Doenças são transmitidas por insetos e podem levar o paciente à morte.
Médico explica que febre por mais de 7 dias após viagem é sinal de alerta.
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Malária, doença de Chagas e leishmaniose são doenças geralmente esquecidas pela população, mas extremamente sérias.
Mais comuns em locais mais pobres, países tropicais e em pessoas que viajam bastante, esses problemas podem levar o paciente à morte e, por isso, é importante se proteger, como recomendaram os infectologistas Caio Rosenthal e Angelo Lindoso no Bem Estar desta segunda-feira (3).
Causadas por agentes infecciosos e transmitidas por insetos, essas doenças ainda não têm bons remédios e vacinas, mas medidas simples dentro de casa e no dia a dia podem ser muito eficazes na prevenção. Por exemplo, o uso de telas e mosquiteiros com repelentes ajudam muito a evitar que esses transmissores entrem em contato. Além disso, por exemplo, no caso da leishmaniose, é importante ainda tomar cuidado com o lixo orgânico já que o mosquito transmissor costuma pousar nesses lugares.
Para quem costuma viajar muito, é importante ainda cobrir braços e pernas com roupas longas e utilizar várias vezes ao dia repelentes especiais, com uma substância chamada DEET, para combater esses mosquitos.
Caso a pessoa volte de viagem com uma febre que persista por mais de 7 dias, ela deve procurar imediatamente um médico e relatar onde estava porque, como explicou o infectologista Caio Rosenthal, o lugar da viagem pode ajudar muito no diagnóstico.
No caso de febre, por exemplo, se for um sintoma indefinido, que vai e volta, pode ser sinal de malária. Em Belém, chamada de carapanã, a malária provocou um surto com 83 pessoas infectadas, como mostrou a reportagem do Fabiano Villela(veja no vídeo ao lado).
Agentes de saúde da cidade estão monitorando o estado de saúde dos pacientes e alertam, no entanto, que o surto já foi controlado. De acordo com os médicos da região, a doença chegou à cidade através de um morador que teria se infectado ao viajar para uma região onde a malária é endêmica, no interior do Pará.
Isso acontece porque o mosquito, ao picar a pessoa infectada, leva a malária até outra pessoa e transmite através da outra picada, como explicou o infectologista Angelo Lindoso.
*No vídeo ao lado, os infectologistas respondem perguntas dos internautas sobre o assunto. Confira!
Porém, em Belém, mesmo com esse surto, o número de casos diminuiu - houve queda de 70% de janeiro a maio de 2013, comparado a 2012, e desses 70%, apenas uma pessoa morreu. Os moradores, no entanto, continuam preocupados e utilizam repelentes e mosquiteiros para se proteger.
Já em Teresina, no Piauí, a preocupação é outra: a leishmaniose visceral, também conhecida como calazar. Três pessoas morreram e 75 foram contaminadas em 2012 e, em 2013, já ocorreram duas mortes e 12 contaminações, entre elas um bebê de apenas 9 meses, como mostrou a reportagem da Neyara Pinheiro (veja no vídeo ao lado).
A doença é a mais letal entre as três mencionadas no programa e ataca não só pessoas, mas também cães, que costumam sofrer muito. Os sintomas são aumento do baço e do fígado, perda de apetite, emagrecimento, fraqueza, palidez e febre prolongada.
A maioria dos casos acontece em lugares onde não há saneamento básico e coleta de lixo. De acordo com a infectologista Elna do Amaral, a forma mais segura de se proteger contra a leishmaniose é, primeiro, eliminar o mosquito. Depois, a pessoa pode usar repelentes para ela e também para seu cão para reduzir o risco de picada e transmissão.
Também transmitida por um inseto, a doença de Chagas afeta cerca de 2 milhões de brasileiros. Se a pessoa for contaminada, o protozoário Trypanosoma cruzi entra na corrente sanguínea e pode chegar ao intestino, esôfago ou, em casos mais graves, ao coração (veja na reportagem ao lado).
Nesse último caso, o coração pode aumentar até parar de funcionar - mas não acontece em todo mundo que tem o problema. O tratamento é feito durante 2 meses, com várias doses por dia de um remédio com benzonidazol, que pode ajudar a tratar até as formas mais graves da doença. Se bem tratada, a chance de cura é de até 70%.
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