Academia Equilíbrio

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quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Resfriamento de paciente reanimado vira recomendação oficial no país


Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia inclui hipotermia terapêutica.
Técnica consiste em manter corpo de paciente até 4ºC abaixo do normal.

Do G1, em São Paulo
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A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) publicou nesta segunda-feira (14) uma nova recomendação para que pacientes que foram reanimados após sofrerem parada cardíaca decorrente de infarto, sejam submetidos à técnica de hipotermia terapêutica, que consiste em resfriar o corpo para evitar sequelas, principalmente um derrame.
Na hipotermia terapêutica, a temperatura corporal, que normalmente é de 36,4ºC , passa para um patamar entre 32ºC e 34ºC, que então é mantido durante 24 horas. O procedimento é adotado com o paciente em Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), sob monitoramento permanente.
O cardiologista Sergio Timerman, presidente do Comitê de Emergências Cardiovasculares da SBC explicou, em nota, que a hipotermia terapêutica ganhou terreno a partir de estudos norte-americanos que apontaram recentemente que um paciente ressuscitado por massagem cardíaca ou com o uso do desfibrilador tem 33% mais chance de sobreviver e de se recuperar sem sequelas se for submetido ao resfriamento corporal.
É relativamente comum que uma vítima de infarto agudo, cujo coração chegou a parar e que foi atendida num hospital, morra alguns dias depois, por problemas neurológicos ou por falência do músculo do coração.
Com a hipotermia, o paciente é colocado numa situação “de câmera lenta”: o metabolismo baixa, o organismo trabalha mais lentamente e passa a ter mais condições de se restabelecer. Há cerca de dez anos, a técnica passou a ser usada mais frequentemente, diz a SBC.
Agora, a Sociedade Brasileira de Cardiologia faz a recomendação oficial, ou seja, formaliza que, diante das evidências científicas, a hipotermia é um tratamento adequado, recomendado e que passa a constar de sua “Diretriz de Emergências Cardiovasculares e Ressuscitação”.

Arte Infarto Bem Estar (Foto: Arte/G1)

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