Anticorpo desenvolvido artificialmente 'engole' nicotina que entra no sangue.
Experimento feito nos EUA foi publicado na revista 'Science'.
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Uma nova vacina desenvolvida por pesquisadores dos Estados Unidos e que foi testada em camundongos promete combater a dependência da nicotina, de acordo com artigo científico publicado nesta quarta-feira (27) na revista “Science Translational Medicine”.
O estudo feito por cientistas da Weill Cornell Medical College, de Nova York, explica que a vacina concebida atua no fígado do animal como uma “fábrica de anticorpos”, que engolem a nicotina que entra pela corrente sanguínea, evitando que a substância chegue ao cérebro – e até mesmo ao coração.
Ronald Crystal, um dos responsáveis pela pesquisa, descreve a ação dos anticorpos como o personagem de vídeo-game “Pac-Man”, também chamado de “come-come”. Segundo ele, o anticorpo injetado pela vacina purifica o sangue e “é a melhor maneira de tratar a dependência crônica do fumo".
Cerca de 20% dos americanos adultos fumam, segundo o estudo. Embora os 4 mil produtos químicos presentes no cigarro causem outros problemas de saúde -- responsáveis por uma em cada cinco mortes nos EUA, a nicotina dentro do tabaco é que mantém o fumante viciado.
Nicotina desacelera atividade do corpo
A vacina foi desenvolvida com a ajuda do sequenciamento genético de um anticorpo de nicotina criado artificialmente. Os pesquisadores testaram a vacina em camundongos experimentais: alguns foram tratados apenas com essa substância do tabaco, outros receberam o produto químico junto com a vacina.
A vacina foi desenvolvida com a ajuda do sequenciamento genético de um anticorpo de nicotina criado artificialmente. Os pesquisadores testaram a vacina em camundongos experimentais: alguns foram tratados apenas com essa substância do tabaco, outros receberam o produto químico junto com a vacina.
Foi constatado que os animais que não receberam a dose experimental tiveram a pressão sanguínea e atividade do coração reduzidas – sinais de que a nicotina alcançou o cérebro e o sistema cardiovascular. Já os roedores que receberam a vacina não sofreram alterações em suas atividades.
Em breve, a vacina será aplicada também em primatas. Ainda não há previsão de quando humanos começarão a receber doses dos anticorpos.
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