Academia Equilíbrio

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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Tratamento com aparelho nos dentes melhora a auto-estima e a saúde



Uso de aparelhos ortodônticos ajuda na correção da posição dos dentes.
Dentes saudáveis e alinhados podem melhorar a respiração e até o sono.

Do G1, em São Paulo
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Ter os dentes saudáveis e alinhados não é apenas uma questão de estética, mas também de saúde. Ter um sorriso bonito e uma mordida correta beneficia diversos fatores, como o sono e a respiração. A pessoa também passa a mastigar e a falar adequadamente, além de claro, aumentar a auto-estima e o bem-estar.
Um dos tratamentos utilizados para corrigir a posição dos dentes é o uso dos aparelhos ortodônticos, como mostrou o ortodontista Gustavo Bastos no Bem Estar desta quinta-feira (30). Esses aparelhos, usados para reposicionar os dentes, podem ser colocados em qualquer idade, desde que a pessoa tenha dentes, gengivas e ossos saudáveis.
Arte Aparelho Dentário Bem Estar (Foto: Arte/G1)
Apesar disso, a idade indicada para esse tratamento é entre os 10 e 12 anos de idade, quando o corpo ainda está em fase de crescimento e fica mais fácil para o ortodontista redirecionar o desenvolvimento dos ossos para evitar cirurgias.
Antes de optar pelo uso do aparelho, é importante verificar se o profissional escolhido é um dentista do Conselho Regional de Odontologia e se é especialista em ortodontia. Além disso, é preciso prestar atenção se esse profissional lava as mãos, usa luvas descartáveis e gorro e se mantém os equipamentos limpos.
Como primeira medida, é necessário fazer radiografias, fotos e um estudo sobre como deverão ficar os dentes após o término do tratamento com o aparelho. O ortodontista deve, então, dar uma previsão ao paciente de como será esse processo e de quando ele terminará.
Existem diferentes tipos de aparelhos fixos: metálicos, cerâmicos e os metálicos ou em ouro colocados atrás dos dentes.
Já os tipos removíveis são: feitos em resina para correção ortodôntica ou ortopédica, feitos de plástico para correção ortodôntica ou extra-orais (freios) para correções ortopédicas. No Sistema Único de Saúde (SUS), apenas 40 entre os 907 centros de odontologia já oferecem aparelhos, mas há a promessa de expansão do acesso no sistema público de saúde.
Dentes de leite
O Bem Estar explicou também como crescem os dentes de leite e como fazer a limpeza na boca dos bebês. Segundo a pediatra Ana Escobar, com dois anos e meio, a criança já tem todos os 20 dentes de leite.
O nascimento desses dentes causa coceira, aumentam a produção de saliva e ainda podem causar febre e diarréia. Mordedores molinhos, sem nada dentro, são os melhores para aliviar a coceira porque não machucam a gengiva.
A chupeta também alivia a vontade que a criança tem de colocar objetos na boca e cabe aos pais negociar e administrar o uso dela.
Para limpá-los, a pediatra recomenda utilizar escovas macias próprias para bebês e pastas sem flúor. É preciso também evitar que a criança corra e brinque com a chupeta na boca, e ter cuidado com meias e pisos lisos, que podem aumentar o risco de acidentes e traumas dentários. Caso isso aconteça, é importante procurar um cirurgião dentista em algum pronto-socorro mais próximo.
Entre os 4 e 6 anos, surgem os dentes permanentes e é nessa época que os pais devem observar o crescimento e verificar se o posicionamento é adequado para, no caso, procurar um ortodontista.

Principal uso das células-tronco é para testes, dizem cientistas



Tecnologia aponta erros antes e acelera desenvolvimento de remédios.
Para colunista do G1, 'limite do uso é a criatividade humana'.

Tadeu MeniconiDo G1, em São Paulo
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Quando as células-tronco foram usadas em experimentos pela primeira vez, havia grande expectativa de que elas possibilitassem a criação de diversos órgãos em laboratórios. Os anos se passaram e esse terreno continua promissor, mas a medicina já identificou uma função ainda mais importante para essas células – a capacidade de testar novos medicamentos.
As células-tronco são células em um estágio inicial de desenvolvimento, que têm o potencial para se transformarem em qualquer célula do corpo humano, desde que devidamente estimuladas. Por isso, permitem, teoricamente, a produção de órgãos em laboratórios.
Antes de entrar no mercado, um medicamento precisa ser aprovado em várias fases de testes. Primeiro, a substância é examinada em laboratório, com células isoladas, em plaquetas. O passo seguinte são os testes em animais. Só então esse medicamento pode ser testado em humanos, em três fases separadas, cada vez mais abrangentes.
O processo completo não leva menos de dez anos. Muitas vezes, algum problema é detectado nas etapas finais, e joga por terra todo o investimento. Com as células-tronco, a simulação fica mais precisa já nos primeiros testes, e essa pesquisa fica mais bem direcionada desde o início.
“Tem muitas bibliotecas de drogas altamente complexas. Para testar tudo isso em seres humanos levaria anos. Com células-tronco, você vai descartando o que não deu certo muito rapidamente, então acho que essa é uma etapa onde a gente vai acelerar o processo”, explicou Alysson Muotri, pesquisador da Universidade da Califórnia, em San Diego, nos EUA.
Alysson Muotri (esquerda), Mayana Zatz (centro) e Marcello Fanelli (direita) em debate sobre células-tronco (Foto: Tadeu Meniconi/G1)Alysson Muotri (esquerda), Mayana Zatz (centro) e Marcello Fanelli (direita) em debate sobre células-tronco (Foto: Tadeu Meniconi/G1)
Muotri, que também é colunista do G1, participou nesta quarta-feira (29) de um debate sobre o assunto no Hospital do Câncer A.C. Camargo, em São Paulo. A mesa ainda contou com a participação de Mayana Zatz, professora do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP), uma das principais pesquisadoras do tema no Brasil, e de Marcello Fanelli – diretor de oncologia clínica do A.C. Camargo.
Zatz e Fanelli concordaram que a principal aplicação das células-tronco já é acelerar as pesquisas. “As que derem errado nem vão pro modelo animal”, comentou a professora da USP.
Dificuldades no Brasil
Os pesquisadores reclamaram da dificuldade para encontrar voluntários para os testes clínicos. Nos Estados Unidos, quem se oferece para participar de exames de um novo medicamento recebe uma compensação financeira. No Brasil, isso não é permitido.
Segundo Fanelli, um medicamento desenvolvido no país pode levar até dois anos para ser liberado para testes em humanos. Como existe uma competição internacional, isso pode colocar os cientistas brasileiros em posição de desvantagem em relação à concorrência.
“Se, por um lado, o procedimento é moroso, no outro, é criterioso e coerente”, ponderou Fanelli. Os cientistas relataram casos ocorridos em países como a China, em que médicos cobram por tratamentos ainda não aprovados – o que vai contra a ética das pesquisas –, explorando o desespero de pacientes de doenças ainda sem cura.
Para eles, a legislação brasileira torna o processo lento até por uma questão cultural. “É muito da nossa cultura de achar que tem sempre alguém levando vantagem”, afirmou Alysson Muotri.
No entanto, os cientistas acreditam que é possível melhorar as condições de pesquisa. “O que eu acho é que nós devemos fazer pressão para que isso aconteça”, disse Mayana Zatz.
Os testes clínicos em humanos são um estágio indispensável do desenvolvimento de qualquer medicamento, e por isso não poderiam ser substituídos pelo uso das células-tronco. “Todas as pesquisas são complementares, elas se complementam”, explicou Zatz.
Órgãos
Apesar do destaque dado ao uso das células-tronco em exames, os pesquisadores lembraram que a produção de órgãos artificiais ainda é, sim, um objetivo importante da medicina.
“Vai eliminar a fila de transplante para uma série de órgãos se eles conseguirem usar essa tecnologia”, apontou Muotri, sobre a possibilidade. “Para órgãos como o cérebro, complica, mas para sistemas mais simples, como a bexiga, acho que vai funcionar”, afirmou.
Segundo ele, já há casos de pesquisadores que aplicam as células-tronco até fora da medicina, como na tentativa de salvar espécies em extinção. “O limite do uso é a criatividade humana”, previu.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Cartilha ensina como mulher pode evitar feto sem cérebro na gravidez



Texto lançado por federação médica destaca a importância do ácido fólico.
Suplementação até o 1º trimestre previne anencefalia e espinha aberta.

Luna D'AlamaDo G1, em São Paulo
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Uma cartilha destinada a todas as mulheresdo país que pretendem engravidar e outra para os médicos que devem orientar as pacientes são lançadas nesta quinta-feira (30) pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), durante congresso em São Paulo.
O texto foi baseado em uma orientação do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA.
O objetivo é destacar a importância de as mulheres tomarem suplemento de ácido fólico para evitar até 75% das malformações no tubo neural do feto, como anencefalia – quando o bebê não tem cérebro – e espinha bífida – quando a coluna vertebral não se fecha por completo e a medula fica exposta para fora do corpo. Outro defeito menos comum é a encefalocele, em que a abertura do tubo neural acontece no crânio, deixando uma protuberância na cabeça com líquido e massa cerebral.
Em abril, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por oito votos a dois, que abortar um feto sem cérebro não é crime. A partir daí, a Febrasgo decidiu levantar o tema, na tentativa de impedir que um feto anencéfalo chegue a se formar. Para isso, a entidade propõe que os ginecologistas falem sobre o assunto em qualquer consulta de rotina, como o papanicolaou. Cerca de 3 milhões de folhetos devem ser distribuídos nos consultórios brasileiros.
Ácido fólico (Foto: Febrasgo/Divulgação)Ácido fólico pode evitar até 75% dos defeitos neurais
em fetos na gestação (Foto: Febrasgo/Divulgação)
Segundo o presidente da Comissão de Medicina Fetal da federação, Eduardo da Fonseca, é recomendado que a paciente faça, com supervisão médica, uma suplementação oral de 400 microgramas de ácido fólico por dia, pelo menos um mês antes da gestação e durante os três primeiros meses. Com o objetivo de fixar esse compromisso na cabeça da mulher, alguns ginecologistas já indicam o composto três meses antes.
"A formação do sistema nervoso central do feto ocorre nas primeiras quatro a seis semanas. Então, quando a mulher descobre que está grávida, o cérebro do bebê já está estruturado. A maioria das pacientes chega ao consultório com dois meses", destaca Fonseca.
O médico diz que 58% das brasileiras ainda não planejam a gravidez e, entre as futuras mães que se programam, apenas 10% ingerem ácido fólico, também chamado de vitamina B9. Dessa pequena parcela, só 4% tomam os comprimidos na dosagem correta.
Além da forma sintética, que na opinião dos médicos é mais bem aproveitada pelo organismo, o ácido fólico é encontrado na natureza – em alimentos como milho, trigo, folhas escuras, feijões, fígado, gema de ovo, laranja, abóbora e pêssego – e enriquecido em pães e outros produtos à base de farinha, cuja lei no país também prevê adição de ferro para prevenir anemia.
"Essa substância consumida naturalmente é mal absorvida: apenas 50% dela age no corpo. E, com a vida moderna, a mulher acaba não conseguindo obter isso apenas pela dieta", diz o presidente da comissão da Febrasgo.
Como o ácido fólico age
A vitamina B9 ajuda na multiplicação das células e no DNA do feto, segundo Fonseca. Além disso, tem papel importante na imunidade da mãe e no desenvolvimento da hemoglobina – pigmento vermelho do sangue – e das proteínas estruturais do bebê, como o colágeno (presente na pele e nas cartilagens) e a queratina (nas unhas e cabelos).
Em caso de baixa dosagem, como não tomar os comprimidos corretamente, o ácido fólico não tem efeito. Já em uma situação de superdosagem, acima de 1.000 microgramas por dia, estudos experimentais com camundongos indicam que o bebê pode nascer abaixo do peso, ou seja, com menos de 2,5 kg.
"Pesquisas internacionais apontam que recém-nascidos magrinhos podem se tornar adultos mais propensos a problemas como infarto, AVC, trombose, obesidade, diabetes e síndrome metabólica", enumera o médico.
Incidência do problema e fatores de risco
Segundo a Febrasgo, seis em cada dez mil bebês que nascem no Brasil apresentam algum defeito no tubo neural. Na população geral, essas malformações atingem cerca de 0,1%.
Nos casos de anencefalia, as crianças morrem em 100% das ocorrências, de acordo com Fonseca. Já os pequenos com espinha bífida sobrevivem, mas acabam tendo dificuldade para andar, aprender e controlar a urina e as fezes, entre outras complicações.
Para minimizar os prejuízos da medula exposta, logo após o nascimento é feita uma operação para fechar a abertura. Quando há hidrocefalia – presença de líquido em excesso dentro do crânio –, é feita uma drenagem em direção ao abdômen.
Em 95% das gestações, não há fatores de risco para a mulher ter um bebê assim. Mas existem alguns, que respondem por 5%, como histórico prévio de gravidez de anencéfalo e uso de remédios anticonvulsivantes por pacientes com epilepsia – aí a dose precisa ser mais alta, chegando até 4 miligramas por dia.
Além desses fatores de risco, há obesidade, diabetes tipo 1 e cirurgia de redução de estômago, que diminui o nível de absorção de nutrientes pelo organismo. A idade da mulher não influencia esse tipo de malformação no feto, mas adolescentes costumam se alimentar pior e podem ter mais deficiência de ácido fólico.
Estudos no Brasil
Fonseca, que vive na Paraíba, analisou quase 500 mulheres no Nordeste e observou que cerca de 15% delas usavam ácido fólico como prevenção antes e no início da gravidez.
Outro trabalho, feito em Pernambuco com 125 mil mulheres, mostrou que a inclusão de ácido fólico em farináceos não reduziu os defeitos no tubo neural. Mas, segundo o médico, isso pode ser explicado pelo fato de na região haver um maior consumo de farinhas não industrializadas.
O médico cita, ainda, uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP), realizada no ano passado com 300 mil mulheres, que aponta que a fortificação diminuía entre 35% e 40% os casos de problemas no tubo neural do feto.

Problemas emocionais podem prejudicar funcionamento intestinal



Alterações, como estresse e ansiedade, causam problemas intestinais.
Segurar vontade de ir ao banheiro resseca as fezes e também prejudica.

Do G1, em São Paulo
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Praticar atividades físicas e se alimentar bem traz diversos benefícios para a saúde, inclusive para o funcionamento do intestino. Fora isso, beber água e controlar as emoções também são fatores que ajudam.
O cirurgião do aparelho digestivo Fábio Atui explicou no Bem Estar desta quarta-feira (29) que alterações emocionais, como ansiedade e estresse, podem prejudicar a digestão. O intestino tem cerca de 100 milhões de neurônios conectados ao cérebro e tem relação direta com a sensação de bem-estar, já que 80% da produção de serotonina (hormônio do bem-estar) é produzida por ele.
Arte Digestão Bem Estar (Foto: Arte/G1)
Esse bem-estar pode ser prejudicado pela dificuldade para evacuar. Muitas pessoas se sentem desconfortáveis em ir ao banheiro fora de casa, mas isso pode ser um problema para a saúde.
Em uma enquete feita no site do Bem Estar, 61% dos internautas responderam que se sentem constrangidos em ir ao banheiro fora de casa. Veja o resultado no fim da página.
Mas, é importante saber que ir ao banheiro na hora que aparecer a vontade elimina as fezes do corpo e não as deixam paradas dentro do intestino. Caso essa vontade seja reprimida, as fezes ficam armazenadas até que a vontade venha novamente e elas começam a ficar ressecadas.
A gastroenterologista Luciana Lobato acrescentou que, quando a pessoa inibe a vontade de ir ao banheiro, o reto perde a sensibilidade, o que exige maior quantidade de fezes para que a vontade de evacuar venha novamente.
Esse problema pode começar desde a infância, quando os pais reprimem a criança que faz cocô na calça. Isso pode fazer com que ela acostume a segurar essa vontade e causar problemas no futuro.
Além disso, as meninas são educadas a não falarem sobre esse assunto desde pequenas e isso também prejudica porque elas desenvolvem a vergonha de ir ao banheiro, principalmente no local de trabalho ou na casa dos namorados.
Já os homens podem expressar essa necessidade desde pequenos e não se sentem desconfortáveis. Tanto para eles quanto para as mulheres, os médicos consideram normal ir ao banheiro uma vez a cada 3 dias ou 3 vezes por dia, desde que isso não cause desconforto.
Segundo o cirurgião do aparelho digestivo Fábio Atui, é importante observar os sinais de alerta nas fezes: sangue, cor preta, muco, cheiro diferente e formato de serpentina são alguns fatores. A gastroenterologista Luciana Lobato acrescentou também o emagrecimento rápido, anemia e prisão de ventre em pessoas acima de 50 anos como sinais importantes e de risco para doenças graves.
Digestão
O processo começa na mastigação e termina no intestino grosso, onde o bolo fecal é eliminado. Para ter uma boa digestão, é importante não comer rápido, mastigar bem os alimentos e não tomar muito líquido durante as refeições, principalmente as bebidas doces e com gás. Fora isso, os alimentos gordurosos são mais difíceis de serem digeridos, então os médicos recomendam evitá-los.
A boa digestão ajuda a formar o bolo fecal e é aquela que a pessoa come e não se sente estufada, com gases e pesada. Isso acontece quando ela come alimentos saudáveis, com fibras e pouca gordura, e seu intestino consegue aproveitar os nutrientes.
Confira no vídeo ao lado a íntegra do chat com os especialistas a apresentadora Mariana Ferrão.
A gastroenterologista Luciana Lobato recomenda uma alimentação com verduras, legumes frescos ou cozidos superficialmente e frutas após as refeições.
Segundo ela, as fibras presentes nestes alimentos ajudam a formar o bolo fecal, mas o excesso de fibras pode causar fermentação. A alimentação deve incluir também carboidratos, principalmente os integrais.
Veja abaixo a receita do suco laxativo*:
Ingredientes
- 1 laranja
- 1/4 de mamão
- 1 ou 2 ameixas secas
- 1 colher de chá cheia de farelo de trigo
Modo de preparo
Bata tudo no liquidificador e não coe. Caso ache que o suco está muito grosso, acrescente mais água. Se sentir falta de açúcar, acrescente mel a gosto (que também tem efeito laxativo).

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Músculos fortes e casa organizada ajudam a prevenir lesões e quedas



É preciso ficar atento às armadilhas que podem causar acidentes graves.
Bem Estar desta terça-feira (28) deu dicas para reorganizar o ambiente.

Do G1, em São Paulo
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Situações simples do nosso dia a dia podem ser armadilhas e causar acidentes graves dentro de casa.
Objetos jogados pelo chão, fios soltos pela casa e piso escorregadio são alguns exemplos que podem provocar quedas e lesões graves no corpo.
As principais dicas para evitar esses acidentes são manter a casa organizada e praticar atividade física para fortalecer os músculos e os ossos. Com o corpo fortalecido, a pessoa tem melhor sustentação e equilíbrio e pode se proteger de lesões e quedas.
Para explicar melhor essas dicas, o Bem Estar desta terça-feira (28) recebeu o ortopedista Jorge dos Santos Silva e a terapeuta ocupacional Maria Cândida Luzo.
Arte segurança em casa Bem Estar (Foto: Arte/G1)
Segundo o ortopedista Jorge dos Santos Silva, a maior causa das quedas é quando as pessoas tropeçam em objetos deixados pelo caminho, por isso a importância de deixar o ambiente organizado.
Como a primeira reação ao cair é colocar as mãos no chão, as quedas geralmente causam lesões nos punhos. Para recuperar totalmente essa região, pode levar até seis meses. Outra área que pode ser afetada é perto do ombro.
Mas, se as mãos não conseguire amortecer a queda, o quadril e a coluna podem ser afetados.
No caso do quadril, as lesões mais comuns são na cabeça do fêmur, principalmente em idosos que possuem ossos mais frágeis (decorrência de osteopenia ou osteoporose) e pouco equilíbrio para amortecer as quedas com as mãos ou joelhos.
Já as lesões na coluna demoram para cicatrizar e o paciente precisa ficar imobilizado.
Fora essas três regiões, as quedas podem provocar contusões, escoriações, entorses no tornozelo, fratura de rótula do joelho, além de deixar a pessoa com o medo de cair novamente.
Mas, além da atividade física, os especialistas recomendam também a alimentação rica em cálcio, o que ajuda a manter os músculos e os ossos fortalecidos.
Com os músculos fortalecidos – principalmente os membros inferiores –, o indivíduo tem mais sustentação. Exercícios que movimentam as pernas, como caminhadas, corridas e dança, são uma boa forma de evitar tombos e tropeços e proteger os ossos.
Os idosos são as maiores vítimas das quedas e, segundo um levantamento feito em 2011 pela Secretaria Estadual de Saúde, esses acidentes chegam a matar até 4 idosos por dia no estado de São Paulo. Isso acontece porque, conforme a pessoa envelhece, os ossos ficam mais frágeis e porosos.
Os mais velhos, além de diminuir a ingestão de cálcio e se expor menos ao sol (principal fonte de vitamina D, importante para os ossos), têm os ossos mais quebradiços por conta do processo natural de envelhecimento.
É por essa razão que apresentam mais risco de sofrer um acidente grave em uma queda dentro ou fora de casa. Mas é importante alertar que as quedas podem acontecer em qualquer idade e isso reforça a importância do cuidado com o ambiente e com alguns hábitos.
Segundo a terapeuta ocupacional Maria Cândida Luzo, por exemplo, o ideal é não ter tapetes em casa, principalmente os menores que são mais leves e fáceis de escorregar. Mas, se a pessoa gostar muito desse tipo de decoração, o ideal é usar um antiderrapante por baixo.
Fora isso, utilizar escadas, esconder os fios soltos e deixar a casa iluminada também pode auxiliar na prevenção de acidentes.
São pequenas mudanças no dia a dia que podem fazer grande diferença na saúde da sua família. Em caso de acidente e emergência, é só ligar para o Samu no 192.
Evitar subir nos banquinhos, organizar os objetos e não deixar tapetes soltos pelo chão pode evitar quedas dentro de casa (Foto: Mariana Palma/G1)Evitar subir nos banquinhos, organize os objetos e não deixe tapetes soltos pelo chão para evitar quedas dentro de casa (Foto: Mariana Palma/G1)
Deixar uma luminária perto da cama e esconder os fios também são dicas de segurança (Foto: Mariana Palma/G1)Deixar uma luminária perto da cama e esconder os fios também são dicas de segurança (Foto: Mariana Palma/G1)
No banheiro, o piso molhado e o vaso sem tampa são os maiores vilões; deixar um rodo por perto e fixar o vaso são as soluções (Foto: Mariana Palma/G1)No banheiro, o piso molhado e o vaso sem tampa são os maiores vilões; deixar um rodo por perto e fixar a tampa do vaso são as soluções (Foto: Mariana Palma/G1)
fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2012/08/musculos-fortes-e-casa-organizada-ajudam-prevenir-lesoes-e-quedas.html