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segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Apenas pacientes graves devem fazer exame para novo vírus, diz OMS



Até agora, somente dois casos foram confirmados; homem saudita morreu.
'Coronavírus' é da família da Sars, que matou 800 pessoas de 2002 a 2003.

Da Reuters
Médicos só devem fazer testes para a detecção de um novo vírus se os pacientes internados com infecção respiratória estiverem muito doentes, tiverem passado pelo Catar ou pela Arábia Saudita e tido resultado negativo em exames de formas comuns de pneumonia e infecções, informou neste sábado (29) a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O novo vírus recém-descoberto, da mesma família da Sars (síndrome respiratória aguda grave, na sigla em inglês), foi confirmado, até agora, em apenas dois casos em todo o mundo: um homem saudita, de 60 anos, que morreu por causa da infecção, e outro homem de 49 anos do Catar, que está internado em estado grave em um hospital de Londres.
Novo vírus descoberto no Reino Unido pode ser transmitido por morcegos (Foto: AP Photo/Jake Schoellkopf/Arquivo)Novo vírus descoberto no Reino Unido pode ser transmitido por morcegos (Foto: Jake Schoellkopf/Arquivo AP)
Em uma orientação atualizada, divulgada seis dias após emitir um alerta global sobre o novo vírus, a OMS disse que casos suspeitos devem ser estritamente definidos, a fim de limitar a necessidade de testar pessoas com sintomas mais leves.
Mas o órgão acrescentou que qualquer indivíduo que tenha estado em contato direto com um caso confirmado e que tenha tido febre ou problemas respiratórios deve fazer exames.
A OMS também destacou em comunicado que a nova definição tem o objetivo de "garantir uma identificação e investigação apropriada e eficaz dos pacientes que podem estar infectados com o vírus, sem sobrecarregar o sistema de saúde com exames desnecessários".
A agência de saúde da ONU disse no domingo passado que um novo vírus havia infectado um homem do Catar, que tinha viajado recentemente para a Arábia Saudita, onde morreu outro homem com um vírus quase idêntico.
O vírus é de uma família chamada coronavirus, que também inclui os micro-organismos que causam o resfriado comum e a Sars, que surgiu na China em 2002 e matou até 2003 10% das 8 mil pessoas infectadas em todo o mundo.
Cuidados intensivos
Uma porta-voz da Agência de Proteção à Saúde britânica, onde os cientistas estão analisando amostras do homem do Catar, encontraram uma compatibilidade com o caso fatal da Arábia Saudita no último fim de semana e relataram a descoberta à OMS, que informou que o homem ainda está no centro de terapia intensiva (CTI), ligado a um pulmão artificial que o mantém vivo.
A OMS afirma ainda que, até agora, não há provas de que o novo vírus, potencialmente fatal, se espalhe facilmente de pessoa para pessoa. Cientistas destacam que a composição genética do vírus sugere que ele possa ter vindo de animais, possivelmente morcegos.
Seis casos suspeitos na Dinamarca, na semana passada, foram identificados como alarmes falsos.

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