Academia Equilíbrio

Academia Equilíbrio

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Sociedades médicas fazem alerta sobre aplicação de hidrogel


Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica não recomenda uso estético.
Há médicos, no entanto, que defendem segurança do produto.

Mariana LenharoDo G1, em São Paulo
Andressa Urach (Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal)Andressa Urach teve complicações atribuídas ao uso do hidrogel (Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal)
Infográfico - Hidrogel (Foto: Infográfico/G1)
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) divulgou uma nota, nesta quinta-feira (4), informando que não recomenda o uso do hidrogel em procedimentos estéticos e que sua aplicação “deve ser restrita a procedimentos considerados reparadores”. Nesta terça-feira, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) já tinha feito um alerta sobre o risco da injeção do produto por pessoas não médicas.
O debate sobre a segurança do produto veio à tona nesta semana, depois que a modeloAndressa Urach foi internada com uma infecção na coxa. O hospital onde ela recebe tratamento atribuiu a infecção a uma aplicação de hidrogel, que ela recebeu há 5 anos.
De acordo com a SBCP, trata-se de um material cujos estudos científicos a longo prazo são inconclusivos, por isso o uso não é recomendado. Já a SBD enfatiza que somente um médico tem conhecimento sobre a anatomia, a fisiologia, a imunologia e as interações dos medicamentos usados no processo e é capaz de conhecer e lidar com as “prováveis complicações” que podem surgir durante a aplicação.
Apesar do tom crítico das entidades, há profissionais que defendem a segurança do uso de hidrogel, desde que a indicação seja adequada e a aplicação feita por um profissional capacitado. É a opinião do cirurgião ginecológico João Brito Jaenisch, membro da Sociedade Brasileira de Medicina Estética.
“Acho o hidrogel uma substância muito segura quando bem indicada. Como em qualquer procedimento estético, o que não pode acontecer são exageros e a aplicação por pessoas que nem são médicas em um quarto de hotel, como houve casos”, diz.
Ele observa que a quantidade de produto que Andressa Urach teria usado em cada perna, 400 ml, é excessiva. “A indicação de qualquer outro produto na quantidade que foi injetada nessa modelo certamente não levaria a um resultado satisfatório. Um profissional com boa formação não colocaria esse volume.”
Para Jaenisch, se o médico for capacitado, o estabelecimento estiver preparado para esse tipo de procedimento e o paciente não tiver problemas de saúde prévios, a segurança da aplicação do hidrogel está garantida.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não determina qual é a quantidade máxima do produto que pode ser aplicada no paciente. A indicação de uso do Aqualift (marca de hidrogel vendida no Brasil) submetida pelo fabricante à agência para o registro do produto prevê que “o volume do material a ser injetado seja determinado pelo cirurgião”, podendo variar “de 1 a 50 ml”.
Produto está com registro irregular
O hidrogel da marca Aqualift está com registro irregular na Anvisa desde 31 de março. Clínicas ou profissionais que tenham comprado o produto antes dessa data podem usá-lo normalmente, segundo a Anvisa, já que não foi determinado seu recolhimento. Mas a venda, por enquanto, está proibida.
A Rejuvene Medical, importadora exclusiva do Aqualift no Brasil, informa que os documentos pedidos pela Anvisa para o processo de regularização já foram entregues e que, no momento, o produto não está sendo comercializado. Em nota, a empresa afirma que não existem, até o momento, provas médicas que apontem o hidrogel como o causador dos problemas de saúde noticiados nos últimos meses.

fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2014/12/sociedades-medicas-fazem-alerta-sobre-aplicacao-de-hidrogel.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário