinco órgãos do aparelho digestivo:  fígado, intestino (delgado e grosso), pâncreas, baço e estômago. O paciente permaneceu na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desde o fim da cirurgia, em estado grave.
Cícero, que veio de Maceió para São Paulo, tinha problemas no aparelho digestivo há dois anos. Quando foi diagnosticado um tumor neuroendócrino de baixa atividade, ele já estava muito grande e tinha invadido vários órgãos do sistema digestivo
Encaminhado ao HC há cerca de sete meses, se candidatou à cirurgia multivisceral, já que, segundo especialistas que fizeram o procedimento, ele não tinha mais condições cirúrgicas.
A cirurgia, que envolveu 23 profissionais, integra um protocolo de pesquisa que prevê a realização de dez procedimentos do tipo no hospital, financiados pelo Ministério da Saúde.
Pioneiro
Foi a primeira vez que essa cirurgia foi feita por uma instituição pública no país. Em 2012, o Hospital Israelita Albert Einstein já havia realizado esta operação, em parceria com o Ministério da Saúde.
Atualmente, o transplante multivisceral não está previsto nos protocolos que regulamentam os transplantes no país, mas o Ministério da Saúde está avaliando a possibilidade de incluí-lo.
Ele consiste na substituição, de uma só vez, do estômago, duodeno, intestino, pâncreas e fígado. Os órgãos são retirados em bloco, de um único doador, e transplantados para o paciente em uma única cirurgia. A cirurgia tem várias indicações.

Crianças que nascem com torções no intestino devido a falhas genéticas ou defeitos congênitos podem ser candidatas ao procedimento. Assim como pacientes que se submetem a cirurgias recorrentes devido a doenças inflamatórias do intestino, como a doença de Crohn.
A indicação ainda pode ocorrer por tumores com metástase ou por entupimento de veias abdominais. Entre 400 a 600 brasileiros poderiam ser beneficiados com o procedimento.

fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/05/morre-em-sao-paulo-paciente-que-fez-transplante-multiplo-de-orgaos-no-hc.html

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Saiba quais alimentos e remédios dão alergia e as reações mais comuns


Bem Estar desta quinta-feira (15) alertou para importância de ver o rótulo.
Programa mostrou alternativas para quem tem alergia a alguns alimentos.

Do G1, em São Paulo
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O Bem Estar desta quinta-feira (15) recebeu o cirurgião do aparelho digestivo Fábio Atui e a alergista Ariana Yang para falarem sobre alergias a alimentos e remédios. Tem gente que não pode, por exemplo, comer camarão, ovo ou nada que tenha leite porque já tem alguma reação.
De acordo com a alergista Ariana Yang, as reações podem ser simples ou graves. Elas costumam aparecer na pele, que são as mais comuns e menos graves, como inchaço, coceira e placas vermelhas; no estômago, como dor abdominal, náuseas, vômito e diarreia; no sistema respiratório, como dificuldade de respirar, aperto na garganta e tosse;ou ainda no sistema circulatório, como pulso fraco, sensação de desmaio e queda de pressão.
info doença celíaca e intolerância à lactose (Foto: arte / G1)
A médica alerta, no entanto, que existe o quadro mais grave, quando ocorrem reações em mais de um lugar: o choque anafilático. Isso acontece quando o corpo fica incapaz de transportar oxigênio para outras partes, podendo levar até mesmo à morte, como alertou o cirurgião do aparelho digestivo Fábio Atui. Nesse caso, portanto, é fundamental que o paciente seja encaminhado imediatamente a um hospital.
Uma das dicas principais para evitar reações é ler o rótulo dos alimentos, principalmente para quem tem alergia ao leite ou intolerância ao glúten ou lactose. É preciso também fazer escolhas na hora de comer e preparar pratos específicos (veja como preparar algumas receitas, clicando aqui). Os médicos falaram ainda sobre alergia a remédios - antibióticos (penicilina e amoxicilina) ou analgésicos e antiinflamatórios (diporona, dicoflenaco ou ácido acetilsalicílico), por exemplo, são os que mais podem causar reações, que podem demorar um pouco para aparecer e são mais comuns na pele.

fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2014/05/saiba-quais-alimentos-e-remedios-dao-alergia-e-reacoes-mais-comuns.html

Anvisa estuda facilitar importação de remédios feitos à base de maconha


Medicamento com canabidiol pode ser dispensado de autorização especial.
Decisão terá que ser aprovada em reunião da agência.

Eduardo CarvalhoDo G1, em São Paulo
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estuda alterar até o fim de junho o processo de importação de medicamentos que levam canabidiol, substância química encontrada na maconha e que, segundo alguns estudos científicos, tem utilidade médica para tratar diversas doenças, entre elas, neurológicas.
A informação foi divulgada pelo diretor-adjunto da Anvisa, Luiz Roberto Klassmann, durante palestra realizada em São Paulo, dentro do 4º Simpósio Internacional da Cannabis Medicinal, que discute o tema com especialistas das áreas médica e jurídica. O evento segue até o próximo sábado (17).
A decisão terá que ser aprovada pela Diretoria Colegiada da agência, em reunião que vai acontecer até o fim deste semestre. Se isso ocorrer, qualquer brasileiro com uma prescrição médica em mãos recomendando um medicamento com canabidiol, poderá entrar no país de maneira legal com o produto, ou recebê-lo por encomenda.
Atualmente, esses remédios estão em uma lista do órgão de Vigilância Sanitária que proíbe o uso para fins terapêuticos, exceto quando há alguma autorização especial para importação concedida pelo próprio diretor da agência ou ainda sentença jurídica com a mesma finalidade.
O que é o canabidiol?
Substância química encontrada na maconha que, segundo estudos científicos, tem utilidade médica para tratar diversas doenças, entre elas, neurológicas.
Reclassificação
Segundo Klassmann, a retirada do canabidiol da lista de substâncias de uso proscrito e sua reclassificação como substância sujeita a controle especial (com receita médica de duas vias), pode acontecer porque já existiriam evidências científicas suficientes que comprovam a eficácia da droga e sua segurança para uso terapêutico.
A visão pessoal de Klassmann é de que a mudança "deve ser aprovada pela diretoria colegiada".
“A partir do momento que ela deixar de ser proscrita, esses problemas de barreira alfandegária vão acabar”, disse Klassmann ao G1. “Precisamos, inicialmente, quebrar o preconceito e estigma [do uso da maconha medicinal] e ver pela ótica cientifica o que está disponível. Eu me comprometo em agilizar a liberação”, complementou o diretor-adjunto da Anvisa.
Nos Estados Unidos, 20 estados e a capital Washington têm legislação que autoriza o uso da maconha para fins medicinais.
Alto custo
Katiele Fischer e Norberto Fischer com Anny, de 6 anos, portadora da rara síndrome CDKL5. Eles conseguiram na Justiça direito de usar o canabidiol (Foto: Eduardo Carvalho/G1)Katiele Fischer e Norberto Fischer com Anny, de 6 anos, portadora da rara síndrome CDKL5. Eles conseguiram na Justiça o direito de usar o canabidiol (Foto: Eduardo Carvalho/G1)
Elisaldo Carlini, um dos maiores especialistas do Brasil sobre maconha medicinal, considera a possível decisão da Anvisa como um progresso, mas afirma que a barreira financeira será um problema. “Vai ficar caro [para as famílias], mas se o governo brasileiro tiver vontade e a população também quiser, cria-se uma política pública”, explica.
Katiele Fischer e Norberto Fischer são pais de Anny, de 6 anos, portadora da rara síndrome CDKL5, doença genética que provoca deficiência neurológica grave e grande quantidade de convulsões. O caso dela foi mostrado pelo Fantástico em março deste ano. Em abril, o casal obteve, na Justiça, autorização para importar o Canabidiol.
Com a decisão, eles trouxeram para o Brasil uma bisnaga de dez gramas do medicamento, suficiente para três meses de tratamento, ao custo de US$ 500. Eles tiveram que desembolsar cerca de US$ 100 de taxa de importação e houve ainda cobrança de outros tributos.
Segundo Norberto, a droga praticamente zerou as convulsões em nove semanas (Anny tinha cerca de 60 crises semanais) e deve ajudar a melhorar a qualidade de vida da menina. Katiele afirma que a mudança do protocolo por parte da Anvisa poderá beneficiar outras famílias, que sofrem com a burocracia da importação.
CFM afirma que médico tem autonomia para prescrever
Sobre a liberação de medicamentos feitos com substâncias encontradas na maconha, o Conselho Federal de Medicina (CFM) afirma que desenvolve atualmente discussões para provável e posterior envio da matéria à análise de Comissão específica ao reconhecimento de novas terapêuticas e procedimentos científicos.

"Dependendo dos resultados do estudo e com base na lei 12.842/13 (Lei do Ato Médico), o CFM poderá editar norma para o reconhecimento científico do uso desse procedimento", informou o órgão por meio de nota.
O CFM afirma ainda que "o profissional médico tem a autonomia para prescrever ou não qualquer medicamento, sempre respeitando a autonomia do paciente e informando-o sobre o diagnóstico, prognóstico, riscos e objetivos de cada tratamento".

fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2014/05/anvisa-estuda-facilitar-importacao-de-remedios-feitos-base-de-maconha.html

Artigo alerta para risco de dengue em 3 cidades-sede da Copa


Natal, Fortaleza e Recife seriam lugares com mais risco.
Alerta publicado em revista internacional destoa de projeções nacionais.

Do G1, em São Paulo
Cientistas alertaram para a possibilidade de haver epidemia de dengue em três das doze cidades-sede brasileiras durante a Copa. Eles disseram que a ameaça geral da doença durante a competição de um mês é baixa, mas alertaram que em Natal, Fortaleza e Recife o risco é sério.
Rachel Lowe, do Instituto Catalão de Ciências do Clima, em Barcelona, que ajudou a desenvolver o sistema de alerta, disse que a possibilidade de um surto durante o Mundial, amplo o suficiente para infectar turistas, irá depender de uma combinação de fatores.
Entre eles estão uma grande quantidade de mosquitos, uma população suscetível e uma alta taxa de contato entre mosquitos e humanos, afirmou ela.
“Nosso objetivo foi usar as evidências disponíveis de previsões de chuvas sazonais e temperaturas em tempo real, dinâmicas de transmissão e variáveis sociais e ambientais e combiná-las com o que há de mais avançado em mapeamento e modelos matemáticos para produzir estimativas de risco para as 12 cidades-sede”, declarou.
Os resultados, publicados na revista "The Lancet Infectious Diseases" nesta sexta-feira (16) (madrugada de sábado na Grã-Bretanha), mostraram que o risco geral de uma epidemia é baixo em Brasília, Cuiabá, Curitiba, Porto Alegre e São Paulo, mas aumenta no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte, Salvador e Manaus.
As cidades com o maior risco são Natal, Fortaleza e Recife, disse Lowe.
“A capacidade de fornecer alertas preventivos de epidemia de dengue no nível da microrregião, com três meses de antecedência, é de valor inestimável para reduzir ou conter uma epidemia e dará tempo às autoridades locais para combater as populações de mosquitos nestas cidades com chance maior de um surto de dengue", afirmou a cientista.
Essa nova projeção destoa da previsão feita por pesquisadores da USP que concluiu que no máximo 59 turistas estrangeiros devem ter dengue durante a Copa. Também segundo o Ministério da Saúde, o número de casos de dengue deve cair até o início da Copa do Mundo. O evento vai coincidir com um período em que normalmente se observa uma queda sazonal da doença.

fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2014/05/artigo-alerta-para-risco-de-dengue-em-3-cidades-sede-da-copa.html

'Campeã' em câncer de pele, Liverpool tenta restringir bronzeamento artificial


Incidência da doença na cidade é bem maior do que no resto do Reino Unido.

BBC
Desde 2000, a incidência de câncer de pele entre mulheres em Liverpool mais que dobrou (Foto: AFP)Desde 2000, a incidência de câncer de pele entre mulheres em Liverpool mais que dobrou (Foto: AFP)
Com uma das maiores taxas de câncer de pele do Reino Unido, inclusive entre jovens, a cidade de Liverpool tenta fechar o cerco contra o bronzeamento artificial.
O uso da técnica na cidade é muito maior do que na média do país, mas as autoridades locais hoje têm dificuldade de fiscalizar o serviço.
Como não há obrigação de registro dos estabelecimentos que oferecem as câmaras artificiais de bronzeamento, é difícil checar se os operadores usam equipamentos seguros e se não oferecem sessões a menores de 18 anos.
As campanhas educativas com adolescentes e adultos não tem sido suficientes para conter o problema, por isso as autoridades locais querem que o governo inglês lhes dê poder para licenciar o serviço.
Assim, ele só poderá ser oferecido após receber autorização, como já ocorre na Escócia, no País de Gales e, no caso da Inglaterra, em Londres.
Cultura do bronzeamento
Liverpool parece ter uma cultura profundamente enraizada de bronzeamento artificial, mas é difícil definir exatamente o porquê.
Alguns relacionam sua popularidade ao uso por celebridades somado à percepção de que, em uma cidade com níveis significativos de pobreza, a pele bronzeada é sinal de sucesso e riqueza.
Os jovens adolescentes não são imunes a essa cultura. Apesar de ser ilegal permitir que menores de 18 anos façam o tratamento, existe evidência de que isso é muito comum na cidade.
Muitas clínicas estão nas ruas principais e seguem perfeitamente as regras de segurança. Mas, como explica o vereador Roy Gladden, há também câmaras de bronzeamento irregulares em locais como salões e cabeleireiros, que são difíceis de ser localizadas para fiscalização.
"Não sabemos onde estão porque eles não têm que se registrar", disse.
Alisha Lawler desenvolveu câncer de pele antes dos 30 anos (Foto: BBC/Reprodução)Alisha Lawler desenvolveu câncer de pele antes
dos 30 anos (Foto: BBC/Reprodução)
'Marcada para a vida'
A exposição desprotegida ao sol forte também pode causar câncer de pele. Desde 2000, porém, o número de casos entre mulheres em Liverpool aumentou 129%, mais que o dobro da média do Reino Unido.
Alisha Lawler, 30 anos, sabe o quão devastador um diagnóstico de câncer de pele pode ser. Ainda na sua adolescência, ela fazia bronzeamento artificial várias vezes por semana.
No ano passado ela descobiu uma mancha em seu braço que foi diganosticada como um melanoma. O tumor foi removido, mas deixou uma cicatriz de vários centímetros.
"Por que você desejaria expor sua pele para esses perigos, passar pela dor que eu já passei e ficar marcada para a vida toda? Eu tive que esconder meu braço", conta.

fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/05/campea-em-cancer-de-pele-liverpool-tenta-restringir-bronzeamento-artificial.html

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Estímulo elétrico do cérebro pode alterar sonhos, diz estudo


Cientistas usaram corrente elétrica para indivíduo ter 'sonhos lúcidos'.
Com isso, pessoa pode até controlar o que está sonhando.

Da France Presse
Globo Repórter - Cérebro (Foto: Rede Globo)Cérebro (Foto: Rede Globo)
Cientistas anunciaram ter usado uma corrente elétrica inofensiva para modificar o sono de forma que um indivíduo tivesse 'sonhos lúcidos', uma forma particularmente poderosa de sonho.
A descoberta fornece pistas sobre o mecanismo do sonho - uma área que fascina os pensadores há milênios - e pode, um dia, ajudar a tratar doenças mentais e pesadelos pós-traumáticos, garantiram.
Sonhos lúcidos são considerados por muitos psicólogos um estágio intermediário entre duas formas de consciência.
Eles se situam entre os sonhos que ocorrem durante a fase do sono chamada de movimento rápido dos olhos (REM, na sigla em inglês) - que se referem ao presente imediato e não têm acesso a memórias passadas ou a eventos antecipados no futuro - e a vigília, que inclui o pensamento abstrato e outras funções cognitivas.
Nos sonhos lúcidos, um estado que se acredita só acontecer em humanos, elementos de uma consciência secundária combinam-se com os sonhos de REM.
Uma característica é que a pessoa se torna consciente que está sonhando e, algumas vezes, consegue controlar o enredo do sonho.
Ela pode, por exemplo, sonhar que afugenta um agressor ou que evita um acidente catastrófico.
Pesquisadores chefiados por Ursula Voss, da Universidade J.W. Goethe, de Frankfurt (Alemanha), usaram uma técnica chamada estimulação transcraniana de corrente alternada (tACS) para explorar as causas dos sonhos lúcidos.
O dispositivo consiste de duas caixas pequenas com eletrodos, que são colocados perto do crânio e enviam um sinal elétrico muito fraco, de baixa frequência, através do cérebro.
A equipe de cientistas recrutou 15 mulheres e 12 homens com idades entre 18 e 26 anos, que passaram até quatro noites em um laboratório de sono.
Depois que os voluntários experimentaram entre dois e três minutos de sono REM, os cientistas aplicaram ora o procedimento tACS, ora outro 'falso', que não produziu corrente, durante cerca de 30 segundos. A corrente se manteve abaixo do limite sensorial, portanto os indivíduos não acordaram.
Eles, então, despertaram os voluntários e perguntaram com o que tinham sonhado.
No controle dos sonhos
"Os sonhos reportados foram similares, a maioria dos indivíduos reportou 'ver a mim mesmo do lado de fora' e que o sonho era visto do exterior, como se fosse exibido em uma tela', contou Voss à AFP.
"Eles também contaram saber que estavam sonhando", continuou.
Os voluntários foram submetidos a testes nas frequências de 2 Hertz (Hz), 6 Hz, 12 Hz, 25 Hz, 60 Hz e 100 Hz.
"O efeito só foi observado em 25 e 40 Hz, ambas na faixa de frequência gama, a de menor amplitude", afirmou Voss.
"Esta faixa se vincula à percepção consciente, mas até agora uma relação causal não tinha sido estabelecida. Agora, foi", prosseguiu.
Quando os voluntários foram estimulados a 25 HZ, "tivemos classificações maiores de controle do enredo do sonho, o que significa que eles conseguiram mudar a ação segundo sua vontade", acrescentou.
"Estou dirigindo meu carro por muito tempo", contou um voluntário. "Então, eu chego a este local onde nunca tinha estado antes. Tem muita gente lá. Acho que talvez conheça alguns deles, mas estão todos de mau humor, então eu vou para um quarto diferente, completamente sozinh", revelou o estudo publicado este domingo (11) na revista Nature Neuroscience.
Operado por bateria, o tACS foi aplicado de forma que a corrente fluísse entre as regiões frontal e temporal, situadas, respectivamente, na parte superior dianteira e na lateral do cérebro.
O estudo sugere que os tACS frontotemporais podem ajudar a restaurar redes cerebrais disfuncionais que são relacionadas com a esquizofrenia e o distúrbio obsessivo compulsivo.
Aplicado durante o sono REM, também poderia, um dia, ajudar as vítimas de distúrbios de estresse pós-traumático a superar os pesadelos frequentes ao colocá-las no comando do enredo do sonho, prosseguiu o artigo.
Sozinho, o dispositivo tACS é uma invenção médica reconhecida, projetada para ser usada apenas para fins de pesquisa.
Voss disse, no entanto, que parece inevitável que um dispositivo similar seja, algum dia, inventado para os consumidores, possibilitando aos sonhadores mergulhar no sonho lúcido, para o bem ou para o mal.
"Embora isto não seja algo que me interesse pessoalmente, estou certa de que não vai demorar até que dispositivos como este apareçam. Mas o estímulo cerebral deve sempre ser cautelosamente monitorado por um médico", advertiu.]


fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/05/estimulo-eletrico-do-cerebro-pode-alterar-sonhos-diz-estudo.html