Academia Equilíbrio

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quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Quem poderá participar de estudo sobre fosfoetanolamina? Veja vídeo


Pílula foi entregue pela USP de São Carlos sem registro da Anvisa por anos.
Equipe vai avaliar se a droga é segura e se há eficácia contra droga.

Do G1 São Paulo
O Instituto do Câncer de São Paulo (Icesp) vai coordenar a pesquisa para testar a substância fosfoetanolamina sintética no tratamento de pacientes com câncer. O oncologista Sergio Simon, diretor do Centro Paulista de Oncologia, fala sobre o perfil dos pacientes que poderão participar do estudo no vídeo:
A substância nunca foi testada em humanos, mas foi distribuída durante anos pela USP de São Carlos. Atualmente, a distribuição está suspensa por decisão judicial. A previsão é que, no prazo de seis meses, os pesquisadores tenham uma ideia da eficácia da droga.
Segundo informou o SPTV, ainda não há data para o início dos estudos porque ainda será necessário um consenso da Secretaria Estadual da Saúde, Ministério da Saúde e os pesquisadores da USP de São Carlos, que vão repassar detalhes da fórmula da substância. A escolha dos pacientes que vão participar dos testes vai depender de critérios técnicos, definidos pelo instituto.
O investimento total para os testes deve ser de aproximadamente R$ 2 milhões, informou o SPTV. Todos os pacientes serão monitorados continuamente por uma equipe multiprofissional com experiência em testes clínicos, no Icesp. A produção da substância ficará sob responsabilidade da Fundação para o Remédio Popular (Furp).
No ínicio, 10 pessoas vão receber a substância. Se nenhum paciente tiver efeitos colaterais graves, o estudo continua. Serão separados 10 grupos de cada tipo de câncer, com 21 pacientes cada. Se pelo menos dois pacientes responderem bem, a pesquisa será ampliada. Progressivamente, a inclusão de novos pacientes continuará até atingir o máximo de 1 mil pessoas.
A estratégia, segundo a equipe, permitirá melhor compreensão da droga. O oncologista e diretor-geral do Icesp, Paulo Hoff, disse que a prioridade é a segurança dos pacientes. Por isso, nesse primeiro momento, a pesquisa vai avaliar se a droga é segura e se há evidência contra o câncer.
Distribuída pela USP de São Carlos por causa de decisões judiciais, a fosfoetanolamina é alardeada como cura para diversos tipos de câncer, mas não passou por esses testes em humanos, por isso não é considerada um remédio. Ela não tem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e seus efeitos nos pacientes são desconhecidos.
Até o momento, o grupo de pesquisadores que desenvolveu a síntese da fosfoetanolamina alegava que os testes clínicos não tinham sido concluídos pois havia má vontade por parte da Anvisa.
Infográfico - Fosfoetanolamina sintética (Foto: G1)
Pesquisa polêmica
A fosfoetanolamina sintética começou a ser estudada no Instituto de Química da USP em São Carlos, pelo pesquisador Gilberto Chierice, hoje aposentado. Apesar de não ter sido testada cientificamente em seres humanos, as cápsulas foram entregues de graça a pacientes com câncer por mais de 20 anos.
Em junho do ano passado, a USP interrompeu a distribuição e os pacientes começaram a recorrer da decisão na Justiça. Em outubro deste ano, a briga foi parar no Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou a produção e distribuição do produto.
Mas, desde novembro, por causa de uma nova decisão judicial, a distribuição da substância está proibida. A polícia chegou a fechar um laboratório em Conchal (SP), que estava produzindo ilegalmente a substância.
Um levantamento do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) diz que 5 mil pessoas no estado estão sem receber a fosfoetanolamina sintética. Segundo o pesquisador que desenvolveu a droga, a substância ajuda a célula cancerosa a ficar mais visível ao sistema imunológico. Com isso, o organismo combate com mais facilidade essas células.
A Anvisa diz que é preciso comprovar a eficácia e a segurança do produto, e que os prazos dos estudos devem ser respeitados. Agora, o Instituto do Câncer de São Paulo vai começar os testes em pacientes. A produção da substância será feita por uma fundação.
Primeira fase de testes
Em novembro, o ministério da Ciência, Celso Pansera, informou que a primeira fase de testes da fosfoetanolamina deve ser concluída por laboratórios parceiros do governo em sete meses. No mês passado o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) já tinha anunciado um plano de trabalho do governo para validar tecnicamente a molécula, que poderia vir a ser usada no tratamento do câncer, caso tenha sua efetividade comprovada.
Na ocasião, a pasta afirmou que R$ 10 milhões seriam destinados para as atividades ligadas à pesquisa da fosfoetanolamina em um período de 2 anos. Pansera afirmou também que o MCTI já tinha colocado à disposição dos laboratórios R$ 2 milhões para pesquisar a fosfoetanolamina e que o ministério solicitaria à USP uma amostra da molécula sintetizada pela universidade para realizar os testes.
Segundo o MCTI, depois da primeira etapa de análises, estão previstas as fases seguintes do estudo em humanos. Ainda não é possível prever em quanto tempo o grupo poderá determinar se a substância é segura e eficaz para o tratamento de câncer.
"Existem pessoas usando uma substância da qual nós não temos efetivamente nenhum estudo seguro da eficácia e segurança. O governo tem que estar olhando para isso de outra forma, temos que dar uma resposta para a situação", disse Pansera.
Para que a população possa acompanhar os andamentos dos testes, será criado um site que deve divulgar a evolução das pesquisas. Uma comissão de representantes da sociedade civil também foi criada para acompanhar a pesquisa. O Ministério da Saúde enfatizou que não recomenda que as pessoas usem a fosfoetanolamina como tratamento contra o câncer antes da conclusão dos resultados dos testes.
Fosfoetanolamina sintética foi desenvolvida por pesquisadores da USP de São Carlos (Foto: Reprodução/EPTV)Fosfoetanolamina sintética foi desenvolvida por equipe da USP de São Carlos (Foto: Reprodução/EPTV)
fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/12/quem-podera-participar-de-estudo-sobre-fosfoetanolamina-veja-video.html

Justiça obriga moradores a abrirem casas para agentes contra dengue


Determinação vale para Buri (SP), após moradores negarem entrada.
Em 2015, cidade teve 205 casos da doença; em 2014 não houve registro.

Do G1 Itapetininga e Região
A Justiça concedeu uma liminar obrigando moradores de Buri (SP) a permitirem a entrada de agentes de combate ao mosquito Aedes aegypti, que transmite dengue, chikungunya e zika vírus. A decisão favorável à solicitação foi dada na terça-feira (15), depois que o Ministério Público (MP) entrou com uma ação civil pública, em 30 de novembro. 
Segundo o MP, a prefeitura alegou que as equipes de combate ao mosquito não tiveram autorização de entrar em algumas residências. MP e prefeitura ressaltam que o trabalho de prevenção é essencial porque em 2015 foram registrados 205 casos de dengue, enquanto em 2014 não houve registros.
Moradores impedem entrada de agentes de vetores em casas de Buri (Foto: Reprodução/TV TEM)Moradores impedem entrada de agentes
em casas de Buri (Foto: Reprodução/TV TEM)
Entenda o caso
Para comprovar a dificuldade na realização do serviço de contenção à dengue, a reportagem da TV TEM acompanhou agentes de vetores em 12 de dezembro durante um mutirão por um dos bairros da cidade. Mesmo uniformizados com camisetas que identificavam os profissionais, alguns moradores impediam a entrada deles para a procura de focos nas moradias.
A agente Elaine Queiroz Almeida contou a reação de muitos moradores quando são atendidos. “A maioria das pessoas daqui de Buri guarda água em tonéis. Orientamos para a colocação de cloro ou algum produto alternativo, como sabão em pó e detergente”, disse na época.
De acordo com o promotor Marlon Fernandes, o combate ao mosquito Aedes aegypti é uma questão de saúde pública. Ele explica que o interesse particular não deve estar acima do que é melhor para toda a  comunidade. “Considerando que é direito e dever de todos zelar pela saúde pública, nós decidimos entrar com a ação”, comenta.

fonte; http://g1.globo.com/sao-paulo/itapetininga-regiao/noticia/2015/12/justica-obriga-moradores-abrirem-casas-para-agentes-contra-dengue.html

Teste para rastrear câncer de ovário pode salvar 20% das vítimas


Pesquisa com exame de sangue acompanhou 20 mil mulheres britânicas.
Resultado instiga otimismo, mas ainda não prova que técnica vale à pena.

Do G1, em São Paulo
Imagem de aparelho de ultrassom mostra ovário com tumor (Foto: Cancer Genome Atlas/NIH)Imagem de aparelho de ultrassom mostra ovário com tumor (Foto: Cancer Genome Atlas/NIH)
O uso de um teste para rastrear casos de câncer de ovário em uma grande população foi capaz de reduzir o número de mortes pela doença em cerca de 20%, aponta um novo estudo.
A pesquisa, publicada na revista médica "The Lancet", avaliou a eficiência de um exame de sangue anual para detecção desse tipo de tumor por screening (rastreamento), usado junto com ultrassom transvaginal.
Mais de 200 mil de mulheres no Reino Unido foram acompanhadas durante 14 anos para a pesquisa, sendo que metade delas não fez nem o ultrassom nem o teste. O método usado para detectar sinais de câncer de ovário no sangue detectava uma molécula conhecida pela sigla CA125, que sinaliza a presença do tumor.
Esses resultados "fornecem estimativas de redução de mortalidade atribuíveis ao rastreamento de câncer de ovário numa faixa de 15% a 28%", afirmou o líder da pesquisa, Ian Jacobs, oncologista do University College de Londres, em comunicado à imprensa.
Segundo o pesquisador, porém, a pesquisa ainda não é a resposta final sobre se a adoção de rastreamento em grandes populações é um método eficaz e com bom custo benefício, quando avaliado em grande escala.
"A continuação do acompanhamento vai nos dar mais confiança sobre a precisa redução na mortalidade que é alcançável", disse. "É possível que a redução de mortalidade seja maior ou menor que essa estimativa depois de mais dois ou três anos."
Segundo o estudo no "The Lancet", caso a eficiência no uso do screening ganhe comprovação definitiva, será um passo importante no combate ao câncer de ovário, que não tem muitos sintomas nos estágios iniciais.
Por começar sem muitas pistas, a doença acaba em geral sendo descoberta tardiamente, e 60% dos pacientes morrem em até cinco anos depois do diagnóstico.

fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/12/teste-para-rastrear-cancer-de-ovario-pode-salvar-20-das-vitimas.html

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Descubra se você é consumista ou comprador compulsivo


O grande perigo de uma pessoa consumista é se desorganizar nas contas.
A compulsão é uma doença que traz sofrimento marcante.

Do G1, em São Paulo
12:40
15:23
02:57
O consumo é algo cotidiano em nossas vidas. É necessária a aquisição de coisas para a manutenção da nossa sobrevivência: roupas para nos vestirmos, comida no supermercado, itens de higiene pessoal, objetos de decoração pra casa. Mas é importante saber diferenciar o consumo comum, do consumismo e da compulsão. Para ajudar a explica, convidamos nosso consultor, o psiquiatra Daniel Barros, e a psicóloga Tatiana Filomensky.

Clique aqui para testar se você é um comprador compulsivo.
Enquanto uma pessoa com um comportamento comum compra suas coisas de acordo com a necessidade, uma pessoa consumista possui um comportamento mais exagerado: está atrás de novidades, das marcas mais conhecidas ou produtos mais qualificados. Mas, nesses casos, a pessoa tem consciência e a compra não traz sofrimento. Outra diferença marcante é que, em geral, as pessoas costumam procurar aprovação para suas compras, perguntando aos amigos e colegas se o sapato ficou bom, se a blusa caiu bem, etc.
O grande perigo de uma pessoa consumista é ela se desorganizar financeiramente. Para esses casos, é ideal se organizar, através de planilhas, e regular os gastos. É importante lembrar que nem todo consumista irá desenvolver uma compulsão. 
Compulsão
A ruptura acontece quando a pessoa perde o controle e a forma de lidar de uma forma sadia com seu dinheiro. A compulsão é uma doença que traz sofrimento marcante, quando as pessoas usam o ato de comprar como uma forma de lidar com suas emoções ou preencher o vazio e sentem vergonha depois, tentando sempre encobrir a compra. Enquanto o consumista compra porque quer, o compulsivo não consegue se segurar. Segundo o dr, Daniel, a compulsão é o oposto do prazer: o compulsivo não consegue curtir sua compra.
Existem critérios diagnósticos para a identificação de um comprador compulsivo. Toda dependência (seja química ou de comportamento) se caracteriza pela impulsividade (não ser capaz de resistir a um estímulo), compulsão (além do ato da prática, ficar pensando a respeito, mesmo que não haja um estímulo visual, fica reverberando) estreitamento de repertório (a pessoa fica cada vez mais dependente daquele comportamento) e prejuízo (que pode ser financeiro, mas também social, ocupacional e familiar).
 

Tratamento
O tratamento para dependentes compulsivos normalmente é feito através de terapia cognitiva-comportamental, que pode ser individual, de casal e em grupo.
O uso de medicamentos é recomendado em casos de comorbidades, como depressão, ansiedade ou outras dependências químicas.
Também pode ser recomendado um acompanhamento familiar, que tem o objetivo de oferecer um espaço para que os familiares, através de informações e troca de experiências, possam discutir, refletir e esclarecer dúvidas a respeito da dependência patológica e oferecer formas alternativas de relacionamento familiar. A participação da família e dos amigos é importante, tanto no diagnóstico quanto no tratamento, pois as compulsões muitas vezes interferem na dinâmica social do doente. No caso da compulsão por compras, uma das formas de retomar o controle é abrir as contas para uma pessoa próxima, que ajude a organizar as finanças e dívidas do compulsivo.
Além dos grupos de terapia no Hospital das Clínicas e na Unifesp, por exemplo, uma opção a quem procura aconselhamento é o grupo Devedores Anônimos.

fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/12/descubra-se-voce-e-consumista-ou-comprador-compulsivo.html