Academia Equilíbrio

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sexta-feira, 12 de abril de 2013

Cientistas 'enxergam' regiões do cérebro atingidas pela dor



Sinais de dor aparecem no cérebro seguindo padrões, diz estudo.
Constatação foi obtida com ressonância magnética em 114 pessoas.

Do G1, em São Paulo
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 Cientistas disseram ter sido capazes de "enxergar" as regiões do cérebro onde é registrada a dor, segundo um estudo divulgado nesta semana.
Pela primeira vez foi possível medir a intensidade da dor com o uso de ressonância magnética, e dizer se um remédio funcionou para aliviar a sensação.
A pesquisa foi publicada no "New England Journal of Medicine". Ela pode abrir caminho para futuras análises que permitam avaliar com precisão a gravidade da dor, de acordo com os cientistas.
"Por enquanto, não há uma forma aceitável de medir a dor e outras emoções além de perguntar a uma pessoa como ela se sente", afirmou Tor Wager, principal autor do estudo, em entrevista à agência AFP.
O estudo foi dirigido por Wager, professor de neurociência da Universidade do Colorado, em Boulder, junto com colegas da Universidade de Nova York, da Universidade Johns Hopkins e da Universidade de Michigan.
Imagem de ressonância magnética mostra regiões do cérebro em que a dor é registrada (Foto: Tor Wager/Universidade do Colorado/AP)Imagem de ressonância magnética mostra regiões
do cérebro em que a dor é registrada (Foto: Tor
Wager/Universidade do Colorado/AP)
Calor
Para a pesquisa, a equipe de cientistas fez ressonâncias magnéticas em 114 voluntários no momento em que eles recebiam calor no antebraço direito. A temperatura administrada foi de moderada a quente.
Os pesquisadores se surpreenderam ao descobrir que os sinais encontrados nos cérebros ocorriam como padrão entre diversas pessoas, permitindo aos cientistas prever o quanto de dor alguém estava sofrendo com 90% a 100% de exatidão.
"Encontramos um padrão, por meio de múltiplos sistemas cerebrais, que diagnostica quanta dor uma pessoa sofre em resposta a um calor doloroso", explicou Wager.
Um subgrupo de participantes em que os indivíduos haviam sofrido desilusões amorosas foi apresentado a imagens dos ex-namorados e cônjuges. Pesquisas anteriores apontavam que a atividade mental de uma pessoa nesta condição poderia ser similar a de alguém que sofre dor física, mas o novo estudo aponta que os sinais foram diferentes nos dois casos.
Os pesquisadores também descobriram que os sinais da dor diminuíam nos cérebros dos pacientes que haviam sido tratados com analgésicos.
Mesmo que a tecnologia ainda não esteja plenamente disponível, os pesquisadores esperam que, nos próximos anos, esse avanço possa levar ao desenvolvimento dos primeiros testes objetivos sobre a dor, ou contribuir para o estudo e o alívio da dor crônica.
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Sinais da dor no cérebro seguem padrão, de acordo com cientistas (Foto: Tor Wager/Universidade do Colorado/AP)Sinais da dor no cérebro seguem padrão, dizem cientistas (Foto: Tor Wager/Universidade do Colorado/AP)














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