Academia Equilíbrio

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sábado, 27 de fevereiro de 2016

Agressividade crônica em crianças ainda desafia tratamentos, diz estudo


Transtorno carece de "definição clínica unificada" para prescrição de drogas.
Sobreposição com problemas mentais dificulta intervenção, diz psiquiatra.

Do G1, em São Paulo
A agressividade impulsiva crônica em crianças é um sintoma difícil de tratar e ainda desafia pesquisas na área que buscam entender os mecanismos neurais por trás do problema.
Essa é uma das conclusões gerais feita a partir de uma série de estudos sobre o problema publicados nesta semana por uma equipe de especialistas que estudou o problema.
Apesar de o DSM-5, o manual de diagnósticos de psiquiatria, ter adotado termos como "transtorno explosivo intermitente" para descrever casos de agressividade crônica, a comunidade de pesquisa na área ainda tem problemas em lidar com o assunto.
"A carência de uma definição clínica unificada de agressividade impulsiva e de medidas claras para caracterizar a criança agressiva frearam o progresso e o desenvolvimento de tratamentos efetivos", afirma Dan Connor, psiquiatra da Universidade de Connecticut (EUA) que coordenou a série de estudos.
Os artigos científicos do programa, publicados na revista "Journal of Child and Adolescent Psychopharmacology", cobrem temas como a neurobiologia por trás da agressividade e as evidêcias recolhidas até agora sobre tratamentos do problema.
Uma das dificuldades dos cientistas para diagnosticar o transtorno é que muitas vezes a agressividade impulsiva está presente junto de outros males psiquiátricos, como o TDAH (transtorno do déficit de atenção por hiperatividade).
Drogas usadas para tratar essa condição por vezes funcionam para controle da agressividade, mas elas não são consideradas um tratamento específico para o sintoma, e requerem uma avaliação caso a caso.
Quando a agressividade aparece de maneira isolada, "há poucos tratamentos disponíveis baseados em evidências", escreve Connor.
Um grupo que analisou a eficácia de drogas para outros problemas psiquiátricos, como esquizofrenia e depressão, afirma que os casos de agressividade associados a estas também podem reduzir com o tratamento. A ciência, porém, ainda tem dificuldade em enquadrar a agressividade impulsiva em si como transtorno tratável por medicação.
"Estudos futuros são necessários para informar melhor o tratamento da agressão ao longo de transtornos, e o tratamento de diferentes subtipos de agressão", escrevem os autores, liderados por Tina Gurnami, do Centro Hospitalar Mount Sinai-St. Luke, de Nova York.
fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2016/02/agressividade-cronica-em-criancas-ainda-desafia-tratamentos-diz-estudo.html
No vídeo, o psiquiatra Daniel Barros comenta sobre o caso de crianças que são cronicamente agressivas:

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