Academia Equilíbrio

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sábado, 29 de setembro de 2012

Carinho na infância reduz risco de AVC na vida adulta, diz estudo



Risco é três vezes maior em quem sofreu maus tratos quando criança.
Pesquisa foi feita com pessoas acima de 55 anos.

Do G1, em São Paulo
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Um estudo publicado nesta quarta-feira (19) nos Estados Unidos aponta que a falta de carinho durante a infância pode resultar em um maior risco de acidentes vasculares cerebrais (AVCs) na fase adulta.
Anteriormente, estudos já comprovavam a relação entre a chamada “negligência emocional” e uma série de distúrbios psicológicos. No entanto, havia poucos dados sobre a influência que ela pode ter sobre o AVC, que acontece quando o sangue é bloqueado em algum vaso sanguíneo dentro do cérebro.
O estudo se baseou em entrevistas com mais de mil participantes acima de 55 anos que responderam a perguntas sobre suas infâncias. Eles disseram se se sentiam amados ou não por seus responsáveis, se eram submetidos a intimidação e se eram castigados violentamente. Também foram incluídas questões sobre divórcio e problemas financeiros na infância.
Nos mais de três anos que sucederam as entrevistas, 257 participantes faleceram, e 192 deles passaram por autópsias em busca de sinais de AVC.
O estudo concluiu que o risco de AVC foi quase três vezes maior entre as pessoas que receberam menos afeto na infância. Os autores chegaram a esse resultado levando em conta fatores de risco comprovados para o AVC, como diabetes, atividade física, fumo, ansiedade e problemas cardíacos.
Embora os participantes selecionados não tivessem nenhum diagnóstico de demência, a metodologia depende da memória de cada um, que pode falhar. A pesquisa foi liderada por Robert Wilson, da Universidade Rush, em Chicago, nos EUA, e publicada pela revista “Neurology”.

Brasil ainda está longe do número ideal de transplantes, diz associação



Meta é ter 30 doadores para cada milhão de habitantes; país tem 12,8.
'Não se cresce por decreto, é devagar', afirma presidente da ABTO.

Tadeu MeniconiDo G1 em Brasília* e em São Paulo
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Unidade da FederaçãoTransplantes em 2011Transplantes em 2012Variação
AC3341033%
AL5941-31%
AM35111217%
BA15725160%
CE5655854%
DF18933376%
ES19921810%
GO36458260%
MA799115%
MG9731.09713%
MS8710521%
MT126105-17%
PA83169104%
PB9939-61%
PE44076774%
PI9311726%
PR8819376%
RJ35948134%
RN1531679%
RS801777-3%
SC4074418%
SE498573%
SP4.7044.7541%
Brasil10.90512.28712,67%
Fonte:Ministério da Saúde  
Apesar do crescimento de 12,7% no número de transplantes de órgãos anunciado nesta quinta-feira (27), o Brasil ainda está longe do número considerado ideal por especialistas na área.
Médicos que trabalham com transplantes consideram um objetivo a ser atingido o número 30 doadores para cada milhão de habitantes – o que, no mundo, apenas a Espanha atinge. No Brasil, foram 12,8 doadores para cada milhão no primeiro semestre de 2012.
“Nós não estabelecemos uma meta escrita, é uma meta consensual”, disse o nefrologista José Medina Pestana, presidente da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO). “É o máximo que se alcança. Depois disso, a tendência é até diminuir. Nos EUA, o número é o mesmo há dez anos”, completou.
Na visão do especialista, o Brasil ainda levaria "pelo menos dez anos" para se aproximar dos valores ideais. “O Brasil está crescendo 10% a 15% ao ano. Não se cresce por decreto, é devagar”, afirmou Medina.
Segundo ele, o país faz hoje aproximadamente metade dos transplantes da América Latina e tem números semelhantes aos de países como Chile, Uruguai e Argentina. No panorama mundial, o Brasil fica entre os 20 mais eficazes do mundo em número por milhão de habitantes, ainda segundo o presidente da ABTO – que é uma sociedade médica e sem fins lucrativos.
Estados em queda
Apesar do aumento nacional, quatro estados registraram queda no número de transplantes feitos nos primeiros seis meses do ano, em comparação com 2011: Alagoas, Mato Grosso, Paraíba e Rio Grande do Sul.
Segundo dados do Ministério da Saúde repassados ao G1, a Paraíba teve redução de 61%. Já Alagoas registrou queda de 31% nos transplantes. Mato Grosso fez 17% menos transplantes em comparação com 2011. O Rio Grande do Sul teve redução de 3%.
São Paulo e Ceará registraram leve aumento no número de transplantes – respectivamente 1% e 4%, respectivamente. Amapá, Rondônia, Roraima e Tocantins não realizam transplantes, segundo o Ministério da Saúde, e por isso não constam no quadro ao lado.
Para Medina, variações de até 10%, tanto para mais quanto para menos, devem ser encaradas como normais. Por isso, mesmo com a queda de 3%, a situação do Rio Grande no Sul preocupa menos que a de outros estados que tiveram alta como, por exemplo, a Bahia, que cresceu 60%. Com uma população maior do que a gaúcha, o estado nordestino fez menos de um terço das operações.
Nos estados com maior variação, como a Paraíba, a queda pode ser explicada por detalhes, como, por exemplo, a troca na coordenação no programa de transplantes, aponta Medina. O presidente da ABTO enfatizou que a Paraíba é um estado pequeno – com 3,7 milhões de habitantes – e que alterações de poucos números podem ter grande impacto percentualmente.
Por isso, é mais importante observar dados como a série histórica, e o Brasil tem registrado crescimento ano após ano.
Ao todo, entre janeiro e junho deste ano, foram feitos 12.287 transplantes no Brasil, contra 10.905 no mesmo intervalo de 2011. Entre o primeiro semestre do ano passado e o de 2010, foi registrado um acréscimo de 10% nessas cirurgias.
Segundo o Ministério da Saúde, no ano passado, a pasta considerava os transplantes autólogos (a partir da médula do próprio paciente). Neste ano, o levantamento só considerou o transplante de órgãos de outros pacientes.
Condições
O rim é o órgão que deixa mais pacientes na fila – são 19 mil brasileiros à espera desse transplante. O volume pode ser explicado tanto pela disponibilidade do órgão quanto pela recorrência das doenças que o atingem.
A insuficiência renal pode ser provocada por problemas como a diabetes, a pressão alta e por doenças específicas do rim. “No Brasil, as doenças renais propriamente ditas ainda são a maior causa de transplantes, enquanto nos EUA é a diabetes”, explicou o nefrologista Agenor Stallini Ferraz, coordenador da Central de Transplantes do Estado de São Paulo.
Além da questão da alta incidência dessas doenças, é mais difícil encontrar um rim em bom estado. “Qualquer um que morre pode doar córnea, mas o rim não. Menos de 10% têm o rim aproveitável”, explicou Medina, da ABTO.
O transplante a partir de um cadáver só é feito quando a pessoa morre por algum trauma craniano – como um acidente de trânsito – ou por acidente vascular cerebral (AVC). Não existe uma idade limite, mas o órgão só pode ser doado se estiver comprovadamente em bom estado.
A doação depende da autorização da família. Por isso, quem quiser ser doador, deve avisar os familiares sempre. “Sempre que ela (a família) nega, é porque o indivíduo não falou em vida. Quando ele (o doador) deixa claro que quer doar, é até um conforto para a família”, apontou Medina.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Um terço dos usuários de academias são idosos, calcula associação



Dentista de 80 anos malha 3 vezes por semana e mantém peso de jovem.
Especialistas dão dicas para se exercitar sem ter dor ou piorar problemas.

Luna D'AlamaDo G1, em São Paulo
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Muitos brasileiros têm passado dos 60 anos com um ritmo diário de exercícios físicos de dar inveja a jovens e adultos sedentários. Segundo um levantamento da Associação Brasileira de Academias (Acad), os idosos já são responsáveis por um terço das matrículas no país.
Esse número é equivalente a 1,8 milhão de alunos - há dez anos não passava de 300 mil.
Em Santos, no litoral sul de São Paulo, o dentista João Henrique de Mesquita, de 80 anos, é um exemplo dessa disposição há 62 anos, quando começou a malhar.
Além de fazer musculação três vezes por semana, o profissional – que ainda não pensa na aposentadoria – se mantém ativo com aulas de natação, surfe, kitesurf, caminhadas e corridas na praia.
João academia (Foto: Arquivo pessoal)João Henrique de Mesquita, de 80 anos, frequenta a academia três vezes por semana (Foto: Arquivo pessoal)
"Mantenho o peso desde os 18 anos: 70 kg em 1,76 m. Não sinto dor, não tenho colesterol alto, nada. Sempre me cuidei e tive uma alimentação saudável, e nunca malhei para ficar forte, com braço e peitoral. Isso tudo é consequência", diz Mesquita.
Segundo ele, é possível reconhecer quem não faz atividade física regular só de olhar na rua, pelo andar cansado. Mas o dentista destaca também que os exageros são tão prejudiciais quanto a falta de exercícios, e cita ex-atletas que se desgastaram e sentem dores após anos de treinamento intensivo.
"Amigos meus extrapolaram e tiveram que parar, por causa de lesões, problemas nas articulações e até rompimento do bíceps. O excesso em tudo é ruim", afirma o santista.
João praia (Foto: Arquivo pessoal)Em imagem de 2004, dentista de Santos aparece
após aula de surfe na praia (Foto: Arquivo pessoal)
E os idosos não querem apenas aulas de baixo impacto, como hidroginástica, alongamento e pilates. Procuram diversificar as modalidades e também ter um gasto calórico alto, para manter a forma.
É o caso da dona de casa paulistana Terezinha Jorge, de 63 anos, que faz natação e hidroginástica duas vezes por semana, musculação e esteira na academia do prédio há um ano, e corridas no parque com um personal trainer, para fortalecer o corpo.
"Sempre me exercitei, faço natação há 30 anos e gosto muito do estilo borboleta, que todo mundo acha pesado. Nado entre 1.000 e 1.200 metros em 45 minutos", revela.
Terezinha conta que é "caxias" e não falta a nenhuma aula, mesmo não gostando muito de musculação. Já o personal, segundo ela, é um incentivo a mais, pois, se não tiver ninguém do lado, acaba não tendo ânimo para se mexer.
Durante a menopausa, a dona de casa diz que passou por um período de pré-diabetes, hipertensão, colesterol e triglicérides altos – que já baixaram.
"Para controlar a alimentação, estou consultando uma nutricionista, porque gosto muito de comida salgada", revela.
Terezinha academia (Foto: Arquivo pessoal)Terezinha Jorge, de 63 anos, faz esteira na academia do prédio onde mora, em SP (Foto: Arquivo pessoal)
Avaliação médica
Para que a atividade na terceira idade seja prazerosa e não provoque dores, o ortopedista Erick Murata, que atua em São Paulo, destaca alguns cuidados. Para quem tem problemas na coluna ou nas articulações, como artrose no quadril, joelho ou tornozelo, o ideal é mesmo fazer exercícios mais leves, de baixo impacto, como alongamento, hidroginástica, natação, esteira e musculação – com menos carga e mais repetições.
"A pessoa não pode sofrer, precisa ter condição física, ortopédica e também força de vontade", enumera.
BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA NA TERCEIRA IDADE
1. Melhora o equilíbrio e a flexibilidade
2. Aumenta os reflexos e a velocidade
3. Melhora a autoestima e a independência
4. Contribui para a manutenção da densidade óssea e o aumento da massa muscular
5. Ajuda a combater a insônia e a depressão
6. Diminui o peso, a pressão arterial, os níveis, de os níveis de glicose, colesterol, triglicérides e os batimentos cardíacos (poupando o coração)
O médico reforça a importância de fazer uma avaliação geral antes de sair do sedentarismo, principalmente para ver as condições cardiovasculares, a pressão arterial e a capacidade respiratória.
"Se o paciente estiver bem, pode começar no dia seguinte. É recomendado fazer o check-up antes do início e a cada seis meses, ou assim que tiver alguma alteração, como falta de ar, dor no peito ou tontura", cita.
Murata ressalta que a musculação também pode trazer benefícios aos ossos, por prevenir a osteoporose ou evitar que um estágio anterior da doença avance. Segundo o ortopedista, a partir dos 45 anos, a mulher tem uma perda de massa óssea de até 1% por ano, enquanto o homem tem um desgaste anual de 0,3% a 0,5% a partir dos 50 anos.
Além disso, é indicado usar um tênis de boa qualidade. Se o indivíduo tiver preparo e não sofrer nenhuma doença, pode atingir o nível de um jovem.
A pessoa não pode sofrer na atividade, precisa ter condição física, ortopédica e também força de vontade"
Erick Murata,
ortopedista
"Tudo é questão de treino e condicionamento. E o exercício também aumenta o convívio social e melhora o humor dos praticantes", diz.
Preparação física
Na opinião do preparador Alcides Sousa da Silva, que trabalha em uma academia em São Paulo e também como personal trainer, os idosos precisam de um treino individualizado, com base no histórico clínico, para saber se há algum limite e evitar eventuais abusos.
"Assim, dá para fazer todo dia, e sempre algo diferente", enfatiza Silva, que tem 20 alunos nessa faixa entre os 110 para os quais dá aula.

Dor de cabeça e sensibilidade à luz podem indicar problemas de visão



Defeitos ocorrem em qualquer idade e sinais alertam para o uso de óculos.
Aproximar os olhos para ler e olhos vermelhos também indicam problemas.

Do G1, em São Paulo
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Problemas de visão podem acontecer em qualquer idade e é importante ficar atento aos sinais que o corpo dá que podem indicar a necessidade do uso de óculos, como por exemplo a dor de cabeça e a sensibilidade à luz.
Além desses sinais, olhos vermelhos, aproximar os olhos para ler ou apertá-los para focalizar objetos também servem como alerta.
Algumas pessoas, por exemplo, passam anos lutando contra a dor de cabeça e descobrem depois de muito tempo que o uso de óculos já resolveria o problema. Essa dor de cabeça acontece por causa do esforço para enxergar e pode ser sinal de hipermetropia nas crianças ou miopia nos adolescentes, como explicaram o oftalmologista Samir Bechara e a pediatra Ana Escobar no Bem Estar desta quinta-feira (27).
Visão (Foto: Arte/G1)
Já a sensibilidade à luz, também conhecida como fotofobia, acontece principalmente com quem tem astigmatismo, por causa do formato da córnea.
Ou seja, a luz entra e se dispersa na retina, dificultando o foco e causando incômodo. Para evitar isso, é recomendável utilizar o computador ou o celular com a luz não muito mais clara do que a luz ambiente para não agredir a pupila.
É impossível evitar o aparecimento de miopia, astigmatismo ou hipermetropia. Mas usar os computadores em ambientes claros ou com a luz fraca deve ser uma prática adotada desde criança para evitar alguns incômodos.
Nessa fase, inclusive, são os pais ou professores que costumam perceber a dificuldade da criança para enxergar. O erro de refração mais comum nessa época é a hipermetropia, que dificulta a visão de perto.
Algumas crianças não precisam usar óculos porque conseguem compensar a falta de visão e, em alguns casos, a hipermetropia pode até diminuir com o crescimento.
De qualquer maneira, os médicos recomendam que a visita ao oftalmologista seja feita a partir de qualquer queixa ou sinal de alerta. Mesmo quando não há nenhum sinal, consultar um médico não deve passar dos 3 ou 4 anos. 
Na adolescência, os problemas mais comuns são a miopia e o astigmatismo. Além dos fatores genéticos, há também o crescimento do corpo e dos olhos que podem contribuir para o desenvolvimento desses defeitos de visão.
Segundo o oftalmologista Samir Bechara, estima-se que entre 20% e 30% dos adolescentes precisem de óculos. Alguns optam pelas lentes, mas elas podem causar irritação nos olhos.
Já as pessoas com mais de 40 anos costumam ter a vista cansada ou um problema chamado presbiopia, que também dificulta a visão de perto. A vista cansada acontece porque a lente dos olhos, o cristalino, vai perdendo a capacidade de foco ao longo da vida. No caso da presbiopia, existem dois tipos de cirurgia de correção: com laser ou com implante de lentes.
Seja qual for o problema, é importante sempre procurar o médico para avaliar.
Algumas pessoas não usam óculos porque não gostam e, segundo o oftalmologista Samir Bechara, isso não altera o grau dos defeitos de visão.
Os óculos devem ser usados para deixar a visão confortável e reduzir os incômodos.
Alimentação
Para melhorar a saúde dos olhos, os médicos mostraram que a alimentação também pode fazer diferença. Alguns estudos mostram que o consumo de grandes quantidades de frutos e vegetais ricos em luteína reduz o risco de degeneração macular e também protege os olhos de lesões provocadas pelos raios solares. Ou seja, alimentos como milho, abóbora, espinafre e brócolis são benéficos.
No entanto, alimentos ricos em ômega 3, ômega 6, sais minerais e vitamina C também são bons porque são antioxidantes, melhoram a produção de lágrima e beneficiam a saúde da retina.
Consumir peixes, frutas, tomate e cenoura pode já garantir alguns desses benefícios.