Estudo mostrou que iPad pode alterar configurações de aparelho médico.
Válvula regula líquidos no cérebro de pessoas com hidrocefalia.
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Cientistas norte-americanos descobriram que os tablets podem causar interferência e prejudicar o funcionamento de um aparelho médico usado no tratamento da hidrocefalia.
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A hidrocefalia é um acúmulo de líquidos no cérebro, que pode provocar dificuldades de aprendizado, entre outros problemas. Dependendo do caso, os médicos colocam válvulas dentro do cérebro para controlar o fluxo dos líquidos e evitar os danos causados pela condição.
Essas válvulas são programadas magneticamente. Um estudo publicado nesta terça-feira (26) na edição online da revista médica “Journal of Neurosurgery: Pediatrics” mostra que ímãs presentes em alguns tablets, como o iPad 2, podem afetar o funcionamento das válvulas.
A experiência foi feita com válvulas de diferentes fabricantes, e cada uma delas ficou dez segundos exposta a um iPad 2. Os pesquisadores concluíram que quanto mais perto o tablet ficar da válvula, maior o risco. Com distâncias menores que 1 centímetro, a configuração da válvula foi alterada em mais da metade dos casos.
A ideia para o estudo partiu da mãe de uma menina de quatro meses com hidrocefalia, cuja válvula parou de funcionar corretamente. A mãe relatou que tinha usado um tablet com a criança no colo.
Os médicos então conduziram a pesquisa e descobriram que havia uma ligação entre os dois fatos, e que a relação não era uma coincidência. O resultado sugere, portanto, que pais e enfermeiros evitem usar tablets perto de crianças com o aparelho na cabeça.
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