Academia Equilíbrio

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segunda-feira, 20 de julho de 2015

Especialistas falam sobre os cuidados com piercings e brincos


Brincos pesados podem rasgar a orelha.
Umbigo, nariz, boca... Veja como limpar o furo do piercing.

Do G1, em São Paulo
Qual mulher não gosta de se enfeitar com um brinco? Entretanto, pouca gente se importa com o peso da beleza. Alguns brincos pesam demais e podem até rasgar a orelha. Como evitar? Se rasgou, como tratar? E os piercings? Será que podemos colocar em qualquer parte do corpo? OBem Estar desta sexta-feira (17) falou sobre isso. Participaram do programa a dermatologista e consultora Márcia Purceli e o cirurgião plástico Luiz Carlos Ishida.
Por mais delicado que seja o furo na orelha, ele não pode ser em qualquer lugar. Pelos princípios da acupuntura, por exemplo, só uma parte da orelha pode ser furada, sem que isso cause problemas. O furo deve ser feito em pontos neutros para evitar o desequilíbrio no corpo. Existe um número limite de furos geralmente: três, mas pode variar.
Depois de furar a sua orelha é preciso ter cuidado com a cicatrização. Limpe o furo com soro fisiológico e sabonete, mexa no brinco constantemente para não grudar a pele e opte por brinco de ouro no começo. Agora, se o brinco causou coceira ou criou casquinha, pode ser uma alergia. Retire o brinco e procure um especialista para saber como tratar.
Com o tempo a pele perde colágeno e fica mais frágil. Esse envelhecimento agregado ao uso constante de brincos é um dos motivos da orelha rasgada. Mas calma! Tem solução. São procedimentos cirúrgicos. A dica para evitar que a orelha rasgue é não usar brincos pesados todos os dias e sempre observar o furo da orelha.
Piercing
A maioria das pessoas que usa piercing faz disso uma forma de expressão. Pinos, argolas, cristais enfeitam várias partes do corpo. Umbigo, sobrancelha, nariz, mas os piercings na boca são os mais perigosos para a saúde.
Quem tem piercing na língua, por exemplo, às vezes não se atenta aos perigos. O impacto do piercing no dente pode tirar o esmalte e expor a dentina. Isso provoca a retração da gengiva. E se não cuidar direito, o piercing pode dar mau hálito por causa das bactérias. O ideal é retirar o piercing e higienizar três vezes ao dia.
Durante o período de cicatrização de qualquer piercing é necessário mexer na joia, observar se há secreção purulenta, vermelhidão e dor. Esses podem ser sinais de infecção. Lave sempre o local com soro e sabonete. Após a cicatrização, você pode tirar o piercing e lavá-lo de tempos em tempos.
Quem se arrepender de colocar o piercing, é só tirar o brinco que o furo fecha sozinho. Se a pessoa tiver alargadores na orelha, é feito um procedimento cirúrgico que se assemelha com o da orelha rasgada. O lóbulo pode ficar levemente deformado.

fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/07/especialistas-falam-sobre-os-cuidados-com-piercings-e-brincos.html

Células-tronco conseguem tratar doenças mitocondriais, diz estudo


Técnica permitiu 'corrigir' DNA de mitocôndria com mutações.
Para cientistas, é um passo fundamental para terapia com células-tronco.

Da France Presse
Um rearranjo do DNA fez com que gene defeituoso fosse expulso do código genético de paciente (Foto: Thinkstock)Pesquisa conseguiu 'corrigir' o DNA mitocondrial
responsável por doenças (Foto: Thinkstock)
Cientistas revelaram nesta quarta-feira (15) terem dado um passo fundamental para a terapia com células-tronco no tratamento de doenças mitocondriais raras, passadas de mãe para filho.
Eles "corrigiram" mitocôndrias nocivas em células da pele retiradas de pacientes para criarem células-tronco pluripotentes - células saudáveis versáteis que podem se diferenciar em qualquer célula do tecido no corpo, segundo a equipe.
"Esta descoberta prepara o terreno para a substituição de tecidos doentes em pacientes e abre as portas para o mundo da medicina regenerativa, onde os médicos são capazes de tratar doenças humanas que são atualmente incuráveis", explicou um comunicado da Oregon Health & Science University, cujos cientistas participaram do estudo.
As doenças mitocondriais são raras, mas podem ser devastadoras, afetando os principais órgãos e causando doenças que vão desde a cegueira à surdez, passando pela perda de massa muscular.
Mutações nas mitocôndrias
Mitocôndrias são pequenas fontes de energia encontradas na maioria das células do corpo, transformando o açúcar e o oxigênio em energia.
Mas mutações no DNA hereditárias através da linha materna pode levá-las a um mau funcionamento, afetando qualquer coisa: da visão ou audição até músculos, coração e funções do cérebro.
Entre mil e 4 mil crianças nascem com doenças mitocondriais a cada ano apenas nos Estados Unidos, e não existe tratamento eficaz.
"Para as famílias com um ente querido que nasceu com uma doença mitocondrial à espera de uma cura, hoje podemos dizer que a cura está no horizonte", disse Shoukhrat Mitalipov, co-autor do estudo publicado na revista "Nature".
Célula saudável
A equipe coletou células da pele de pessoas com mutações no DNA mitocondrial e removeu os núcleos, que foram emparelhados com citoplasmas retirados de óvulos saudáveis doados. O citoplasma é a substância gelatinosa contendo mitocôndrias no interior da membrana celular, e em torno do núcleo.
"Através desta técnica, os cientistas criaram uma célula-tronco embrionária com mitocôndrias saudáveis", afirmou o comunicado.
"Os cientistas aspiram usar esta técnica para substituir tecidos doentes no futuro através da remoção de uma célula, corrigindo as mutações, multiplicando as células e reinserindo as células geneticamente corretas no paciente para substituir o tecido doente".
Especialistas que não estiveram envolvidos no estudo felicitaram a realização do laboratório, mas alertaram que uma aplicação prática ainda estaria longe.
"Passar de um frasco de células em laboratório para neurônios ou células dos vasos sanguíneos no cérebro é muito difícil", disse David Valle, da The Johns Hopkins School of Medicine, em comentários para o Centro de Mídia dpara a Ciência da Grã-Bretanha (SMC).
Darren Griffin, professor de genética na Universidade de Kent, ponderou que levaria "algum tempo até que [a descoberta] possa ser aplicada clinicamente, dada a necessidade de testes clínicos".
Bebês de três pais
Em 2010, cientistas britânicos criaram um embrião de laboratório cujo DNA mitocondrial veio de um doador, e o restante de seus pais biológicos.
Em fevereiro deste ano, a Grã-Bretanha tornou-se o primeiro país a permitir a criação dos chamados bebês de três pais usando o método para impedir a transferência de falhas mitocondriais.
Dois anos atrás, Mitalipov admitiu erros em um estudo no qual ele e uma equipe relaram ser o primeiro a transformar células da pele humana em células-tronco embrionárias, mas defendeu os resultados.
Sua técnica de clonagem, que envolve o transplante de DNA de um indivíduo em um óvulo despojado de material genético, foi saudado como um avanço por não destruir embriões humanos na criação de células-tronco.


fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/07/celulas-tronco-conseguem-tratar-doencas-mitocondriais-diz-estudo.html

Tecnologia em 3D salva vida de criança com hidrocefalia na China


Três peças de titânio foram impressas e implantadas no crânio de chinesa.
Cirurgia aconteceu nesta quarta-feira, na província de Hunan.

Do G1, em São Paulo
Mulher se emociona segurando a mão da menina Hanhah, de 3 anos, após ela se recuperar de uma cirurgia na qual 3 peças de titânio substituíram parte de seu crânio em Changsha, na China. A menina sofre de hidrocefalia e precisará passar por novas operações (Foto: Reuters/Stringer)Mulher se emociona segurando a mão da menina Hanhah, de 3 anos, após ela se recuperar de uma cirurgia na qual 3 peças de titânio substituíram parte de seu crânio em Changsha, na China. A menina sofre de hidrocefalia e precisará passar por novas operações (Foto: Reuters/Stringer)
Uma criança chinesa de três anos implantou em seu crânio três peças de titânio feitos em impressoras 3D, uma alternativa cirúrgica para tratar hidrocefalia.
A doença é uma grave anomalia neurológica que aumenta o volume do espaço contendo fluido cerebrospinal, o que provoca pressão sobre o cérebro.
O procedimento foi realizado em um hospital de Changsha, na província de Hunan, na China, nesta quarta-feira (14). De acordo com a mídia local, a criança, que se chama Hanhan, deve realizar mais cirurgias para diminuir o tamanho do crânio.
Em uma das imagens divulgadas pela agência Reuters, uma tia de Hanhan se emociona ao ver a criança se recuperando após a cirurgia.
Hanhan, de três anos, passa bem depois da cirurgia de implante de peças de titânio em seu crânio (Foto: Stringer/Reuters)Hanhan, de três anos, passa bem depois da cirurgia de implante de peças de titânio em seu crânio (Foto: Stringer/Reuters)
fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/07/na-china-tecnologia-em-3d-salva-vida-de-crianca-com-hidrocefalia.html

'Epidemia' de cesáreas: por que tantas mulheres no mundo optam pela cirurgia?


Índice de partos cirúrgicos acima dos 15% recomendado pela OMS não é um problema exclusivo do Brasil e normalmente está associado a hábitos culturais e sociais.

Da BBCValéria Perazzo, Repórter Especial do Serviço Mundial da BBC
Índice de cesáreas por país (Foto: Arte/BBC)
Entraram em vigor na semana passada no país novas regras estabelecidas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para estimular a realização do parto normal na rede de saúde particular e conscientizar gestantes sobre os riscos representados pela cesariana.
Agora, gestantes precisarão assinar um termo de consentimento sobre os perigos da cirurgia para que o plano de saúde cubra seus custos. Por sua vez, seguradoras terão de informar a taxa de cesáreas e de partos normais dos médicos e hospitais quando solicitadas pelo cliente.
As medidas buscam fazer com médicos tenham um papel mais ativo para informar mães sobre os benefícios e prejuízos da cesariana na hora da tomada de decisão sobre o tipo de parto. E, assim, combater a chamada "epidemia de cesáreas" no Brasil, país líder em partos realizados por meio de cirurgia no mundo.
Atualmente, mais da metade dos bebês brasileiros nascem desta forma - um índice que chega a 84,6% na rede particular -, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O órgão recomenda que a taxa fique entre 10% e 15% dos partos.
A cirurgia é cada vez mais simples e segura e pode ser necessária para salvar gestante e bebê quando é identificado riscos na realização do parto normal. Mas a cirurgia ainda implica em perigos, e o número de cesarianas feitas por opção da mãe, sem recomendação médica, vem aumentando - um problema que não é exclusivo do Brasil, como mostram as áreas em vermelho do mapa acima.
Hoje, a cesariana é a cirurgia mais comumente realizada em todo o mundo.
"Com 35 anos de experiência, vi o número de cesarianas crescer de forma significativa nos últimos 10 anos. Precisamos estar atentos a isso, para garantir que ela seja realizada em mulheres que precisam da cirurgia, mas que não haja um abuso", diz Marleen Temmerman, diretora do departamento de saúde reprodutiva da OMS.
Debate
Desde que órgão estabeleceu os níveis considerados aceitáveis para cesarianas, em 1985, o número de cesarianas eletivas passou a ser motivo de debate acalorado.
Estudos mostraram que, quando a cesáreas são cerca de 10% do total de partos de um país, a taxa de mortalidade entre recém-nascidos e suas mães cai, porque isso significa que mais mulheres têm acesso a esta operação que pode salvar suas vidas.
Mas não há evidências de que a mortalidade seja reduzida ainda mais quando o índice ultrapassa 15%, como ocorre em muitos países.
O Brasil e a República Dominicana lideram o ranking de cesáreas no mundo, com 56% dos partos ocorrendo por meio de cirurgia. Depois, vêm Egito (51,8%), Turquia (47,5%) e Itália (38,1%).
México, Irã e Estados Unidos também registram mais nascimentos por cesárea que o recomendado.
China não está no topo da lista - só 25% dos nascimentos são cesarianas -, mas 32% destes partos não têm justificativa médica, o que o torna o país com o maior número de procedimentos deste tipo feitos de forma desnecessária.
Mas como a cesariana tornou-se o padrão em vez da exceção em tantos países pelo mundo?
Razões culturais
As razões variam de acordo com cada nacionalidade, mas em sua grande maioria têm a ver com práticas culturais.
No caso brasileiro, por exemplo, especialistas apontam que, antes de ser regulamentada nos anos 1990, a cesárea era vista como um procedimento "dois em um", porque permite realizar também a esterilização da mulher, tornando-se uma opção para aquelas que não queriam mais ter filhos.
Hoje, a opção por este tipo de parto se dá por ser mais conveniente para os médicos, que podem se programar para a cirurgia em vez de receber uma ligação inesperada no meio da noite e ter de passar horas acompanhando o trabalho de parto.
Da mesma forma, um mesmo médico pode realizar várias cesarianas em um mesmo dia, o que as torna mais lucrativas que o parto normal.
"A mensagem enviada pela comunidade médica é que a cesariana é uma forma de parto mais moderna e higiênica, enquanto o parto normal é feio, primitivo e sujo", diz Simone Diniz, do departamento de saúde pública da Universidade de São Paulo (USP).
Diniz acredita que muitas mulheres sentem-se pressionadas para optar pela cirurgia por seus médicos e enfermeiras, criando uma "máquina de fazer dinheiro" na indústria em torno dos partos.
O mesmo ocorre em outros países no topo do ranking da OMS.
'Medo da dor'
Na Itália, por exemplo, uma pesquisa revelou que as cesáreas eram escolhidos por "medo da dor" do parto normal e porque são vistas como "menos traumáticas", por envolver menos sangramento e menos riscos para o recém-nascido. Assim, torna-se uma questão de preferência pessoal, que gera uma sensação de empoderamento da mulher gestante.
O estudo, publicado no periódico científico BMC Pregnancy and Childbirth, em 2013, também revelou que 33% das mulheres consultadas optariam pela cirurgia por causa da ausência da anestesia peridural para o parto normal.
"É uma questão de política de saúde pública", diz Ana Pilar Betran, médica da OMS que estudou o caso italiano. "O sistema não garante a disponibilidade contínua da anestesia em todos os centros de partos."
Em outros países, a obsessão com o corpo tem um papel importante. Muitas mães que passam por partos normal sofrem cortes vaginais cirúrgicos, ou episiotomias, para facilitar o nascimento do bebê - uma prática que é fortemente questionada por quem defende o parto normal.
"Algumas mulheres optam pela cesariana para preservar o aspecto 'lua de mel da vagina'", diz Temmerman.
A necessidade de se manter sexualmente atraente também é um forte motivo por trás do alto número de cesáreas em países da América Latina como México, República Dominicana, Chile e Argentina, afirma Diniz.
Em países como os Estados Unidos, em que erros médicos podem levar a indenizações milionárias, o medo de ser responsabilizado legalmente caso algo saia errado com o parto normal faz com que médicos tendam para o parto cirúrgico.
Crenças populares
Já na China, a alta taxa de cesarianas desnecessárias ocorre porque mães buscam ter seus filhos em datas específicas, que, segundo crenças populares, poderão beneficiar os bebês.
As famílias chinesas também costumam estar presentes durante o momento do parto. Então, a cesárea acaba sendo escolhida para planejar melhor o que se torna um evento social entre os parentes da gestante.
Na outra ponta deste cenário, países africanos, como Niger, Etiópia e Burkina Faso, registram menos de 2% dos partos realizados por meio de cirurgia. Isso está relacionado ao acesso precário a um sistema de saúde adequado.
Entre os países com o nível desejado de 15% de cesarianas, encontra-se a Holanda, onde a tendência crescente de partos realizados em casa, com uma abordagem mais natural, sem anestesia e com o apoio de parteiras em vez de médicos, provou-se uma boa forma de conter o aumento dos partos cirúrgicos, apontam especialistas.
Hoje, cerca de 65% dos partos feitos no país ocorrem em casa, o que faz com que a incidência de cesáreas eletivas seja bem pequena.

fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/07/epidemia-de-cesareas-por-que-tantas-mulheres-no-mundo-optam-pela-cirurgia.html

Teste identifica 'melhor maneira' de combater perda de memória


Pesquisa dividiu 30 voluntários em três tipos de atividades diferentes e descobriu quais tarefas podem ajudar a manter cérebro ativo.

Da BBC
Cientistas dividiram voluntários em três grupos de atividades diferentes por oito semanas (Foto: BBC/Thinkstock)Cientistas dividiram voluntários em três grupos de atividades diferentes por oito semanas (Foto: BBC/Thinkstock)

Pergunte quais são as maiores preocupações de qualquer pessoa com mais de 40 anos e uma das respostas mais comuns certamente será o medo de perder a memória.
Há algumas maneiras mais conhecidas de manter a saúde do cérebro – não fumar, manter-se dentro do peso ideal ou não desenvolver diabetes do tipo 2.
Mas pode-se fazer algo para realmente melhorar o cérebro? Pesquisadores britânicos desenvolveram um teste para tentar descobrir.
Para esse teste, feito em parceria com a Universidade de Newcastle, na Inglaterra, foram recrutados 30 voluntários. Eles foram submetidos a diversos exames que analisaram memória, habilidade de resolver problemas e velocidade de reação.
Todos receberam um monitor de atividade, que mediu o quanto e quando eles se moviam. Em seguida, os voluntários foram separados aleatoriamente em três grupos. Cada grupo recebeu uma atividade diferente, que deveria ser feita durante oito semanas.
A tarefa para um dos grupos era simplesmente andar rapidamente, a ponto de ficar quase sem ar, durante três horas por semana. A ideia é que a caminhada – ou qualquer forma de exercício vigoroso – mantém o cérebro alimentado com sangue rico em oxigênio.
Mas a tarefa não agradou a todos. "Caminhar é a atividade que eu menos gosto", disse Ann, uma das participantes.
Voluntários foram divididos em três grupos: o primeiro teve que correr 3h por semana
O primeiro grupo teve que correr três horas por semana e demonstrou melhora no condicionamento físico (Foto: BBC/Thinkstock)O primeiro grupo teve que correr três horas por semana e demonstrou melhora no condicionamento físico (Foto: BBC/Thinkstock)
O segundo grupo teve que fazer jogos, como palavras cruzadas ou Sudoku, também por três horas por semana. A justificativa é que o cérebro se beneficia dos desafios.
Finalmente, o terceiro grupo teve que observar um homem nu por três horas a cada semana. Mais precisamente, tiveram que participar de uma aula de arte que também envolvia desenhar um modelo, Steve.
Quem se beneficiou mais?
No final do experimento, quase todos no primeiro grupo relataram uma grande melhoria em seu condicionamento físico – quão fácil passou a ser uma subida, por exemplo.
No segundo, os voluntários acharam os desafios difíceis no início, mas no final já estavam trocando dicas de Sudoku.
O segundo grupo teve que completar exercícios de palavras cruzadas e Sudoku (Foto: BBC/Thinkstock)O segundo grupo teve que completar exercícios de palavras cruzadas e Sudoku (Foto: BBC/Thinkstock)
Mas o grupo mais entusiasmado foi, sem dúvida, o de arte. Embora alguns tenham achado difícil assistir à aula uma vez por semana, todos eles comentaram sobre o quanto gostaram.
"Eu me tornei uma desenhista compulsiva de tudo", disse Simone. "Eu até sai para comprar alguns lápis pastel e até mesmo um livro sobre 'Como (desenhar)'."
Mas qual dos grupos teve mais melhorias em relação ao poder do cérebro?
Cientistas refizeram a bateria de testes cognitivos e os resultados foram bem claros. Todos os grupos tinham terminado a experiência um pouco melhor, mas o de maior destaque era o que tinha assistido à aula de arte.
Mas por que ir a uma aula de arte pode fazer a diferença para coisas como a memória?
Novo aprendizado
O psicólogo clínico Daniel Collerton, um dos especialistas que participou do estudo, disse que parte do benefício veio de aprender uma nova habilidade.
"Aprender algo novo", diz, "envolve o cérebro de maneiras que parecem ser a chave. O seu cérebro muda em resposta a isso, não importa quantos anos você tenha".
Já o terceiro grupo participou de aulas de arte, em que teve que desenhar um modelo nu (Foto: BBC/Thinkstock)Já o terceiro grupo participou de aulas de arte, em que teve que desenhar um modelo nu (Foto: BBC/Thinkstock)
Aprender a desenhar não era apenas um novo desafio para o grupo, mas, ao contrário das palavras cruzadas e do Sudoku, também envolvia o desenvolvimento de habilidades psicomotoras.
Capturar uma imagem no papel não é apenas intelectualmente exigente: envolve aprender a fazer os músculos na mão guiarem o lápis ou o pincel nas direções corretas.
Um benefício adicional é que ir à aula de arte significava que durante três horas semanais eles tiveram que ficar em pé enquanto desenhavam ou pintavam.
Ficar de pé por longos períodos é uma boa maneira de queimar calorias e de manter o coração em boa forma.
A aula de arte também foi a mais ativa socialmente, outra coisa importante a ser levada em conta para manter o cérebro afiado. Este grupo reuniu-se regularmente fora das aulas e trocou e-mails.
Atividade que desenvolva habilidades psicomotoras e também sociais pode melhorar o funcionamento do cérebro (Foto: BBC/Thinkstock)Atividade que desenvolva habilidades psicomotoras e também sociais pode melhorar o funcionamento do cérebro (Foto: BBC/Thinkstock)
Tudo isso fez com que o grupo da arte tivesse um benefício triplo. E uma das voluntárias, Lynn, disse que aprender a desenhar também havia produzido outros benefícios inesperados.
"Parte do meu trabalho envolve escrever e propor ideias, o que é um processo difícil e demorado", diz.
"Eu sou disléxica, o que é um obstáculo adicional, mas, após fazer a aula de arte, descobri que a minha escrita agora flui e minha capacidade de concentração melhorou. Parece que abri minha mente. Não tenho certeza se consigo explicar, só sei que fez a diferença."
O mais provável, segundo os pesquisadores, é que qualquer atividade de grupo que envolva ser ativo e aprender uma nova habilidade ajude a impulsionar o funcionamento do cérebro.

fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/07/teste-identifica-melhor-maneira-de-combater-perda-de-memoria.html