Academia Equilíbrio

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quarta-feira, 3 de abril de 2013

Brasileiros desenvolvem método 'simples' para detectar hepatite C



Técnica permite saber de contaminação sem uso de materiais complexos.
Pesquisadora do Instituto Oswaldo Cruz, do Rio, desenvolveu metodologia.

Do G1, em São Paulo
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Um novo método para detectar hepatite C, considerado mais fácil e que não necessita de ferramentas hospitalares complexas, foi desenvolvido por cientistas brasileiros do Instituto Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro.
De acordo com a instituição, a técnica necessita apenas de algumas gotas de sangue, ao menos três, e um papel filtro para coletar a amostra. Com isso, será possível definir se uma pessoa tem anticorpos contra o vírus da hepatite C e fica dispensada a necessidade de agulha, seringa e refrigeração da amostra de sangue, material exigido pela metodologia atual.
O desenvolvimento do novo método foi responsabilidade da pesquisadora Lívia Villar, do Laboratório de Hepatites Virais. Segundo ela, foram aproveitadas técnicas e materiais já utilizados na rede pública de saúde para criar uma forma “mais barata e simples” de detecção de anticorpos contra o vírus.
Na técnica, a amostra de sangue seco passa por um processo de diluição para que o sangue seja retirado do papel de filtro e submetido à análise. Ela permite a detecção simultânea de anticorpos e antígenos, que reduz o período de janela imunológica do testes. As amostras podem ser enviadas pelos Correios e ficar armazenadas por até 15 dias em temperatura ambiente, sem queda na qualidade dos resultados.
A estratégia foi elaborada no ano passado e aplicada inicialmente para o diagnóstico da hepatite B. No entanto, foi adaptada também para analisar a hepatite C. O estudo foi publicado no fim de 2012 no periódico científico “Journal of Medical Virology” e foi apontado como um método que tem sensibilidade e especificidade acima de 90%, o que é considerado bom para testes imunoenzimáticos.
A hepatite C é uma doença crônica, de evolução lenta e silenciosa, que pode levar à cirrose e ao câncer de fígado. A maior parte dos casos da doença ocorre por contaminação do sangue em transfusões realizadas antes de 1993, mas a transmissão acontece ainda por meio de objetos contaminados com sangue, como instrumentos de manicure, em procedimentos odontológicos, realização de tatuagens e colocação de piercings. Em 28 de julho será celebrado o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais.

Hepatites 2 valendo (Foto: Arte/G1)

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