Academia Equilíbrio

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segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Células cancerosas podem ser transformadas em tecido saudável, dizem cientistas


Pesquisadores americanos conseguiram frear reprodução de células doentes em laboratório.

Da BBC
Cientistas americanos acreditam que podem ter encontrado uma forma de transformar células cancerosas em tecido saudável.
O trabalho dos pesquisadores da Mayo Clinic, nos EUA, foi feito apenas em laboratório, mas já sugere que há uma possibilidade de restaurar a normalidade das células e suspender sua reprodução descontrolada.
As moléculas usadas nos testes conseguiram travar o crescimento do câncer, e os cientistas esperam que esse novo mecanismo possa ser usado em todos os tipos de tumores.
No entanto, apesar de os primeiros testes em laboratórios parecerem promissores, ainda não está claro se esta técnica vai ajudar no tratamento de pessoas que tenham a doença.
O resultado da pesquisa foi publicado na revista especializada "Nature Cell Biology".
Pisando no freio
A pesquisa da Mayo Clinic junta dois ramos da pesquisa científica: aderência entre células e biologia do microRNA (também conhecido como miRNA), que, até o momento, não tinham sido ligados.
Os cientistas pensavam que as moléculas de adesão eram simplesmente a cola que mantém as células juntas. Mas descobriu-se que elas podem ter um papel de sinalização.
O trabalho da Mayo Clinic mostrou que as moléculas de adesão conectam células e também emitem sinais através dos miRNAs para controlar o crescimento de células.
Se esse processo fica desregulado, as células crescem descontroladamente, o que pode impulsionar o câncer.
Mas reabastecer as células com miRNAs pode solucionar esse problema.
"Ao administrar os miRNAs afetados em células cancerosas para restaurar seus níveis normais, devemos ser capazes de restabelecer os freios (ao câncer) e restaurar a função normal da célula", disse Panos Anastasiadis, que liderou a pesquisa.
"Experimentos iniciais em alguns tipos agressivos de câncer são realmente muito promissores", acrescentou.
"Esta pesquisa resolve um mistério biológico que já durava muito tempo, mas não devemos nos precipitar", disse Henry Scowcroft, da Cancer Research UK, ONG britânica especializada em pesquisas oncológicas.
"Há um longo caminho a ser percorrido antes de sabermos se estas descobertas, em células cultivadas em um laboratório, vão ajudar a tratar pessoas com câncer. Mas é um importante passo à frente na compreensão de como certas células em nosso corpo sabem quando crescer e quando parar. Compreender esses conceitos chave é crucial para ajudar a continuar estimulando o progresso contra o câncer que vimos nos últimos anos", acrescentou.

fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/08/celulas-cancerosas-podem-ser-transformadas-em-tecido-saudavel-dizem-cientistas.html

59,9% dos municípios recorrem a outras cidades para internar, diz IBGE


Pesquisa mostra situação de 5.570 municípios brasileiros em 2014.
52,1% mandaram pacientes do SUS para exames em outras cidades.

Do G1, em São Paulo
Mais de metade dos municípios brasileiros em 2014 precisavam mandar pacientes do  Sistema Único de Saúde (SUS) para outros municípios para internação ou exames após passarem pela atenção básica, apontam dados da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic) de 2014, apresentada nesta quarta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O levantamento, que levou em conta os 5.570 municípios brasileiros, mostra que 59,9% deles precisavam encaminhar usuários da atenção básica do SUS para internação em outras cidades. A região com o maior percentual de municípios com necessidade de referenciar pacientes para internação foi o Sudeste, com 66%.
Além disso, 52,1% dos municípios do país precisavam encaminhar pacientes para a realização de exames em outros locais. O Nordeste foi a região em que isso ocorreu de forma mais intensa: 55,3% dos municípios nordestinos têm a necessidade de fazer esse tipo de encaminhamento.
UTI neonatal e partos hospitalares
A disponibilidade de UTI neonatal em estabelecimentos públicos ou conveniados ao SUS ocorre em 6,5% das cidades brasileiras. Além disso, menos da metade dos municípios brasileiros (49,6%) têm estabelecimentos públicos ou conveniados ao SUS que realizam parto hospitalar.
Selo - Exame (Foto: G1)
Os serviços de hemodiálise e diálise peritoneal, procedimentos indicados a pacientes com insuficiência renal, estão disponíveis em 8,7% dos municípios.
Já os serviços de emergência – abertos 24 horas por dia para atender pacientes em situação de risco de vida – estão presentes em 87,1% dos municípios brasileiros.
Saúde da família
Em 2014, o Programa Saúde da Família – estratégia de atenção básica à saúde – estava disponível em 5.445 municípios brasileiros, o equivalente a 97,8% do total. Houve um aumento da abrangência do programa em relação aos dados da Munic de 2009, quando 95% dos municípios dispunham do programa.
Selo - UTI (Foto: G1)
As cidades do Norte e Nordeste têm a maior concentração de municípios com o programa: 99,8%. Enquanto isso, a região Sudeste tem a menor abrangência da estratégia: 95,7%. Ao todo, 43.216 médicos, 41.687 enfermeiros, 63.519 auxiliares de enfermagem e 266.412 agentes comunitários de saúde trabalham nas equipes de saúde da família.
Em todo o país, 1.574.318 pessoas estão empregadas na área da saúde da administração municipal, o que corresponde a 24% dos funcionários da administração municipal brasileira.
Selo - Saúde da Família (Foto: G1)
Gestão
A maior parte dos municípios (88%) tem estabelecimentos de saúde sob sua responsabilidade. Desse total, 10,6% possuem estabelecimentos sob sua responabilidade administrados por terceiros, como organizações sociais (OS), empresas privadas, consórcios públicos, organizações de sociedade civil de interesse público, cooperativas e consórcios de sociedade.
Segurança alimentar e vigilância sanitária
A pesquisa do IBGE também constatou que 39,6% dos municípios têm estruturas organizacionais voltadas para a política de segurança alimentar, responsável por ações como atividades de educação alimentar e nutricional, manutenção de restaurantes populares, desenvolvimento de atividades de agricultura urbana, incentivo de produção de alimentos orgânicos, entre outras.
Dos municípios brasileiros, 97,8% têm uma estrutura específica para vigilância sanitária. No Brasil, a vigilância sanitária é coordenada pela Anvisa e executada or órgãos estaduais, distritais e municipais.

fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/08/599-dos-municipios-recorrem-outras-cidades-para-internar-diz-ibge.html

Cientistas criam droga que 'altera' DNA e inibe evolução do câncer


Grupo da UnB espera liberação de R$ 170 mil para seguir com estudo.
Expectativa é de que medicamento esteja no mercado em 12 anos.

Raquel MoraisDo G1 DF
A doutoranda Isabel Torres e o professor Guilherme Santos, que desenvolveram pesquisa sobre câncer na Universidade de Brasília (Foto: Raquel Morais/G1)A doutoranda Isabel Torres e o professor Guilherme Santos, que desenvolveram pesquisa sobre câncer na Universidade de Brasília (Foto: Raquel Morais/G1)
Cientistas da Universidade de Brasília desenvolveram uma droga capaz de alterar a estrutura do DNA e assim evitar a multiplicação de células com câncer. A pesquisa começou há quatro anos, e o grupo aguarda atualmente a liberação de R$ 170 mil para prosseguir com o estudo. A expectativa é de que o remédio já esteja no mercado daqui a 12 anos.
No câncer, por exemplo, temos uma alta proliferação celular, e isso acontece porque a expressão de vários genes está desregulada na célula. Se regulamos essa disfunção, tratamos o câncer"
Isabel Torres,
biomédica e doutoranda da UnB
De acordo com os pesquisadores, a descoberta partiu da ideia de enxergar o nucleossomo – unidade da cromatina, que compacta o DNA dentro da célula – como alvo terapêutico. O medicamento atua conectado a ele, modulando a abertura e fechamento das fitas de informação genética. Assim, ele interfere na interação entre o DNA e proteínas, podendo “barrar” o que não é desejado, como o câncer.
A tecnologia não impede o surgimento da doença, mas evita que células com informações genéticas não desejadas se reproduzam. “No câncer, por exemplo, temos uma alta proliferação celular, e isso acontece porque a expressão de vários genes está desregulada na célula. Se regulamos essa disfunção, tratamos o câncer”, explica a biomédica e doutoranda em patologia molecular Isabel Torres.
“Não esperamos que esta nova classe de drogas cure a doença, mas, sem dúvida, ela representa uma esperança aos pacientes que não respondem a terapias tradicionais. A ideia é associar estas novas moléculas a outras drogas disponíveis no mercado para obtenção de uma melhor resposta clínica”, completa.
Orientador da pesquisa, o professor e médico Guilherme Santos afirma acreditar que o procedimento possa ser utilizado contra vários tipos de câncer, como o gliobastoma (no cérebro) o melanoma (na pele), além de doenças hormonais e obesidade. Os primeiros resultados do trabalho foram publicados na revista "Trends in Pharmacological Sciences – Cell" no final de março.
A próxima etapa envolve testes em camundongos e ainda não tem data para acontecer por falta de recursos. Para recrutar investidores enquanto esperam dinheiro de fundos de pesquisa, os cientistas criaram a startup Nucleosantos Therapeutics. A ideia é que ela descubra e desenvolva mais moléculas que possam se ligar a nucleossomos.
Isabel afirma que a nova tecnologia surge como alternativa para pacientes que perderam as esperanças nos tratamentos convencionais. "Como cientista, acreditamos que esta estratégia inovadora terá um grande impacto na forma de observar o funcionamento celular e com isto poder intervir precisamente em distúrbios celulares. É incrível observar que poderemos modular diretamente a expressão gênica e, consequentemente, o conteúdo proteico das células."
Etapas
A pesquisa foi dividida basicamente em quatro etapas: desenho e simulações das potenciais drogas; experimentos que demonstrem a interferência nas interações feitas pelo DNA; experimentos em animais; e testes em seres humanos. Os cientistas já gastaram R$ 70 mil, de financiamento do governo federal, além de aproveitar parte do material usado na pesquisa de Santos no pós-dourado na Inglaterra – avaliado em R$ 60 mil.
Estudantes envolvidos com projeto de droga do DF que altera interações do DNA e inibe evolução do câncer (Foto: Raquel Morais/G1)Estudantes envolvidos com projeto de droga do DF que altera interações do DNA e inibe evolução do câncer (Foto: Raquel Morais/G1)
Ainda não há definição sobre o formato do novo medicamento, mas a equipe estuda testá-la tanto via oral quanto injetável. “Precisamos de financiamento para podermos avançar nesta pesquisa. Seria ótimo podermos contar com dinheiro de doações de empresas e pessoas ricas – milionários com ações filantrópicas –, a exemplo do que ocorre em outras grandes universidades, como Harvard e Cambridge”, diz a biomédica.

fonte: http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2015/08/cientistas-criam-droga-que-altera-dna-e-inibe-evolucao-do-cancer.html

Crianças que dormem pouco podem ter mais vontade de comer, diz estudo


Pesquisa sugere que pouco sono leva crianças a comer por recompensa.
Estudo envolveu 1.008 crianças de 5 anos nascidas em 2007.

Da Reuters
Pesquisa concluiu que crianças que não dormem o suficiente podem estar propensas a comer mais  (Foto: John Finn/Divulgação)Pesquisa concluiu que crianças que não dormem o suficiente podem estar propensas a comer mais (Foto: John Finn/Divulgação)
Crianças que não dormem o suficiente podem estar propensas a ter mais vontade de comer, sugere um novo estudo.
A pesquisa revelou que crianças de 5 anos que dormiram menos de 11 horas por noite mostraram-se com mais vontade de comer ao ver ou se lembrar de sua guloseima preferida, em comparação àquelas que dormiram mais. O trabalho foi publicado na revista científica "International Journal of Obesity".
As crianças que dormiram menos de 11 horas também apresentaram um IMC mais alto do que aquelas que dormiram mais de 11 horas. Os Centros de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos recomendam de 11 a 12 horas de sono para crianças em idade pré-escolar.
"Há agora um acúmulo de evidências tanto para crianças quanto para adultos que sugerem que o sono curto ou insuficiente estimula o consumo de alimentos por recompensa (comer hedônico)", diz Laura McDonald, principal autora do estudo e pesquisadora da University College London em um e-mail para a Reuters.
Há agora um acúmulo de evidências tanto para crianças quanto para adultos que sugerem que o sono curto ou insuficiente estimula o consumo de alimentos por recompensa"
Laura McDonald, pesquisadora
"Isso, é claro, é uma preocupação", acrescentou, "dado que vivemos em uma ambiente moderno 'obesogênico'", onde alimentos saborosos e altamente calóricos "são amplamente disponíveis e baratos de consumir".
Estudos anteriores mostraram que pouco sono aumenta significantemnete os riscos de uma criança ter sobrepeso ou obesidade. Mas pouco se sabia sobre o efeito do sono na ingestão diária de calorias.
"Alguns estudos usando imagens cerebrais mostraram que a restrição do sono aumenta a resposta em centros de recompensa do cérebro em resposta a imagens de comidas saborosas... No entanto, nenhum estudo em crianças tinha examinado se o sono muda a receptividade à comida", observou McDonald.
Receptividade à comida
O estudo envovleu 1.008 crianças de 5 anos nascidas em 2007 na Inglaterra e no País de Gales. Os pesquisadores pediram às mães responderem um questionário sobre a receptividade dos pequenos a alimentos e seu comportamento em relação à comida quando estavam presumivelmente satisfeitos, logo depois de comer.
A média de sono das crianças do estudo foi de 11,48 horas.
Entre crianças que dormiram menos de 11 horas por noite, a receptividade à comida foi de 2,53 em uma escala utilizada pelos pesquisadores. Já as crianças que dormiram de 11 a 12 horas tiveram a receptividade à comida classificada em 2,36 e aquelas que dormiram mais de 12 horas, em 2,35.
"Entre as crianças que não dormem o suficiente à noite, limitar a exposição a alimentos saborosos em casa pode ajudar a prevenir o consumo excessivo", diz McDonald.
A pesquisadora observa, porém, que os resultados do estudo também podem indicar que as crianças que são mais propensas a terem vontade de comer são aquelas que tem uma dificuldade maior para dormir durante a noite.

fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/08/criancas-que-dormem-pouco-podem-ter-mais-vontade-de-comer-diz-estudo.html

A endocrinologista Sandra Villares explica ao Bem Estarque o sono está ligado à secreção hormonal:

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Dividir tarefas domésticas 'melhora vida sexual', diz estudo


Pesquisadores americanos analisaram 487 casais heterossexuais com filhos e em que as mulheres tinham menos de 45 anos.

Emma WilkinsonRepórter de Ciência da BBC News
Pesquisa aponta que os casais em que as tarefas domésticas ficam, na maior parte, com a mulher, relatam meno grau de satisfação (Foto: Thinkstock/ BBC)Pesquisa aponta que os casais em que as tarefas domésticas ficam, na maior parte, com a mulher, relatam meno grau de satisfação (Foto: Thinkstock/ BBC)
Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos sugere que casais que dividem tarefas domésticas e o cuidado com os filhos são mais felizes e têm uma vida sexual melhor.
Após análise de dados de um levantamento feito em 2006, foi observado também que nos casais em que estas tarefas ficavam, na maior parte, com a mulher, homens e mulheres relataram um grau bem menor de satisfação.
Segundo os pesquisadores da Universidade Estadual da Geórgia, esse impacto negativo não foi verificado nos casais em que o homem era responsável por uma parte maior dos cuidados com os filhos.
As conclusões vieram da análise do estudo 2006 Marital and Relationship Study, sobre casamento e relacionamentos realizada entre com heterossexuais.
Os 487 casais, selecionados de forma aleatória, tinham filhos, rendas que iam de 'baixas' a 'moderadas' e as mulheres tinham menos de 45 anos.
Responsabilidade de quem?
Os dados, que estão sendo apresentados em uma reunião da Associação Americana de Sociologia, mostram que os casais em que a mulher foi a responsável por mais do que 60% dos cuidados com os filhos - especificamente em termos do estabelecimento de regras, elogios às crianças e brincadeiras - tiveram as piores avaliações em satisfação com relacionamentos e em relação à qualidade da vida sexual.
"Uma das descobertas mais importantes é que o única arranjo ligado aos cuidados que parece realmente ser problemático para a qualidade do relacionamento e vida sexual do casal é quando a mulher faz a maior parte do cuidado com os filhos", disse Daniel Carlson, professor-assistente de sociologia da Universidade Estadual da Geórgia.
A equipe descobriu que quando o pai assume a maior parte ou toda a responsabilidade pelo cuidado com os filhos, isso não afeta de forma negativa a qualidade do relacionamento do casal.
O estudo não observou quem realizava tarefas como alimentar e dar banho nas crianças.
Os pesquisadores estão planejando mais estudos sobre a razão dos casais com divisão igual das responsabilidades nos cuidados com os filhos parecem ter relacionamentos melhores.
"Estamos tentando entender a razão de casais acharem tão positivo o compartilhamento das tarefas", disse Carlson.
O 'novo homem'
O professor Cary Cooper, especialista em psicologia organizacional e saúde na Escola de Negócios de Manchester, disse que as descobertas dos pesquisadores americanos fazem sentido, pois o "'novo' homem que está feliz em dividir a responsabilidade pelos cuidados provavelmente já investe mais no relacionamento".
Cooper acrescentou que é cada vez mais aceitável para os homens optarem por trabalhos com horários mais flexíveis e assumirem mais responsabilidades pela família e vida doméstica.
"Há cada vez mais pressão nos homens que normalmente não fariam isto - a questão é se vai fazer diferença no relacionamento. Acho que pode fazer", acrescentou.

fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/08/dividir-tarefas-domesticas-melhora-vida-sexual-diz-estudo.html