Médicos e pacientes poderão combinar condições com antecedência.
Nas redes privada e suplementar, 82% dos partos são cesarianas.
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Uma decisão do Conselho Federal de Medicina (CFM) vai permitir que pacientes de planos de saúde e seus obstetras combinem com antecedência os custos de um parto, assim como detalhes do procedimento a ser conduzido.
O CFM acredita que, dessa forma, conseguirá incentivar os médicos a conduzirem mais partos naturais, reduzindo o que o conselho chama de “epidemia de cesarianas”. Segundo o Ministério da Saúde, em 2010, 37% dos partos da rede pública foram feitos com cirurgias cesarianas. Nas redes privada e suplementar, o número sobe para 82%.
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Na avaliação do CFM, os planos de saúde têm grande parcela de responsabilidade pela alta na rede suplementar. Em geral, os médicos recebem valores parecidos pelos dois procedimentos, mas o parto natural pode durar várias horas, e os obstetras acabam não recebendo a mais pelo trabalho extra. Por isso, muitas vezes o profissional dá preferência à cesariana.
Agora, a mulher terá a opção de acertar com seu médico as condições do parto natural – incluindo os valores – e o documento representa um compromisso do médico em conduzir o processo, que não pode ser quebrado. A paciente pode executar o pagamento e depois pedir o reembolso ao plano de saúde.
Se a paciente não quiser fazer uso dessa possibilidade, não muda nada. Nesse caso, se ela der preferência ao parto natural, ele será conduzido pelo obstetra de plantão em seu pronto-socorro, como já acontece hoje. A decisão do CFM viria, então, para facilitar a presença do obstetra de confiança no momento do parto.
Na visão do CFM, a cesariana é um procedimento mais agressivo que o parto natural, pois envolve cortes. Além disso, a recuperação da mãe é mais lenta, uma vez que ela fica com pontos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o procedimento não seja usado em mais do que 15% dos partos.
fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2012/11/cfm-cria-mecanismo-para-incentivar-parto-natural-pelo-plano-de-saude.html
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