Academia Equilíbrio

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terça-feira, 31 de julho de 2012

Seis em dez pacientes com problema no fígado têm hepatite, diz estudo



Levantamento em SP mostra que 40% dos transplantes são pelo vírus C.
Dia Mundial de Luta contra as Hepatite Virais é lembrado neste sábado (28).

Do G1, em São Paulo
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Um levantamento feito pelo Hospital de Transplantes do Estado de São Paulo mostra que as hepatites atingem seis em cada dez pacientes com problemas no fígado atendidos no local.
A doença também é responsável por casos de cirrose hepática e por quase metade dos transplantes desse órgão realizados na instituição. Cerca de 40% das cirurgias ocorrem em pessoas contaminadas pelo vírus C, contra 8% de quem tem o tipo B.
Além disso, o risco de esses indivíduos desenvolverem câncer de fígado aumenta consideravelmente.
O Dia Mundial de Luta contra as Hepatite Virais é lembrado neste sábado (28), razão pela qual o Ministério da Saúde está promovendo uma campanha nacional para detecção precoce da doença, principalmente dos tipos B e C, considerados os mais perigosos.
Hepatites (Foto: Ministério da Saúde/Divulgação)Campanha nacional faz alerta sobre hepatites e enfatiza detecção (Foto: Ministério da Saúde/Divulgação)
A ação inclui um concurso para manicures e tatuadores, que lidam no dia a dia com objetos cortantes que, se contaminados, podem transmitir o vírus de pessoa para pessoa.
O ministério destacou que pretende aumentar o índice de diagnóstico das hepatites por meio da realização de novos testes rápidos. Este ano, já foram feitos 400 mil, mas há um total de 2,8 milhões de unidades já adquiridas.
Cerca de 33 mil casos dos três tipos de hepatites são notificados por ano no país. Atualmente, há 1,5 milhão de brasileiros com hepatite C. Médicos estimam que o contato com esse tipo de vírus é cerca de cem vezes maior que o risco de se expor ao HIV, que causa a Aids, por exemplo.
A hepatite C é uma doença crônica, de evolução lenta e silenciosa, que pode levar à cirrose e ao câncer de fígado. O período de incubação do vírus pode levar de 10 a 30 anos. Os danos causados pela inflamação nas células do órgão são irreversíveis e comprometem suas funções vitais, como a produção de proteínas do sangue e a refinação de alimentos absorvidos pelo intestino.
Hepatites 2 valendo (Foto: Arte/G1)
A maior parte dos casos de hepatites B e C ocorre por contaminação do sangue em transfusões feitas antes de 1993, mas o contágio acontece ainda por meio de objetos infectados com sangue, como instrumentos de dentistas, manicures e tatuadores, que incluem a colocação de piercings.
Ainda não há vacina contra a hepatite C. Na quarta-feira (25), o SUS anunciou que vai oferecer dois novos medicamentos – Boceprevir e Telaprevir – contra esse tipo da doença até o fim do ano. A medida deve elevar a eficácia do tratamento de 40% para 80% e beneficiar 5.500 pacientes em todo o Brasil, segundo o ministério.
No caso da hepatite B, a vacina está disponível gratuitamente na rede pública para pessoas entre 14 e 29 anos. Além disso, medicamentos disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) podem curar a doença, principalmente se ela for diagnosticada no início.
Dicas para evitar hepatites:
- Use camisinha nas relações sexuais, responsáveis por 70% das transmissões de hepatite B
- Não compartilhe objetos cortantes, como alicates, seringas e lâminas de barbear
- Certifique-se de que piercings e tatuagens sejam feitos com objetos esterilizados
- Fique atento à higiene de alimentos e utensílios de cozinha, para evitar a contaminação por hepatite A

Ministério da Saúde vai ampliar serviços de radioterapia no país



Medida deve atingir 80 hospitais em 20 estados até o início de 2013.
Para ministro, assistência a pacientes com câncer é prioridade do governo. 

Do G1, em São Paulo
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O Ministério da Saúde decidiu ampliar os serviços de radioterapia oferecidos a pacientes com câncer no país. A medida deve atingir 80 hospitais em 58 cidades de 20 estados brasileiros até o início de 2013.
Desse total, 48 unidades vão começar a oferecer o atendimento e 32 vão incrementar o que já existe. Veja a lista das unidades beneficiadas a partir da página 92 deste documento.
A meta do governo é aumentar em 32% o total de atendimentos por ano no Sistema Único de Saúde (SUS), o que deve passar de 149 mil para 197 mil. O investimento será de R$ 505 milhões: R$ 325 milhões em infraestrutura e R$ 175 milhões para a compra de 80 equipamentos de alta tecnologia – chamados aceleradores lineares – e outros acessórios.
Com isso, a população passará a contar com 328 equipamentos em todo o Brasil, o que deve cobrir 196.800 casos por ano, ou seja, 600 por aparelho. O ministério estima que a ampliação desse parque também deve reduzir em 59% o deficit dos serviços de radioterapia no país.
Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a assistência aos pacientes com câncer é uma das prioridades do governo.
Uma audiência pública sobre a aquisição de novos equipamentos de radioterapia foi convocada pelo ministério para o dia 10 de agosto, em Brasília. Nessa data, os fornecedores vão conhecer o edital para a contratação da empresa que ficará encarregada das duas fases dessa implantação. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União de quinta-feira (26).
Após a audiência, o ministério deverá publicar em até 15 dias úteis o edital definitivo, que dará início à apresentação das propostas e a outros trâmites.

Transplante de células-tronco pode ter curado dois homens com HIV



Estudo sobre nova técnica foi divulgado durante conferência nos EUA.
Pacientes receberam transplante de medula e tratamento com antirretroviral.

Do G1, com agências internacionais *
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Um estudo divulgado em Washington nesta semana, durante a 19ª Conferência Internacional da Aids, afirma que dois homens com HIV não apresentaram sinais do vírus no período de oito e 17 meses, respectivamente, depois de receber transplantes de células-tronco devido a uma leucemia.
A pesquisa feita por Daniel Kuritzkes, professor de medicina do Hospital Brigham and Women, em Massachusetts, traz a possibilidade de que os dois homens estejam livres do HIV.
De acordo com os cientistas, as células-tronco transplantadas repovoaram o sistema imunológico dos pacientes e os traços de HIV foram perdidos. Após receberem a medula de doadores, foi mantido o tratamento com antirretrovirais. Isso permitiu que as células doadas não fossem infectadas e criou ainda defesas imunitárias.
Atualmente, de acordo com o estudo, não há traços de HIV no DNA, RNA ou ainda no sangue dos homens que serviram de cobaia. De acordo com a pesquisa, o próximo passo será determinar a existência de HIV nos tecidos.
Os dois casos são diferentes do famoso "paciente de Berlim", o americano Timothy Brown, que se considera curado do HIV e da leucemia após receber um transplante de médula óssea de um raro doador que possuía resistência natural ao HIV (sem receptor CCR5, que age como porta de entrada do vírus nas células).
Tratamento experimental
Brown, 47 anos, um ex- HIV positivo de Seattle, nos EUA, ficou famoso depois de passar por um novo tratamento de leucemia com células-tronco de um doador resistente ao HIV e desde então não apresenta traços do vírus.

Depois de 2007, Brown passou por dois transplantes de alto risco de medula óssea e seus testes continuam a indicar negativo para o HIV, impressionando os pesquisadores e oferecendo perspectivas promissoras sobre como a terapia genética pode levar à cura da doença.

"Eu sou a prova viva de que pode haver uma cura para a Aids", disse Brown em uma entrevista. "É maravilhoso estar curado do HIV". Brown parecia frágil quando se reuniu com jornalistas durante a XIX Conferência Internacional sobre a Aids, o maior encontro mundial sobre a pandemia, realizada durante esta semana na capital americana.
O transplante de medula óssea é delicado e um a cada cinco pacientes não sobrevive. Mas Brown afirma que apenas sente dores de cabeça ocasionais. Também disse estar consciente de que sua condição gerou polêmica, mas negou as afirmações de alguns cientistas que acreditam que ele pode ter traços de HIV no corpo e que pode contaminar outros. "Sim, estou curado", declarou. "Sou HIV negativo".

Prazo de vida
Brown estudava em Berlim quando descobriu ser HIV positivo, em 1995. Na época, deram-lhe dois anos de vida. Contudo, um ano depois, apareceu no mercado a terapia antirretroviral combinada, que fez com que o HIV deixasse de ser uma sentença de morte e passasse a uma doença controlável por milhões de pessoas em todo o mundo.

Brown tolerou bem as drogas, mas com fadiga persistente visitou um médico em 2006 e foi diagnosticado com leucemia. Passou por quimioterapia, o que lhe causou uma pneumonia e uma infecção que quase o matou.

A leucemia voltou em 2007 e seu médico, Gero Heutter, cogitou um transplante de medula óssea com um doador que tinha uma mutação do receptor CCR5. Pessoas sem este receptor parecem ser resistentes ao HIV, porque não têm a porta através da qual o vírus entra nas células. Mas essas pessoas são raras: cerca de 1% da população do norte da Europa.

A nova técnica pode ser uma tentativa para curar o câncer e o HIV, ao mesmo tempo.
Brown foi submetido a um transplante de medula óssea com células-tronco de um doador com a mutação CCR5. Ao mesmo tempo, parou de tomar antirretrovirais. No fim do tratamento o HIV não foi mais identificado em Brown. Mas sua leucemia retornou, e por isso foi submetido a um segundo transplante de medula em 2008, utilizando as células do mesmo doador.

Brown afirmou que sua recuperação da segunda cirurgia foi mais complicada e o deixou com alguns problemas neurológicos, mas continua curado da leucemia e do VIH. Quando perguntam se acredita em um milagre, Brown hesita. "É difícil dizer. Depende de suas crenças religiosas, se você quer acreditar que foi a ciência médica ou que se trata uma intervenção divina", disse. "Eu diria que é um pouco dos dois".

Cientistas identificam composto que previne danos na retina por diabetes



Tratamento atinge os dois fatores que causam retinopatia diabética.
Remédios atuais combatem apenas um dos mecanismos da doença.

Do G1, em São Paulo
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Um novo composto encontrado por pesquisadores do Kellogg Eye Center, da Universidade de Michigan, nos EUA, pode interromper a sequência de eventos que desencadeiam danos à retina, na chamada retinopatia diabética.
A descoberta é importante porque pode levar a uma nova terapia que atinge dois mecanismos na origem da doença: a inflamação e o enfraquecimento da barreira sanguínea que protege a membrana ocular.
A retinopatia é a principal causa de cegueira entre norte-americanos na idade adulta. Até agora, os tratamentos deste tipo de doença miravam somente um dos mecanismos da doença.
O dano para a retina é causado, em partes, pela atividade de uma proteína, a VEGF (fator de crescimento vascular endotelial, na tradução para o português), que enfraquece a barreira sanguínea. Remédios recentes que atingem a VEGF exibiram boa resposta para aproximadamente 50% dos pacientes com este tipo de doença.
Mas os pesquisadores acreditam que há também um componente inflamatório que contribui para a evolução do distúrbio. O novo composto atinge a proteína atípica APKC, necessária no processo em que a VEGF enfraquece os vasos sanguíneos.

Estudo aponta elo entre mutação genética e paralisia em crianças



Cura para hemiplegia alternante está mais próxima, dizem cientistas.
Estudo divulgado na 'Nature' envolveu pesquisadores de 13 países.

Do G1, em São Paulo
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Pesquisadores do centro médico da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, descobriram que um raro distúrbio que causa paralisia em crianças, a hemiplegia alternante da infância, está ligado a uma mutação genética. Graças à descoberta, um tratamento pode ser possível no futuro, dizem os cientistas em um estudo publicado neste domingo (29) na revista "Nature Genetics".
O distúrbio começa a atingir crianças antes mesmo dos 18 meses de idade, com manifestações como paralisia ocular, disfunção do sistema nervoso, falta de ar (a chamada dispnéia) e outros efeitos.
Com o tempo, aponta a pesquisa, a tendência é haver imobilidade em um lado do corpo e depois no outro da criança, com intervalos imprevisíveis. O distúrbio aparece esporadicamente, com tendência a não se manifestar em outros membros da família, afirma um dos autores da investigação científica, Eric Heinzen.
Como a doença não se manifesta em pais de crianças com hemiplegia, "nós procuramos por mutações genéticas nas crianças", disse Heinzen. "Comparamos cuidadosamente os genomas de sete pacientes e dos seus pais que não tinham nenhum tipo de distúrbio. Quando encontramos mutações em todas as sete crianças no mesmo gene, nó soubemos que havíamos encontrado a causa do distúrio", disse.
A pesquisa foi feita com a colaboração de fundações nos EUA, Itália e França, incluindo cientistas de 13 países diferentes, para estudar 95 pacientes adicionais. A pesquisa mostrou que 75% das crianças com a doença tinham mutação no mesmo gene.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Cientistas identificam composto que previne danos na retina por diabetes



Tratamento atinge os dois fatores que causam retinopatia diabética.
Remédios atuais combatem apenas um dos mecanismos da doença.

Do G1, em São Paulo
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Um novo composto encontrado por pesquisadores do Kellogg Eye Center, da Universidade de Michigan, nos EUA, pode interromper a sequência de eventos que desencadeiam danos à retina, na chamada retinopatia diabética.
A descoberta é importante porque pode levar a uma nova terapia que atinge dois mecanismos na origem da doença: a inflamação e o enfraquecimento da barreira sanguínea que protege a membrana ocular.
A retinopatia é a principal causa de cegueira entre norte-americanos na idade adulta. Até agora, os tratamentos deste tipo de doença miravam somente um dos mecanismos da doença.
O dano para a retina é causado, em partes, pela atividade de uma proteína, a VEGF (fator de crescimento vascular endotelial, na tradução para o português), que enfraquece a barreira sanguínea. Remédios recentes que atingem a VEGF exibiram boa resposta para aproximadamente 50% dos pacientes com este tipo de doença.
Mas os pesquisadores acreditam que há também um componente inflamatório que contribui para a evolução do distúrbio. O novo composto atinge a proteína atípica APKC, necessária no processo em que a VEGF enfraquece os vasos sanguíneos.

Estudo aponta elo entre mutação genética e paralisia em crianças



Cura para hemiplegia alternante está mais próxima, dizem cientistas.
Estudo divulgado na 'Nature' envolveu pesquisadores de 13 países.

Do G1, em São Paulo
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Pesquisadores do centro médico da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, descobriram que um raro distúrbio que causa paralisia em crianças, a hemiplegia alternante da infância, está ligado a uma mutação genética. Graças à descoberta, um tratamento pode ser possível no futuro, dizem os cientistas em um estudo publicado neste domingo (29) na revista "Nature Genetics".
O distúrbio começa a atingir crianças antes mesmo dos 18 meses de idade, com manifestações como paralisia ocular, disfunção do sistema nervoso, falta de ar (a chamada dispnéia) e outros efeitos.
Com o tempo, aponta a pesquisa, a tendência é haver imobilidade em um lado do corpo e depois no outro da criança, com intervalos imprevisíveis. O distúrbio aparece esporadicamente, com tendência a não se manifestar em outros membros da família, afirma um dos autores da investigação científica, Eric Heinzen.
Como a doença não se manifesta em pais de crianças com hemiplegia, "nós procuramos por mutações genéticas nas crianças", disse Heinzen. "Comparamos cuidadosamente os genomas de sete pacientes e dos seus pais que não tinham nenhum tipo de distúrbio. Quando encontramos mutações em todas as sete crianças no mesmo gene, nó soubemos que havíamos encontrado a causa do distúrio", disse.
A pesquisa foi feita com a colaboração de fundações nos EUA, Itália e França, incluindo cientistas de 13 países diferentes, para estudar 95 pacientes adicionais. A pesquisa mostrou que 75% das crianças com a doença tinham mutação no mesmo gene.