Academia Equilíbrio

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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Dieta rica em frutas, vegetais e fibras diminui risco de câncer colorretal



Esses alimentos fazem bem para o intestino e protegem contra os tumores.
Linguiça defumada, salsicha, enlatados e carnes gordas são prejudiciais.

Do G1, em São Paulo
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O câncer colorretal, no intestino, é o terceiro tipo mais comum no mundo e pode atingir tanto homens como as mulheres.
O risco é maior para pessoas com histórico familiar da doença, mas maus hábitos alimentares podem antecipar o surgimento desse tumor ou até mesmo provocar o câncer em pessoas que não têm predisposição genética.
No Bem Estar desta terça-feira (30), o cirurgião do aparelho digestivo Fábio Atui explicou que uma alimentação rica em frutas, vegetais, fibras (cereais) e carnes magras (peixe e frango) é essencial para a prevenção do câncer colorretal.
Segundo o Inca, 60% dos casos desses cânceres acontecem em regiões onde há maior consumo de alimentos industrializados. Ou seja, dieta rica em gorduras, embutidos, defumados e corantes contribui para o surgimento da doença. Além da má alimentação, o fumo, excesso de bebidas alcoólicas e obesidade também aumentam o risco.
iNTESTINO  (Foto: Arte/G1)
Segundo o cirurgião do aparelho digestivo Raul Cutait, o câncer colorretal, em seu estágio inicial, é considerado de bom prognóstico. Por isso, é importante ficar atento aos sinais de alerta para detectar a doença o quanto antes.
Por exemplo, mudanças no funcionamento intestinal (diarreia ou intestino preso, sensação de evacuação incompleta), sangue ou muco nas fezes, anemia, emagrecimento rápido, fraqueza e vontade "falsa" de ir ao banheiro são sintomas geralmente relacionados ao tumor no cólon ou reto.
É importante, portanto, diagnosticar o câncer o quanto antes para que a chance de cura seja ainda maior. De acordo com o cirurgião Fábio Atui, esse tumor começa como uma pequena verruga e, nesse começo, é essencial que se inicie o tratamento para evitar que o câncer se desenvolva.
Para rastrear ou identificar pólipos ou tumores no intestino, existem dois exames.
O primeiro detecta se há presença de sangue oculto nas fezes. Já o segundo é a colonoscopia (veja como é realizado o exame no vídeo ao lado), feita com um tubo flexível com uma câmera na ponta, que permite a visualização de toda a região do cólon.
Esses exames são indicados principalmente para pessoas com mais de 50 anos, para quem sente algum dos sinais de alerta e também para pessoas com parentes que já tiveram a doença.
Veja abaixo uma receita de suco laxativo que ajuda a soltar o intestino*:
Ingredientes
- 1 laranja
- 1/4 de mamão
- 1 ou 2 ameixas secas
- 1 colher de chá cheia de farelo de trigo
Modo de preparo
Bata tudo no liquidificador e não coe. Caso ache que o suco está muito grosso, acrescente mais água. Se sentir falta de açúcar, acrescente mel a gosto (que também tem efeito laxativo).
*Sugestão da nutricionista Ana Cláudia Lourenção
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terça-feira, 30 de outubro de 2012

'Atlas' da ONU mostra os riscos para a saúde relacionados ao clima



Mapas e ilustrações mostram riscos das mudanças climáticas às pessoas.
Malária, diarreia, meningite e dengue são doenças que pioram com o calor.

Da AFP
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Duas agências da Organização das Nações Unidas (ONU) apresentaram esta semana um "atlas da saúde e do clima", instrumento destinado a ilustrar com mapas quais são os riscos para a saúde em caso de mudanças climáticas ou condições meteorológicas extremas.
"Um mapa vale 1.000 palavras", declarou a diretora geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, Ao lado do secretário geral da Organização Meteorológica Mundial (OMM), Michel Jarraud.
Esse documento científico, que será publicado em todos os idiomas da ONU, apresenta gráficos, mapas geográficos e meteorológicos distribuídos em 50 páginas, além de ilustrações de várias doenças relacionadas ao clima, como malária, diarreia, meningite, dengue.
Atlas OMS (Foto: OMS/Divulgação)Atlas reúne 50 páginas de mapas, gráficos e ilustrações sobre doenças e clima (Foto: OMS/Divulgação)
Esse atlas, afirmou Margaret, pode ser usado como um guia para ajudar os tomadores de decisão a prevenir algumas doenças relacionadas ao clima. A diretora da OMS citou como exemplo os países da África Subsaariana, afetados anualmente por ventos quentes que transportam o vírus da meningite.
"Se soubermos com antecedência quando chegam esses ventos, isso nos permitirá lançar alertas e iniciar campanhas de vacinação prévias", declarou Margaret.
Já Jarraud destacou que as fortes ondas de calor pelo mundo, como a experimentada na Rússia pela primeira vez há dois anos, podem ocorrer a cada 5 ou 10 anos até o fim do século. Segundo ele, é importante prevenir principalmente as pessoas idosas, que segundo as previsões da OMS serão maioria até 2050.
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Casos de raiva fazem população de São Luís temer cães de rua



Cidade maranhense é a capital brasileira que registra índice mais elevado da doença; causa estaria ligada à alta presença de animais soltos.

Da BBC
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Raiva humana (Foto: bbc)População de São Luís convive com cães nas ruas
e teme que animais transmitam a raiva (Foto: bbc)
Em julho, duas pessoas morreram em São Luís vitimadas pela raiva humana. A repercussão negativa das mortes chamou a atenção para um dado que grande parte da população brasileira ignorava: dos 70 casos registrados no país em 2011, 55 ocorreram no Maranhão, a maioria na capital.
Alarmados, os moradores passaram a pressionar as autoridades, cobrando o recolhimento de milhares de cães e gatos abandonados nas ruas da cidade, tidos como os grandes responsáveis pelo avanço da doença.
A alta concentração de animais soltos nas ruas de São Luís é uma característica da capital maranhense há anos. Não se trata de um fenômeno que aflige apenas as regiões da periferia, embora nelas o contingente de animais, principalmente cães, obrigue a população a disputar espaço com eles nas ruas.
Nas feiras e nos mercados populares da cidade, a situação beira o caos. Animais que aguardam por restos de alimentos atacam constantemente as pessoas.
Campanha de vacinação
A raiva é uma doença típica de cães e gatos, que pode ser transmitida aos homens – considerada, portanto, uma zoonose. O vírus causador da doença é mortal tanto em humanos quanto em animais.
Embora São Luís tenha um alto contingente de bichos abandonados nas ruas, as campanhas de vacinação e recolhimento deles não vinham sendo feitas regularmente até o registro das mortes, quando as autoridades sanitárias iniciaram uma ação em agosto para vacinar tanto os animais soltos nas ruas quanto os domésticos.
Só este ano, foram registrados mais de 20 casos de raiva animal em São Luís. Com o início da campanha, a Secretaria de Vigilância em Saúde montou postos de vacinação em vários pontos da cidade, mas na periferia e na zona rural, onde as mortes de duas pessoas foram registradas, os moradores reclamam da ausência de uma ação verdadeiramente efetiva para impedir o avanço da doença.
Um homem que vive no bairro do Tibiri, indentificado apenas como Alexandre, chama a atenção para o fato de que os cães de rua não foram vacinados: ''Não se vê nas ruas nenhuma movimentação para recolher tantos cachorros que vagam por aí. A gente é obrigado a andar com medo de ser atacado pelos animais, porque nunca se sabe se eles podem estar com a doença''.
Outros moradores dizem que os postos de vacinação não dão conta das demandas da população, uma vez que a maioria dos moradores sente dificuldades para se deslocar até eles.
Lilian Nascimento, moradora do bairro São Raimundo, na zona rural, afirma que não levou seu animal para se vacinar justamente por causa da distância dos postos. ''Eles abriram um posto de vacinação muito longe da minha casa, e o prazo para levar os animais era de apenas um dia. Acho que o posto deveria abrir toda semana, ou então a prefeitura deveria passar na casa das pessoas''.
A moradora Mayana Nunes conta ter levado sua gata para vacinar, mas diz que ''o problema são os cães de rua. Ninguém toma uma providência para tirar tantos bichos abandonados. Eles sujam as ruas e muitos estão doentes. Tem gente morrendo dessa doença por causa disso".
Estrutura pequena
Procurado para dar informações a respeito das reclamações dos moradores, o secretário-adjunto de Vigilância em Saúde do Maranhão, Alberto Carneiro, diz que, segundo os relatórios encaminhados pelo Setor de Zoonoses da Prefeitura de São Luís, este ano foram vacinados 108 mil cães e 27 mil gatos.
No bairro do Tibiri, região onde foi constatado um caso de raiva, a Prefeitura diz ter vacinado 1.354 animais.
Apesar da quantidade cães e gatos vacinados, o município tem um número reduzido de equipes de apreensão. Apenas 1.142 aninais foram recolhidos até o momento, graças a três viaturas equipadas com carrocinha.
Segundo Carneiro, ''a localização dos postos foi feita de modo a atingir as metas pactuadas, e a Secretaria Adjunta de Vigilância em Saúde tem supervisionado a execução desses trabalhos, principalmente no que diz respeito à captura de cães e gatos não domiciliados''.
Lígia Teixeira, de 35 anos, é natural de São Luís e é autora de um blog que reúne textos sobre a situação social e a política da capital maranhense.
Este texto integra o Palanque BBC, uma série da BBC Brasil com textos assinados por blogueiros de diferentes capitais brasileiras sobre os problemas que afetam essas cidades.

Acender a luz, tomar banho e fazer exercício de manhã ajudam a acordar



Especialistas deram dicas para se adaptar melhor ao horário de verão.
Dois hormônios, a melatonina e a leptina, regulam o sono e a fome à noite.

Do G1, em São Paulo
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Ter preguiça ao levantar da cama, principalmente nos quatro meses de horário de verão, é um problema que atinge muitos brasileiros. As pessoas ficam enrolando na cama e colocando o despertador no modo "soneca" para dormir mais 5 minutinhos, até serem obrigadas a despertar.
Segundo o especialista em biologia do sono Marco Túlio de Mello e os endocrinologistas Alfredo Halpern e Bruno Halpern, adotar alguns hábitos pode ajudar a ter mais disposição para dormir e também para acordar. Uma boa forma de levantar com mais energia é abrir as cortinas ou acender as luzes, tomar um banho e fazer atividade física de manhã.
Com isso, a temperatura do corpo aumenta e a produção de melatonina, o hormônio do sono, é freada. Tanto a melatonina quanto o relógio biológico de cada um são controlados pela glândula pineal, localizada no cérebro.
De acordo com os médicos, o horário de verão altera a fabricação de melatonina no corpo. Isso acontece porque o hormônio usa como informação a luz externa e a temperatura corporal.
Conforme você passa a acordar uma hora mais cedo, o sol "nasce" uma hora mais tarde e "se põe" uma hora depois também. Isso retarda a produção de melatonina e, para ajustar essa uma hora, é preciso tempo, pois o corpo não se adapta de uma vez só. A regulação, segundo os especialistas, pode levar de três a dez dias.
Um estudo publicado na revista científica "The New England Journal of Medicine" apresentou os riscos do horário de verão no trânsito. Segundo um levantamento feito entre 1991 e 1992 no Canadá, o número de acidentes na semana seguinte à mudança cresceu 8%.
A conclusão da pesquisa é de que, ao perder uma hora de sono, você aumenta em 8% a chance de bater o carro nos dias subsequentes, quando seu corpo ainda está se acostumando com o novo horário.
Sono (Foto: Arte/G1)
Um grupo de pessoas sofre ainda mais com essas alterações no relógio biológico. São os chamados "noturnos", cujo corpo é programado para acordar por volta das 10 horas da manhã e ir para a cama às 2h da madrugada. Por motivos socioeconômicos, porém, esses indivíduos são obrigados a acordar mais cedo (cerca de 7h) e, consequentemente, dormir antes (até as 23h). O resultado é uma dificuldade enorme para pegar no sono e também para levantar.
Esse "jet lag social" é um fator de risco para doenças como obesidade, depressão, tabagismo e alcoolismo. Isso porque, nessas pessoas, a melatonina é produzida em um ritmo diferente.
A dica dos especialistas para quem é "noturno" é acender todas as luzes ao acordar e apagá-las pouco antes de dormir, para que o núcleo do relógio biológico se sincronize com o de indivíduos "normais".
A leptina, hormônio que regula o apetite e diminui a fome, é inseparável da melatonina. Pelo fato de ele subir à noite, impede as pessoas de acordarem durante o sono para comer – algumas, porém, têm distúrbios e acabam "assaltando" a geladeira de madrugada.
Segundo os médicos, pessoas obesas têm menos melatonina. Isso porque a doença desativa as vias de comunicação no cérebro, o que faz com que o hormônio do sono tenha mais barreiras para ser produzido.
Com menos melatonina no corpo, esses pacientes terão mais dificuldade para dormir e poderão sentir mais fome. O hormônio do sono também tende a diminuir com a idade, principalmente depois dos 50 anos.
Além disso, indivíduos depressivos são outro grupo que tem menos melatonina. Até hoje, os médicos não sabem se esse fato é causa ou consequência da condição psiquiátrica. A questão é que essas pessoas acabam dormindo mal e são mais irritadiças pela falta do hormônio do sono.
Venda de melatonina
Embora muita gente use melatonina para melhorar a qualidade do sono, o produto ainda tem venda proibida no Brasil. Um pedido de comercialização foi feito em 2000 e outro reencaminhado em 2003, mas as solicitações foram negadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) por "inconformidades".
De lá para cá, muitas pessoas têm trazido melatonina de países onde a venda é liberada e feita sem receita médica, como os EUA. Lá, o produto é considerado um suplemento.
Espasmos à noite
Existem vários tipos de espasmos durante o sono, como o bruxismo e a síndrome das pernas inquietas, uma deficiência de dopamina, neurotransmissor que tem função de relaxante muscular.
Há também o espasmo geral, um movimento combinado das pernas e dos braços, que é mais raro e mais grave. O problema pode estar relacionado a terror noturno ou a algum evento na fase mais profunda do sono, a REM. A disfunção dessa relação entre músculos e o cérebro pode provocar os espasmos.

Cientistas britânicos criam exame barato para detectar câncer e Aids



Protótipo de teste detecta vírus até em pequena quantidade no corpo e sinais de câncer.

Da BBC
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Exame de sangue rápido e barato detecta a presença de vírus e doenças (Foto: Getty Images/BBC)Exame de sangue rápido e barato detecta a
presença de vírus e doenças
(Foto: Getty Images/BBC)
Pesquisadores britânicos desenvolveram um novo exame mais barato que pode detectar diferentes vírus e também alguns tipos de câncer.
O exame ainda é um protótipo e revela a presença de uma doença ou de um vírus -- mesmo em pequena quantidade no corpo -- usando um sistema de cores. Um químico desenvolvido pelos cientistas muda de cor quando entra em contato com o sangue do paciente.
Se um determinado componente da doença ou vírus estiver presente, o reagente químico fica azul. Caso não haja doença ou vírus, o líquido fica vermelho.
A pesquisa do Imperial College de Londres foi divulgada na revista especializada "Nature Nanotechnology".
HIV e câncer de próstata
Molly Stevens, do Imperial College, disse à BBC que o novo método "deve ser usado quando a presença de uma molécula-alvo em uma concentração ultrabaixa possa melhorar o diagnóstico da doença".
"Por exemplo, é importante detectar algumas moléculas em concentrações ultrabaixas para verificar a reincidência de câncer depois da retirada de um tumor".
"Também pode ajudar no diagnóstico de pacientes infectados com o vírus HIV cujas cargas virais são baixas demais para serem detectadas com os métodos atuais", acrescentou.
Os primeiros testes do novo exame mostraram a presença dos marcadores para HIV e câncer de próstata. No entanto, serão necessários testes mais amplos antes que o novo exame possa ser usado.
Os pesquisadores do Imperial College de Londres esperam que o novo exame custe dez vezes menos que os exames já disponíveis e, segundo eles, isto será importante em países onde as únicas opções de exames para HIV e câncer são muito caras.
"Este exame pode ser significativamente mais barato (...), o que pode abrir caminho para um uso maior de exames de HIV em regiões mais pobres do mundo", afirmou Roberto de la Rica, pesquisador que participou o desenvolvimento do novo exame.