Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia inclui hipotermia terapêutica.
Técnica consiste em manter corpo de paciente até 4ºC abaixo do normal.
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A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) publicou nesta segunda-feira (14) uma nova recomendação para que pacientes que foram reanimados após sofrerem parada cardíaca decorrente de infarto, sejam submetidos à técnica de hipotermia terapêutica, que consiste em resfriar o corpo para evitar sequelas, principalmente um derrame.
Na hipotermia terapêutica, a temperatura corporal, que normalmente é de 36,4ºC , passa para um patamar entre 32ºC e 34ºC, que então é mantido durante 24 horas. O procedimento é adotado com o paciente em Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), sob monitoramento permanente.
O cardiologista Sergio Timerman, presidente do Comitê de Emergências Cardiovasculares da SBC explicou, em nota, que a hipotermia terapêutica ganhou terreno a partir de estudos norte-americanos que apontaram recentemente que um paciente ressuscitado por massagem cardíaca ou com o uso do desfibrilador tem 33% mais chance de sobreviver e de se recuperar sem sequelas se for submetido ao resfriamento corporal.
É relativamente comum que uma vítima de infarto agudo, cujo coração chegou a parar e que foi atendida num hospital, morra alguns dias depois, por problemas neurológicos ou por falência do músculo do coração.
Com a hipotermia, o paciente é colocado numa situação “de câmera lenta”: o metabolismo baixa, o organismo trabalha mais lentamente e passa a ter mais condições de se restabelecer. Há cerca de dez anos, a técnica passou a ser usada mais frequentemente, diz a SBC.
Agora, a Sociedade Brasileira de Cardiologia faz a recomendação oficial, ou seja, formaliza que, diante das evidências científicas, a hipotermia é um tratamento adequado, recomendado e que passa a constar de sua “Diretriz de Emergências Cardiovasculares e Ressuscitação”.
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